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Ação na Síria pode acalmar batalha orçamentária nos EUA

Possível ação militar contra a Síria pode esfriar debate orçamentário em Washington, talvez reduzindo a chance de uma paralisação do governo federal

Exército dos EUA: impaciência com Congresso por norte-americanos tenderá a crescer se forças se envolverem em operações militares (SeongJoon Cho/Bloomberg)

Exército dos EUA: impaciência com Congresso por norte-americanos tenderá a crescer se forças se envolverem em operações militares (SeongJoon Cho/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 09h26.

Washington - A possível ação militar dos EUA contra a Síria pode esfriar o debate orçamentário dos próximos meses em Washington, talvez reduzindo a chance de uma paralisação do governo federal ou de uma moratória na dívida pública.

Os norte-americanos já estão fartos de brigas partidárias, segundo as pesquisas, e sua impaciência com o Congresso tenderá a crescer se as forças dos EUA se envolverem em operações militares, especialmente se elas durarem mais do que algumas poucas semanas.

Tanto democratas quanto republicanos poderiam então pensar duas vezes, ao menos temporariamente, antes de partirem para um novo confronto, especialmente se isso ameaçar a estabilidade fiscal do governo.

A Síria também "pode alterar o cálculo" das disputas orçamentárias, segundo Tad DeHaven, analista orçamentário do Instituto Cato e ex-assessor do Congresso.

Um assessor parlamentar republicano disse que o impacto da Síria sobre as disputas orçamentárias será "um coringa".

"Não espero que isso tenha um impacto sobre o resultado final da briga pelo limite orçamentário, mas pode pelo menos mudar o tom do debate", disse ele. "Se tivermos uma ação militar dos EUA na Síria, nossos caras vão ficar menos dispostos a dizer nas capas dos jornais que ‘Os democratas são todos uma gente horrível'." Washington terá duas disputas orçamentárias nos próximos dois meses. A primeira será no final de setembro, quando o Congresso precisa aprovar uma legislação que permita manter as verbas necessárias para o funcionamento do governo.


A outra deve ocorre em outubro, quando o Departamento do Tesouro precisará receber autorização parlamentar para elevar o teto de endividamento do governo, sem o que poderá ser declarada uma moratória.

Deputados republicanos querem usar as duas ocasiões para tentar forçar o presidente Barack Obama a fazer cortes orçamentários, e alguns conservadores também exigem um adiamento na implementação da lei que reforma a saúde pública, um projeto no qual Obama se empenhou pessoalmente, e que entra em vigor em 1º de outubro.

O governo federal já parou por causa de impasses orçamentários em 1995 e 1996, e o tema voltou a polarizar Washington em meados de 2011 e final de 2012, causando um desgaste generalizado para a classe política.

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