Abismo social está no pior nível em décadas, aponta FMI
Os avanços tecnológicos também desempenham um papel ao penalizar os trabalhadores de escolaridade baixa, acrescentam os especialistas
Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2015 às 17h58.
O abismo entre ricos e pobres está "em seu nível mais alto em décadas", especialmente nos países ricos , advertiram especialistas do Fundo Monetário Internacional ( FMI ) em estudo publicado nesta segunda-feira.
De acordo com o relatório divulgado pela instituição defensora da ortodoxia financeira e da liberalização econômica, "a flexibilidade" das regulamentações do mercado de trabalho e a decadência dos sindicatos teriam reforçado a desigualdade de renda, limitando as habilidades de negociação dos trabalhadores.
"Mais flexibilidade nas regras de contratação e demissão, salários mínimos mais baixos (...) e sindicatos menos poderosos estão associados a uma maior desigualdade", indica o estudo, que não reflete a posição oficial do FMI.
Os avanços tecnológicos também desempenham um papel ao penalizar os trabalhadores de escolaridade baixa, acrescentam os especialistas.
Segundo seus cálculos, o crescimento econômico é menor em médio prazo (-0,08 ponto) quando as receitas dos 20% mais ricos aumentam em 1%. Em contraste, um aumento semelhante na receita dos 20% mais pobres estimularia o crescimento em quase 0,4 ponto percentual, de acordo com o estudo.
Além disso, "um período prolongado de maiores desigualdades nas economias avançadas esteve associado à crise financeira (de 2008-2009) ao reforçar o efeito de endividamento (...) e permitir que os lobistas pressionassem para baixo a regulação financeira", completa o relatório, que argumenta que a riqueza seria mais bem distribuída se fosse baseada em impostos sobre o patrimônio e sobre a propriedade imobiliária, com o reforço da luta contra a evasão fiscal.
A organização Oxfam elogiou o estudo. "O FMI prova, assim, que tornar os ricos mais ricos não é bom para o crescimento", comentou o diretor da organização em Washington, Nicolas Mombrial.
O abismo entre ricos e pobres está "em seu nível mais alto em décadas", especialmente nos países ricos , advertiram especialistas do Fundo Monetário Internacional ( FMI ) em estudo publicado nesta segunda-feira.
De acordo com o relatório divulgado pela instituição defensora da ortodoxia financeira e da liberalização econômica, "a flexibilidade" das regulamentações do mercado de trabalho e a decadência dos sindicatos teriam reforçado a desigualdade de renda, limitando as habilidades de negociação dos trabalhadores.
"Mais flexibilidade nas regras de contratação e demissão, salários mínimos mais baixos (...) e sindicatos menos poderosos estão associados a uma maior desigualdade", indica o estudo, que não reflete a posição oficial do FMI.
Os avanços tecnológicos também desempenham um papel ao penalizar os trabalhadores de escolaridade baixa, acrescentam os especialistas.
Segundo seus cálculos, o crescimento econômico é menor em médio prazo (-0,08 ponto) quando as receitas dos 20% mais ricos aumentam em 1%. Em contraste, um aumento semelhante na receita dos 20% mais pobres estimularia o crescimento em quase 0,4 ponto percentual, de acordo com o estudo.
Além disso, "um período prolongado de maiores desigualdades nas economias avançadas esteve associado à crise financeira (de 2008-2009) ao reforçar o efeito de endividamento (...) e permitir que os lobistas pressionassem para baixo a regulação financeira", completa o relatório, que argumenta que a riqueza seria mais bem distribuída se fosse baseada em impostos sobre o patrimônio e sobre a propriedade imobiliária, com o reforço da luta contra a evasão fiscal.
A organização Oxfam elogiou o estudo. "O FMI prova, assim, que tornar os ricos mais ricos não é bom para o crescimento", comentou o diretor da organização em Washington, Nicolas Mombrial.