Abbas agradece ao genro de Trump por esforços pela paz
O presidente da Palestina se mostrou mais otimista do que em algumas das suas últimas declarações em relação ao governo americano
EFE
Publicado em 24 de agosto de 2017 às 18h37.
Jerusalém - O presidente da Palestina , Mahmoud Abbas, agradeceu nesta quinta-feira os esforços dos Estados Unidos "para se chegar a um histórico acordo de paz" com Israel, através da delegação liderada pelo genro e assessor do presidente americano, Donald Trump, Jared Kushner, com o qual se encontrou hoje em Ramala.
"Sabemos que esta delegação está trabalhando pela paz e nós com ela para se chegar ao que o presidente Trump chamou de acordo de paz. Sabemos que há coisas difíceis e complicadas, mas não há nada impossível com bons esforços", assegurou Abbas a Kushner antes de iniciar sua reunião privada na Muqata (palácio presidencial), informou a agência oficial palestina "Wafa".
Com estas palavras, Abbas se mostrou mais otimista do que em algumas das suas últimas declarações, nas quais tinha lamentado que o governo Trump não tenha ainda uma proposta clara para a paz, e que espera que os EUA mostrem publicamente seu apoio para a solução de dois estados.
Kushner transmitiu a Abbas a perspectiva de Trump perante uma possível volta às negociações entre israelenses e palestinos - estancadas há mais de três anos -, e assegurou que o presidente americano é "muito otimista" em relação à situação e está interessado em conseguir "relações pacíficas entre os vizinhos da região".
Uma postura que Kushner já tinha comentado com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, com quem tinha se reunido horas antes em Jerusalém.
Netanyahu assegurou após o encontro que tinha sido "útil" e "significativo", informou um comunicado do seu Escritório.
Kushner chegou ontem à noite a Jerusalém acompanhado do enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, Jason Greenblatt, e da assessora adjunta de Segurança Nacional, Dina Powell, com o fim de tentar fazer que as partes retornem à mesa de negociação.
No entanto, entre os palestinos há um notável ceticismo acerca de que estes encontros vão levar a algum ponto e funcionários de alto escalão concordaram em criticar a indeterminação da Casa Branca em relação ao conflito.