REFRIGERANTES: Filadélfia estuda taxar bebidas industrializadas com adição de açúcar (Mario Tama / Getty Images) (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2016 às 06h15.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h46.
A Filadélfia, nos Estados Unidos, está travando uma guerra contra o açúcar. Na quarta-feira 25, a cidade começou a discutir um ajuste fiscal, e no plano para reforçar o caixa está um projeto para taxar as bebidas açucaradas. Refrigerantes, chás gelados, sucos e energéticos devem ficar 2 ou 3 centavos mais caros a cada 30 gramas de bebida. Uma iniciativa para desestimular o consumo e para receber retorno de um dos setores que mais ajudam a sobrecarregar o sistema de saúde.
No México, pioneiro na taxação do açúcar e das junk foods em 2014, deu certo. O consumo de bebidas industrializadas caiu 12% em um ano. Países como Inglaterra, Índia e Indonésia também estudam elaborar planos nacionais de combate ao açúcar.
Nos Estados Unidos, a preferência por bebidas saudáveis derrubou o consumo de refrigerantes. Em 2015, cada americano tomou 72,5 litros, 20% menos do que em 2009. Mas ainda é muito mais do que a média mundial, de 16,8 litros por pessoa ao ano. Não à toa, os índices de obesidade entre os americanos atingiram níveis exorbitantes e, hoje, mais de 60% da população está acima do peso.
No Brasil, a média é de incríveis 80 litros por ano. O Ministério da Saúde estima que as doenças relacionadas ao sobrepeso já onerem os cofres públicos em mais de 100 bilhões de reais ao ano. Em 2013, o governo firmou um acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para retirar 28.000 toneladas de sódio dos pratos brasileiros até 2020 e já há regras em relação à gordura trans. Agora o Conselho Nacional de Segurança Alimentar também quer negociar com a indústria a redução do açúcar. É mais um capítulo na batalha contra o açúcar.