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70% dos franceses veem país em "depressão coletiva"

Segundo pesquisa, 38% se dizem dispostos a abandonar o país

Paris, na França: 69% dos entrevistados acreditam que a decadência afeta o sistema educacional e, inclusive, o Estado de bem-estar (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 13h18.

Paris - De acordo com o estudo Observatório da Marca França, divulgado nesta quinta-feira pelo instituto ViaVoice, 70% dos franceses consideram que o país está em situação de "depressão coletiva", enquanto 38% se dizem dispostos a abandonar o país.

"A França está cansada, quase esgotada (..). Já ultrapassamos a cota de alarme", declarou hoje à Agência Efe o diretor do estudo, Denis Gancel, que considera que o desafio agora está em "manter o povo no país e criar uma nova França".

Os resultados da pesquisa, elaborado entre os dias 20 e 27 de fevereiro sobre uma mostra representativa de 1.002 pessoas, também revelam que 66% dos franceses entendem que o país está "em declive".

Além disso, 69% dos entrevistados acreditam que a decadência afeta o sistema educacional e, inclusive, o Estado de bem-estar, de modo que 80% conseguem prever mudanças no sistema social do país.

Segundo Gancel, esses resultados extremos, ao contrário do que pode parecer, escondem um lado positivo, já que evidenciam a "lucidez" dos franceses, que "estão conscientes do que anda passando, ou seja, que esse modelo social vai ter que mudar".

Essa suposta consciência, de acordo com o organizador do estudo, mostra que "o declive não é irreversível" e que os franceses se mostram dispostos a buscar remédios "à margem do Estado e ao redor de soluções individuais".

Isso porque, 46% dos entrevistados acreditam na possibilidade de se adaptar a um novo modo de vida, enquanto 92% acreditam que a criação de uma "marca França" contribuiria para melhorar a situação de um país sem crescimento econômico e com uma taxa de desemprego em torno de 10%.

Essa marca, que o diretor do estudo define como "cidadã", deveria representar valores econômicos e comerciais, segundo 42% dos ouvidos, assim como sociais e políticos (22%), apontou a pesquisa.

Ainda de acordo com a pesquisa, 87% dos franceses acreditam que o país é cada vez menos competitivo no plano internacional. Neste caso, os pontos baixos da França, segundo seus cidadãos, giram em torno da alta tributação (53%), da limitação das normas administrativas (52%) e o custo de seus assalariados (36%). EFE

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Paris - De acordo com o estudo Observatório da Marca França, divulgado nesta quinta-feira pelo instituto ViaVoice, 70% dos franceses consideram que o país está em situação de "depressão coletiva", enquanto 38% se dizem dispostos a abandonar o país.

"A França está cansada, quase esgotada (..). Já ultrapassamos a cota de alarme", declarou hoje à Agência Efe o diretor do estudo, Denis Gancel, que considera que o desafio agora está em "manter o povo no país e criar uma nova França".

Os resultados da pesquisa, elaborado entre os dias 20 e 27 de fevereiro sobre uma mostra representativa de 1.002 pessoas, também revelam que 66% dos franceses entendem que o país está "em declive".

Além disso, 69% dos entrevistados acreditam que a decadência afeta o sistema educacional e, inclusive, o Estado de bem-estar, de modo que 80% conseguem prever mudanças no sistema social do país.

Segundo Gancel, esses resultados extremos, ao contrário do que pode parecer, escondem um lado positivo, já que evidenciam a "lucidez" dos franceses, que "estão conscientes do que anda passando, ou seja, que esse modelo social vai ter que mudar".

Essa suposta consciência, de acordo com o organizador do estudo, mostra que "o declive não é irreversível" e que os franceses se mostram dispostos a buscar remédios "à margem do Estado e ao redor de soluções individuais".

Isso porque, 46% dos entrevistados acreditam na possibilidade de se adaptar a um novo modo de vida, enquanto 92% acreditam que a criação de uma "marca França" contribuiria para melhorar a situação de um país sem crescimento econômico e com uma taxa de desemprego em torno de 10%.

Essa marca, que o diretor do estudo define como "cidadã", deveria representar valores econômicos e comerciais, segundo 42% dos ouvidos, assim como sociais e políticos (22%), apontou a pesquisa.

Ainda de acordo com a pesquisa, 87% dos franceses acreditam que o país é cada vez menos competitivo no plano internacional. Neste caso, os pontos baixos da França, segundo seus cidadãos, giram em torno da alta tributação (53%), da limitação das normas administrativas (52%) e o custo de seus assalariados (36%). EFE

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