7 opiniões sombrias sobre o futuro do euro
Discurso dos especialistas é semelhante: União Europeia precisa ter vontade política para implantar reformas e ser mais ágil ao tomar decisões
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2011 às 11h36.
São Paulo - O economista Nouriel Roubini, que não é exatamente conhecido pelo otimismo, não é o único a fazer prognósticos sombrios sobre o futuro da zona do euro. Outros economistas de renome, inclusive alguns brasileiros, acendem a luz de alerta, cada um a seu modo.
Os discursos são semelhantes: se a União Europeia não mostrar mais vontade política para implantar reformas fiscais nem se desvencilhar da lentidão típica de suas tomadas de decisão, haverá uma debandada do euro, a começar pelas economias menores. E o impacto deste movimento levará ao colapso. Veja abaixo alguns prognósticos nada animadores:
Nouriel Roubini, economista conhecido por alertar o mundo antes da crise de 2008
“Os europeus não tem estratégia para estabelecer o retorno do crescimento econômico. Ou a zona do euro caminha para uma integração de verdade ou haverá um processo de desintegração progressiva. No fim, pode haver uma ruptura geral.”
Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central do Brasil e atual presidente da BM&FBovespa
“A União Europeia vê sua união monetária violentamente testada pelos mercados. Há casos claros de falta de liderança no bloco. O arsenal de medidas dos governos para lidar com a crise na Europa acabou.”
Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2008
“A crise na Europa me deixa, ao mesmo tempo, aterrorizado e entediado. A situação é assustadora, os países que correspondem a um terço da economia da União Europeia estão sob ataque especulativo e a própria existência da moeda está ameaçada. Mas fico entediado porque parece que os políticos europeus vão continuar a fazer mais do mesmo.”
Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu
“Temos diante de nós uma crise global de risco soberano e nós (a zona do euro) somos o epicentro desta crise global”
Jim O’Neill, presidente do Goldman Sachs Asset Management e criador do termo BRIC
“Você tem que considerar que resultados muito extremos são possíveis. Eu sou uma pessoa que geralmente vê o copo meio cheio, mas há aspectos em relação a esta situação europeia que podem envolver alguns desdobramentos bem feios.”
Joseph Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2010
“Acho que eles deviam se preocupar sobre o futuro do euro. O processo político na Europa é muito lento, já que tudo tem que ser ratificado pelos parlamentos. Então, a pergunta é: dada a velocidade com que os eventos estão acontecendo, será que a Europa vai conseguir responder rápido o bastante? Acho que há boa vontade dos políticos em fazer as coisas funcionarem. Mas pode não ser suficiente, dada a turbulência nos mercados.”
Jim Rogers, megainvestidor
“Se a Grécia abandonar o euro, será desastroso. O país vai voltar ao seu estado monetário anterior. O governo iria começar a imprimir dinheiro. Ninguém lhes concederia empréstimos. A inflação iria disparar e a economia ficaria cada vez pior. (...) Nós certamente veremos novas crises surgindo (...) na Europa; o mundo está em apuros.”
São Paulo - O economista Nouriel Roubini, que não é exatamente conhecido pelo otimismo, não é o único a fazer prognósticos sombrios sobre o futuro da zona do euro. Outros economistas de renome, inclusive alguns brasileiros, acendem a luz de alerta, cada um a seu modo.
Os discursos são semelhantes: se a União Europeia não mostrar mais vontade política para implantar reformas fiscais nem se desvencilhar da lentidão típica de suas tomadas de decisão, haverá uma debandada do euro, a começar pelas economias menores. E o impacto deste movimento levará ao colapso. Veja abaixo alguns prognósticos nada animadores:
Nouriel Roubini, economista conhecido por alertar o mundo antes da crise de 2008
“Os europeus não tem estratégia para estabelecer o retorno do crescimento econômico. Ou a zona do euro caminha para uma integração de verdade ou haverá um processo de desintegração progressiva. No fim, pode haver uma ruptura geral.”
Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central do Brasil e atual presidente da BM&FBovespa
“A União Europeia vê sua união monetária violentamente testada pelos mercados. Há casos claros de falta de liderança no bloco. O arsenal de medidas dos governos para lidar com a crise na Europa acabou.”
Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2008
“A crise na Europa me deixa, ao mesmo tempo, aterrorizado e entediado. A situação é assustadora, os países que correspondem a um terço da economia da União Europeia estão sob ataque especulativo e a própria existência da moeda está ameaçada. Mas fico entediado porque parece que os políticos europeus vão continuar a fazer mais do mesmo.”
Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu
“Temos diante de nós uma crise global de risco soberano e nós (a zona do euro) somos o epicentro desta crise global”
Jim O’Neill, presidente do Goldman Sachs Asset Management e criador do termo BRIC
“Você tem que considerar que resultados muito extremos são possíveis. Eu sou uma pessoa que geralmente vê o copo meio cheio, mas há aspectos em relação a esta situação europeia que podem envolver alguns desdobramentos bem feios.”
Joseph Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2010
“Acho que eles deviam se preocupar sobre o futuro do euro. O processo político na Europa é muito lento, já que tudo tem que ser ratificado pelos parlamentos. Então, a pergunta é: dada a velocidade com que os eventos estão acontecendo, será que a Europa vai conseguir responder rápido o bastante? Acho que há boa vontade dos políticos em fazer as coisas funcionarem. Mas pode não ser suficiente, dada a turbulência nos mercados.”
Jim Rogers, megainvestidor
“Se a Grécia abandonar o euro, será desastroso. O país vai voltar ao seu estado monetário anterior. O governo iria começar a imprimir dinheiro. Ninguém lhes concederia empréstimos. A inflação iria disparar e a economia ficaria cada vez pior. (...) Nós certamente veremos novas crises surgindo (...) na Europa; o mundo está em apuros.”