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4 jornalistas desaparecem no leste da Ucrânia

Quatro jornalistas desapareceram na cidade de Donetsk, no conturbado leste da Ucrânia


	Militares ucranianos: jornalistas desapareceram na noite de 22 para 23 de julho
 (Gleb Garanich/Reuters)

Militares ucranianos: jornalistas desapareceram na noite de 22 para 23 de julho (Gleb Garanich/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 13h31.

Moscou/Kharkiv - Quatro jornalistas, entre eles o britânico Graham Phillips, correspondente do canal de TV russo "Russia Today", e o russo Vadim Axionov, colaborador da agência de notícias "Anna-News", desapareceram nesta madrugada na cidade de Donetsk, no conturbado leste da Ucrânia.

"Quatro jornalistas (...) que estavam na zona de combate no leste da Ucrânia desapareceram na noite de 22 para 23 de julho. Segundo dados disponíveis, foram feitos prisioneiros pelas forças ucranianas", denunciou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em uma nota publicada em seu site.

Além de Phillips e Axionov, desapareceram dois operadores de câmera que os acompanhavam.

Os quatro jornalistas foram vistos pela última vez por volta das 23h locais quando gravavam cerca de 100 metros das posições do exército ucraniano no aeroporto de Donetsk, palco de combates entre as tropas de Kiev e os separatistas nos últimos dois dias.

Cerca de duas horas mais tarde, Phillips contatou pela última vez a redação do "Russia Today" em Moscou, à qual enviou uma mensagem de celular dizendo, em inglês, "Está tudo bem".

Desde então, o canal de notícias internacional russo não conseguiu falar com o britânico.

Ao saber da notícia, as autoridades de Kiev negaram que os jornalistas desaparecidos estejam em seu poder.

"Não temos nenhuma informação sobre esse jornalista (Graham Phillips). Os militares ucranianos não sequestram jornalistas", disse em Kiev o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrei Lisenko.

Da mesma forma, os milicianos russófilos alegaram não saber o paradeiro dos desaparecidos e se mostraram seguros de que os quatro foram detidos pelas forças de Kiev.

"O mais provável é que tenham sido detidos pelos militares ucranianos", disse às agências russas o chefe de imprensa dos milicianos, Konstantin Knirik.

Phillips, de 35 anos, já passou dois dias detido pelas forças ucranianas após ser detido no dia 20 de maio pela Guarda Nacional da Ucrânia em um posto de controle perto de Mariupol, porto nos mar de Azov, na região de Donetsk.

Segundo relatou mesmo após ser liberado, o repórter foi levado a Kiev para ser interrogado nas dependências do Serviço de Segurança da Ucrânia sobre o objeto de sua estadia no país.

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