32 civis mortos na Síria em véspera da visita de Annan
Ao menos 13 foram mortos na província de rebelde de Idleb segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2012 às 14h41.
Damasco- Pelo menos 32 civis foram mortos nesta sexta-feira na Síria , onde as forças do regime lançaram uma ofensiva na província de Idleb (noroeste), na véspera da chegada a Damasco do emissário internacional Kofi Annan.
A sexta-feira foi marcada também por um novo revés para o regime. Após a demissão de um vice-ministro, dez oficiais de alto escalão do Exército, incluindo quatro generais e dois coronéis, desertaram e chegaram nesta sexta à Turquia, segundo a agência oficial turca Anatolia e a oposição síria.
No plano diplomático, a Rússia, aliada de longa data do regime de Bashar al-Assad, anunciou que se opõe ao novo projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria, por considerá-lo "desequilibrado".
Esse anúncio ocorre antes de uma reunião sobre a Síria prevista para sábado no Cairo entre o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, e seus colegas dos países da Liga Árabe, da qual alguns integrantes fizeram fortes críticas à posição de Moscou.
Durante esse tempo, a repressão não mostrou sinal algum de arrefecimento.
Trinta e dois civis foram mortos nesta sexta em todo o país, sendo pelo menos 13 no ataque à localidade de Ain Larose, na província rebelde de Idleb, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O Exército também atacou as cidades de Chaghourit, Al-Laj, Hamimat e As-Sahn nesta província, indicou o OSDH.
Enquanto um grande número de carros blindados e de soldados se reunía no distrito de Jabal al-Zaouia, os militantes pró-democracia temiam uma operação de envergadura semelhante à que foi efetuada em Baba Amr, bairro de Homs retomado pelo Exército no dia 1º de março.
"O maior número de desertores (na Síria) está em Jabal al-Zaouia", explicou à AFP o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
Enquanto isso, como ocorre em todas as sextas-feiras desde março de 2011, dezenas de milhares de sírios saíram às ruas para denunciar o regime de Bashar al-Assad, principalmente em Aleppo (norte), que registrou a sua maior mobilização em um ano, indicaram militantes e o OSDH.
As forças de segurança abriram fogo para dispersar a multidão a Aleppo, enquanto dois manifestantes foram mortos em Homs (centro) e um em Jarablos, na província de Aleppo por disparos das forças de segurança, segundo o OSDH.
De acordo com a ONG, aglomerações também ocorreram em Damasco e em sua província, em Deraa, berço da onda de contestação no sul do país, em Hama (centro), em Idleb, na cidade litorânea de Lattaquié, em Deir Ezzor (leste) e em Hassaka (nordeste).
Os manifestantes pediram principalmente a morte do presidente Assad e o armamento dos rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL).
Desde o início da revolta, há um ano, episódios de violência deixaram cerca de 8.500 mortos, em sua maioria civis, segundo o OSDH.
Antes de sua chegada a Damasco no sábado, o emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, considerou que "a solução ideal reside em um regulamento político". Ele alertou para a militarização que, segundo ele, vai agravar a situação.
Paris e Rabat também reiteraram nesta sexta-feira sua oposição a qualquer intervenção militar.
Em sua guerra sem piedade contra os rebeldes, o presidente Assad ganha o forte apoio da Rússia, que já bloqueou duas resoluções dos ocidentais.
Nesta sexta-feira, Moscou manifestou a sua rejeição a um novo texto americano exigindo que o regime acabe com a repressão, classificando-o de "desequilibrado".
O texto exige que o governo sírio interrompa "imediatamente" qualquer violência e pede também que a oposição "evite qualquer violência" caso o governo aceite as primeiras exigências dessa resolução, segundo uma cópia que a AFP conseguiu consultar.
A China, outra aliada do regime, anunciou o envio para Arábia Saudita, Egito e França do emissário Zhang Ming, encarregado de explicar a posição de Pequim.
Essas negociações diplomáticas ocorrem no momento em que o regime mostra seus primeiros sinais de divisão após o anúncio na quinta-feira feito pelo vice-ministro do Petróleo de sua demissão para denunciar a "brutalidade" do regime.
Dez oficiais de alto escalão do Exército, entre eles quatro generais e dois coronéis, também chegaram nesta sexta-feira à Turquia, depois de terem desertado, indicaram a Anatolia e a oposição síria.
No plano humanitário, a chefe de operações humanitárias da ONU, Valerie Amos, declarou ter chegado a um acordo com o regime sírio para uma "missão de avaliação humanitária preliminar" nas zonas de conflito.
A ONU indicou que cerca de 1,5 milhão de pessoas precisam de uma ajuda alimentar. Segundo a organização, mais de 25.000 refugiados estão em países vizinhos da Síria, e a violência causou o deslocamento interno de entre 100.000 e 200.000 pessoas.
Damasco- Pelo menos 32 civis foram mortos nesta sexta-feira na Síria , onde as forças do regime lançaram uma ofensiva na província de Idleb (noroeste), na véspera da chegada a Damasco do emissário internacional Kofi Annan.
A sexta-feira foi marcada também por um novo revés para o regime. Após a demissão de um vice-ministro, dez oficiais de alto escalão do Exército, incluindo quatro generais e dois coronéis, desertaram e chegaram nesta sexta à Turquia, segundo a agência oficial turca Anatolia e a oposição síria.
No plano diplomático, a Rússia, aliada de longa data do regime de Bashar al-Assad, anunciou que se opõe ao novo projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria, por considerá-lo "desequilibrado".
Esse anúncio ocorre antes de uma reunião sobre a Síria prevista para sábado no Cairo entre o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, e seus colegas dos países da Liga Árabe, da qual alguns integrantes fizeram fortes críticas à posição de Moscou.
Durante esse tempo, a repressão não mostrou sinal algum de arrefecimento.
Trinta e dois civis foram mortos nesta sexta em todo o país, sendo pelo menos 13 no ataque à localidade de Ain Larose, na província rebelde de Idleb, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O Exército também atacou as cidades de Chaghourit, Al-Laj, Hamimat e As-Sahn nesta província, indicou o OSDH.
Enquanto um grande número de carros blindados e de soldados se reunía no distrito de Jabal al-Zaouia, os militantes pró-democracia temiam uma operação de envergadura semelhante à que foi efetuada em Baba Amr, bairro de Homs retomado pelo Exército no dia 1º de março.
"O maior número de desertores (na Síria) está em Jabal al-Zaouia", explicou à AFP o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
Enquanto isso, como ocorre em todas as sextas-feiras desde março de 2011, dezenas de milhares de sírios saíram às ruas para denunciar o regime de Bashar al-Assad, principalmente em Aleppo (norte), que registrou a sua maior mobilização em um ano, indicaram militantes e o OSDH.
As forças de segurança abriram fogo para dispersar a multidão a Aleppo, enquanto dois manifestantes foram mortos em Homs (centro) e um em Jarablos, na província de Aleppo por disparos das forças de segurança, segundo o OSDH.
De acordo com a ONG, aglomerações também ocorreram em Damasco e em sua província, em Deraa, berço da onda de contestação no sul do país, em Hama (centro), em Idleb, na cidade litorânea de Lattaquié, em Deir Ezzor (leste) e em Hassaka (nordeste).
Os manifestantes pediram principalmente a morte do presidente Assad e o armamento dos rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL).
Desde o início da revolta, há um ano, episódios de violência deixaram cerca de 8.500 mortos, em sua maioria civis, segundo o OSDH.
Antes de sua chegada a Damasco no sábado, o emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, considerou que "a solução ideal reside em um regulamento político". Ele alertou para a militarização que, segundo ele, vai agravar a situação.
Paris e Rabat também reiteraram nesta sexta-feira sua oposição a qualquer intervenção militar.
Em sua guerra sem piedade contra os rebeldes, o presidente Assad ganha o forte apoio da Rússia, que já bloqueou duas resoluções dos ocidentais.
Nesta sexta-feira, Moscou manifestou a sua rejeição a um novo texto americano exigindo que o regime acabe com a repressão, classificando-o de "desequilibrado".
O texto exige que o governo sírio interrompa "imediatamente" qualquer violência e pede também que a oposição "evite qualquer violência" caso o governo aceite as primeiras exigências dessa resolução, segundo uma cópia que a AFP conseguiu consultar.
A China, outra aliada do regime, anunciou o envio para Arábia Saudita, Egito e França do emissário Zhang Ming, encarregado de explicar a posição de Pequim.
Essas negociações diplomáticas ocorrem no momento em que o regime mostra seus primeiros sinais de divisão após o anúncio na quinta-feira feito pelo vice-ministro do Petróleo de sua demissão para denunciar a "brutalidade" do regime.
Dez oficiais de alto escalão do Exército, entre eles quatro generais e dois coronéis, também chegaram nesta sexta-feira à Turquia, depois de terem desertado, indicaram a Anatolia e a oposição síria.
No plano humanitário, a chefe de operações humanitárias da ONU, Valerie Amos, declarou ter chegado a um acordo com o regime sírio para uma "missão de avaliação humanitária preliminar" nas zonas de conflito.
A ONU indicou que cerca de 1,5 milhão de pessoas precisam de uma ajuda alimentar. Segundo a organização, mais de 25.000 refugiados estão em países vizinhos da Síria, e a violência causou o deslocamento interno de entre 100.000 e 200.000 pessoas.