Jornais: mortes aconteceram no Brasil, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Paraguai e no Peru (Bhaskar Dutta/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 07h36.
São Paulo - Dezenove jornalistas foram assassinados na América Latina em 2014, um "ano sombrio" para a imprensa na região - declarou nesta terça-feira o presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), o peruano Gustavo Mohme.
As mortes aconteceram no Brasil, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Paraguai e no Peru, afirmou Mohme, em uma mensagem de fim de ano.
"Às suas famílias, não expressamos apenas condolências e solidariedade, mas também nosso compromisso de que redobraremos esforços para que encontrem justiça e faremos o que estiver ao nosso alcance para evitar que outros jornalistas tenham a mesma sorte", acrescentou o diretor do jornal "La República", de Lima.
As mortes revelam "a falta de segurança e os altos níveis de risco que os jornalistas enfrentam no interior dos países, especialmente onde as comunidades estão mais expostas aos corruptos e ao crime organizado", lamentou.
Frágeis instituições democráticas acentuam o problema e geram censura, o que afeta a liberdade de expressão, completou.
A SIP afirmou que, graças ao trabalho em conjunto com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), houve avanços na proteção de jornalistas em alguns países, como Brasil, Colômbia, Honduras, México e Peru.
"Olhamos para 2015 com otimismo e na esperança de continuar promovendo e protegendo a liberdade de imprensa e de expressão", acrescentou Mohme.
A SIP reúne os donos e editores de mídia do continente e tem sua sede em Miami.