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Tiroteio na agência de segurança não foi terrorismo, diz FBI

O agente disse ainda que três pessoas foram detidas depois que o veículo em que viajavam se chocou contra uma das barreiras de acesso à NSA

NSA: "Não há qualquer indicação de que tenha relação com o terrorismo" (Patrick Smith/Getty Images)
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AFP

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 17h07.

Uma pessoa ficou ferida nesta quarta-feira em um tiroteio que ocorreu perto da sede da agência de inteligência americana , a NSA, nos arredores da capital Washington.

O tiroteio, no entanto, não parece ter qualquer relação com um ataque terrorista, informou o agente do FBI encarregado do caso.

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"Não há qualquer indicação de que tenha relação com o terrorismo", afirmou o agente especial Gordon Johnson a respeito do confuso episódio.

Johnson disse ainda que três pessoas foram detidas depois que o veículo em que viajavam se chocou contra uma das barreiras de acesso à NSA.

Uma dessas pessoas foi levada para o hospital, assim como um agente de segurança da NSA e outra pessoa que apenas passava pelo lugar.

O FBI (a Polícia Federal americana) informou que a agência local na cidade de Baltimore ia assumir a investigação do caso para determinar a natureza do incidente.

Em uma declaração por escrito, a assessoria de imprensa da NSA destacou que "foram feitos disparos com armas de fogo" e "várias pessoas foram levadas para hospitais da zona".

No entanto, o mesmo comunicado acrescenta que "informes preliminares não indicam por ora que haja ferimentos que podem ser atribuídos a armas de fogo".

A NBC Washington difundiu imagens de um veículo junto às barreiras que protegem a entrada do complexo que conta com segurança máxima.

Na imagem, se pode ver uma pessoa algemada.

O presidente Donald Trump foi informado sobre o incidente, segundo indicou a Casa Branca.

"O presidente foi informado sobre o tiroteio em Fort Meade. Nossos pensamentos e orações acompanham todas as pessoas que foram afetadas", assinalou a Casa Branca em um comunicado.

A NSA é uma agência de inteligência secreta especializada em ações de vigilância eletrônica.

Tornou-se mundialmente famosa em 2013, quando um de seus analistas de inteligência, Edward Snowden, revelou detalhes de como a agência realizava ações de espionagem em todo o mundo e até mesmo em cidadãos americanos.

Os documentos vazados por Snowden revelaram uma impressionante rede de grampos a telefones e até a existência de tribunais secretos para autorizar a NSA a interceptar dados.

Snowden também mostrou como as maiores empresas de telecomunicações dos Estados Unidos colaboravam com a NSA no monitoramento de seus próprios clientes.

Em março de 2015, um incidente semelhante já havia sido registrado na entrada da NSA, quando oficiais em serviço dispararam contra uma van, causando a morte do motorista e ferimentos graves a um passageiro.

A segurança em torno das agências de segurança dos Estados Unidos foi fortemente reforçada depois de um ataque com arma automática contra carros que esperavam para entrar na área reservada da Agência Central de Inteligência (CIA).

Em 1993, um homem identificado como Aimal Kasi abriu fogo contra os automóveis, matando dois funcionários da CIA.

Kasi conseguiu escapar para seu país natal, o Paquistão, embora, finalmente, os Estados Unidos tenham obtido sua prisão e extradição quatro anos depois. Kasi foi condenado por assassinato e executado em 2002.

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