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'Se PT não for convincente, sofrerá derrota brutal em 2006', diz petista

Para José Eduardo Cardozo, deputado federal pelo PT de São Paulo, partido deve apurar irregularidades cometidas por seus membros 'de forma convincente e sem titubeios', do contrário sofrerá 'derrota brutal' nas eleiçõ

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h43.

Se não apurar com disposição inquestionável as irregularidades cometidas por membros do alto escalão partidário, o PT vai pagar um preço muito alto. Essa é opinião do deputado petista José Eduardo Cardozo, membro da CPI dos Correios, em teleconferência promovida pela Tendências Consultoria nesta segunda-feira (25/7).

"Se conseguirmos construir uma postura ativa na apuração dos fatos e fizermos isso de forma convincente, sem titubeios, saímos arranhados, mas ainda fortes", diz Cardozo. "Mas se formos diversionistas, teremos uma derrota brutal nas próximas eleições e seremos reduzidos a uma pequenez que jamais poderíamos imaginar."

Quanto ao governo, Cardozo considera o impeachment improvável, porque até o momento não surgiu fato ligando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos esquemas de corrupção. "O que pode pesar é sua eventual omissão, mas isso já está sendo explorado na arena política." Na avaliação do deputado petista, a utilização da crise para desgastar Lula, sem retirá-lo do poder, é a tática adotada pela oposição.

Além disso, o impeachment implicaria em perda de previsibilidade, que não interessa aos agentes econômicos. "O vice-presidente [José Alencar] não é uma figura que se identifique, por exemplo, com o mercado financeiro", afirma o deputado. A economia, assim, continua atuando como seguro contra acidentes para o governo federal. "Lula é um homem pragmático e sensível e sabe que se não fosse o momento econômico favorável, o processo de impeachment já estaria em curso."

Para o PSDB e o PFL, os dois maiores partidos de oposição, o pragmatismo fala mais alto e afasta a possibilidade de saída de Lula da presidência. "Hoje a oposição tem um antagonista conhecido. Se ele sair, pode surgir um novo antagonista mais difícil do que o presidente Lula", avalia o deputado.

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