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Índices de Wall Street batem novos recordes com possível acordo EUA-China

Balanços também ajudam, com 76% das empresas do S&P 500 que já divulgaram resultados superando as expectativas de lucro

Além da trégua comercial, economia doméstica em melhora ampara o apetite ao risco. (Matteo Colombo/Getty Images)

Além da trégua comercial, economia doméstica em melhora ampara o apetite ao risco. (Matteo Colombo/Getty Images)

TL

Tais Laporta

Publicado em 4 de novembro de 2019 às 15h17.

Última atualização em 4 de novembro de 2019 às 15h25.

As ações de tecnologia impulsionaram os três principais índices de Wall Street a novos recordes nesta segunda-feira (4), com esperanças de um acordo comercial entre Estados Unidos e China e uma economia doméstica em melhora amparando o apetite ao risco.

A temporada de balanços corporativos do terceiro trimestre também tem sido um fator importante para os mercados, com 76% das empresas S&P 500 que divulgaram resultados até agora superando as expectativas de lucro, segundo dados da Refinitiv.

Às 12:40 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,51%, a 27.487 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,481592%, a 3.082 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 0,52%, a 8.430 pontos.

Washington e Pequim disseram na sexta-feira que fizeram progressos para acabar com uma guerra comercial, com autoridades dos EUA indicando que um acordo pode ser assinado este mês.

Além disso, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, disse no domingo que as licenças para as empresas norte-americanas venderem componentes para a Huawei Technologies Co. da China serão liberadas "muito em breve".

Oito dos 11 principais setores do S&P 500 subiam, com o de energia liderando os ganhos na esteira do aumento dos preços do petróleo, enquanto as ações de tecnologia proporcionaram o maior impulso aos índices devido a uma alta em ações de fabricantes de chips, que são sensíveis às questões comerciais.

O índice Philadelphia de semicondutores alcançou um novo recorde, com o índice em alta de 1,4%.

"Há um entusiasmo crescente com um acordo comercial, uma vez que avanços estão sendo feitos nessas negociações", disse Peter Cardillo, economista-chefe de mercado da Spartan Capital Securities, em Nova York.

Recordes também na Europa

O otimismo com as negociações comerciais também ajudou os índices acionários da Europa a atingir seu nível mais alto em quase dois anos nesta segunda-feira, enquanto um forte relatório de lucros da Ryanair elevou as ações da Irlanda para uma máxima de mais de um ano.

O índice FTSEurofirst 300 subiu 1,04%, a 1.582 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 1%, a 403 pontos. As mineradoras e fabricantes de automóveis, expostas a tarifas, subiram quase 3%, impulsionando o STOXX 600.

As ações francesas subiram para máximas de 12 anos, enquanto as ações alemãs terminaram em níveis que não eram vistos desde junho do ano passado. Entre outros setores, um aumento nos preços do petróleo fez com que as ações de energia registrassem seu melhor dia em sete semanas, enquanto as ações dos bancos da zona do euro avançaram 2,5%.

Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,92%, a 7.369 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,35%, a 13.136 pontos. Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,08%, a 5.824 pontos. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,64%, a 23.311 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,95%, a 9.416 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,71%, a 5.203 pontos.

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