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Empresas e governos seguem com cerco ao coronavírus

Dez cidades chinesas estão isoladas, a Starbucks fechou metade de suas 2 mil lojas na China e os EUA podem suspender voos para o país

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Ruas vazias na China: alguns analistas calculam que o PIB do país pode encolher até 2 pontos percentuais (Thomas Peter/Reuters)

Ruas vazias na China: alguns analistas calculam que o PIB do país pode encolher até 2 pontos percentuais (Thomas Peter/Reuters)

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Redação Exame

Publicado em 29 de janeiro de 2020 às, 06h08.

Última atualização em 29 de janeiro de 2020 às, 07h28.

São Paulo — Entre o pânico de segunda-feira, e a recuperação de ontem, que sentimento predominará entre os investidores nesta quarta-feira? Fato é que a epidemia de coronavírus segue avançando, enquanto os cálculos de impacto na economia global estão totalmente em aberto.

O número de vítimas fatais chegou a 130 na China, enquanto os casos suspeitos seguem se espalhando pelo mundo. Até a manhã desta quarta-feira são 132 mortes confirmadas, 125 delas na província de Hubei, epicentro da propagação. Já são mais de 6 mil casos confirmados, em 17 países.

No Brasil, há três suspeitos, segundo o Ministério da Saúde, em Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. O governo, seguindo recomendação da Organização Mundial de Saúde, recomendou que viagens para a China sejam feitas apenas em casos de extrema necessidade.

Para conter a propagação do vírus, governos e empresas privadas vêm tomando medidas mais duras nas últimas horas. Dez cidades chinesas estão isoladas. A rede de cafeterias Starbucks, um fenômeno na China, fechou metade de suas duas mil lojas no país. A Casa Branca anunciou que pode suspender todos os voos dos Estados Unidos para a China em meio às preocupações crescentes.

As bolsas globais perderam mais de 1,5 trilhão de dólares até segunda-feira, mas se recuperaram parcialmente ontem, dia de “correção” nos preços. O índice Ibovespa subiu 1,74%, depois de cair mais de 3% na véspera.

Na Europa e nos Estados Unidos os principais índices também subiram acima de 1%. “Como as bolsas estão nas máximas históricas, os investidores estão aproveitando o coronavírus para realizar lucro”, diz Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset. Nesta quarta-feira a bolsa de Hong Kong voltou a cair forte (-2,82%), embora o índice do medo, o Vix, tenha voltado para a casa dos 15 pontos, sinal de um recuo na volatilidade prevista.

Analistas internacionais afirma que o presidente chinês Xi Jinping vive seu maior desafio político na gestão da crise. Segundo Sérgio Praça, cientista político da FGV e colunista de EXAME, a ditadura chinesa poderá controlar as informações aos cidadãos, mas sem correr o risco de perder reputação internacional.

Shang-Jin Wei, professor de economia na universidade americana Columbia, afirma que o alerta econômico global é compreensivo, mas segundo ele ainda é cedo para pânico.

Segundo seus cálculos, a economia chinesa deve encolher apenas 0,1% pelo coronavírus, uma vez que os problemas econômicos deste início de ano tendem a ser compensados com um impulso extra nos próximos trimestres. Mas alguns analistas calculam que o PIB do país pode encolher até 2 pontos percentuais — ou seja, uma incerteza total sobre o impacto econômico da epidemia.

Outro ponto de atenção nas mesas de negociação desta quarta-feira é o anúncio da nova taxa de juros dos Estados Unidos.

A expectativa é que o Fed, o banco central do país, mantenha a taxa no patamar de 1,5% a 1,75%, mas as atenções se voltarão em possíveis indicações de novos cortes com as crescentes incertezas da economia global.

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