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Venda de imóveis cresce 58% e registra melhor resultado desde 2014

Levantamento mostra aumento na comercialização de unidades, retomada de lançamentos, e desempenho positivo do Programa Casa Verde e Amarela

Perspectiva do empreendimento Veritás, da Kallas Arkhes, na Vila Madalena (SP): com decoração assinada pelo arquiteto João Armentano, projeto lançado este ano tem previsão de entrega em julho de 2023 (Kallas/Divulgação)
GS

Gabriella Sandoval

Publicado em 6 de outubro de 2020 às 14h57.

Última atualização em 15 de março de 2021 às 20h09.

O balanço mensal da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostra um aumento de 58% nas vendas de novas unidades habitacionais em julho em relação ao mesmo mês de 2019. Ao todo, foram comercializadas 13.023 unidades no período, representando o melhor resultado mensal do indicador desde maio de 2014.

O levantamento, feito com base nas informações repassadas por incorporadoras, indica ainda que entre os meses de maio, junho e julho as vendas cresceram 25,5% em comparação ao mesmo período no ano passado, totalizando 35.814 unidades vendidas.

No acumulado em 12 meses, as 125.380 unidades comercializadas representam um avanço de 9% em relação ao volume vendido nos 12 meses anteriores. Já as vendas líquidas (calculadas com base no volume de vendas e distratos), cresceram 56,2% em julho, 21,2% no último trimestre móvel e 12,1% nos últimos 12 meses.

Retomada dos lançamentos

Enquanto isso, os lançamentos de novos empreendimentos registraram alta de 38,2% em julho, o que para o presidente da Abrainc, Luiz Antonio França mostra a resiliência diante da crise instalada por conta da pandemia. Para o executivo, a retomada é sinal de que as incorporadoras estão confiantes na recuperação econômica brasileira. “Em julho, os lançamentos de novos empreendimentos registraram crescimento de 38,2%. Esse salto reflete a retomada de lançamentos (7,3%) e vendas (34,8%) no segmento de médio e alto padrão, que havia sofrido mais impacto da pandemia”, diz França.

Minha Casa Minha Vida

Enquanto os imóveis de alto médio e alto padrão registraram queda de 60,3% nos lançamentos e de 9% nas vendas durante o último trimestre móvel (em comparação ao mesmo período de 2019), os empreendimentos do Minha Casa Minha Vida apresentaram uma queda menos expressiva no número de lançamentos (24,6%). Em contrapartida, houve um aumento de 39% nas vendas no acumulado entre maio e julho.

"O déficit habitacional de 7,79 milhões de moradias no país reforça a disposição de novos investimentos pelas incorporadoras"

Luiz Antonio França, presidente da Abrainc

Em relação ao mês de julho, os resultados foram ainda melhores. Imóveis do Programa Casa Verde e Amarela (atual Minha Casa Minha Vida) tiveram alta de 47% nos lançamentos e 62,4% em vendas. Os empreendimentos de médio e alto padrão também apresentaram desempenho positivo, com alta de 7,3% no volume de unidades lançadas e de 34,8% nas vendas. “Os números indicam que a construção está deixando a incerteza no retrovisor. O déficit habitacional de 7,79 milhões de moradias no país reforça a disposição de novos investimentos pelas incorporadoras”, diz França.

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