Exame Logo

Polícia cumpre reintegração de posse no Parque Augusta

Manifestantes querem que o acesso ao bosque seja mantido enquanto é decidido o destino do terreno, mas acabaram saindo pacificamente com a chegada da PM

Parque Augusta: prefeito Fernando Haddad acenou com a possibilidade de usar o dinheiro de indenização de bancos estrangeiros para a construção do parque, mas que diz que é preciso uma autorização da justiça (Divulgação/Facebook/Parque Augusta)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 12h19.

São Paulo - A Polícia Militar (PM) executou hoje (4) uma ação de reintegração de posse na área conhecida como Parque Augusta, na região central da capital paulista.

O terreno de um antigo colégio foi comprado por duas empreiteiras, que pretendem construir um empreendimento imobiliário . Um grupo de ativistas ocupava o local, onde existe um bosque, para reivindicar a criação de um parque.

Após a desocupação, os manifestantes seguiram em passeata até a prefeitura de São Paulo .

Por volta das 6h, a PM chegou ao local para cumprir a ordem do juiz Gustavo Coube de Carvalho, da 5ª Vara do Foro Central Cível, em favor da Albatroz Investimentos Imobiliários e da Flamingo Investimentos Imobiliários.

Os manifestantes, que passaram a noite no local, resistiram, em um primeiro momento, mas acabaram saindo pacificamente. Durante a operação, os policiais cercaram toda a região, impedindo o tráfego de pedestre e automóveis nas ruas Caio Prado e Marquês de Paranaguá.

O iluminador Paulinho Fluxus é um dos ativistas que protestava no parque. Ele chegou a subir em uma árvore como forma de resistir à reintegração.

Paulinho conta que passou a noite no local e só decidiu sair com a promessa de que o grupo seria recebido pela vice-prefeita, Nádia Campeão. “A gente queria um posicionamento para que o parque continue aberto”, ressaltou.

Os manifestantes querem que o acesso ao bosque seja mantido enquanto é decidido o destino do terreno.

Mesmo com a possibilidade de uma ação coercitiva da PM logo pela manhã, Paulinho diz que a vigília durante a noite foi tranquila. “É muita gente que se gosta e com muito ânimo. Não era um clima de medo, apesar de todo o aparato que tenta imprimir isso”, disse, apontando para os policiais que acompanhavam a passeata em direção à prefeitura.

Um projeto para criação do parque foi aprovado em 2008, mas acabou não sendo levado a diante pela prefeitura.

No final de janeiro deste ano, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo aprovou um outro projeto em que o bosque seria preservado, mas também seriam construídas três torres do uso misto no local. Essa segunda proposta desagrada os movimentos que reivindicam a criação do Parque Augusta.

No mês passado, o prefeito Fernando Haddad acenou com a possibilidade de usar o dinheiro recebido como indenização de bancos estrangeiros para a construção do parque.

O prefeito ressaltou, entretanto, que isso dependeria da “viabilidade jurídica” do projeto. O UBS Zurique e o Citibank, de Nova York, vão pagar juntos US$ 25 milhões em um acordo por terem movimentado recursos desviados pelo ex-prefeito Paulo Maluf na gestão 1993-1996.

Veja também

São Paulo - A Polícia Militar (PM) executou hoje (4) uma ação de reintegração de posse na área conhecida como Parque Augusta, na região central da capital paulista.

O terreno de um antigo colégio foi comprado por duas empreiteiras, que pretendem construir um empreendimento imobiliário . Um grupo de ativistas ocupava o local, onde existe um bosque, para reivindicar a criação de um parque.

Após a desocupação, os manifestantes seguiram em passeata até a prefeitura de São Paulo .

Por volta das 6h, a PM chegou ao local para cumprir a ordem do juiz Gustavo Coube de Carvalho, da 5ª Vara do Foro Central Cível, em favor da Albatroz Investimentos Imobiliários e da Flamingo Investimentos Imobiliários.

Os manifestantes, que passaram a noite no local, resistiram, em um primeiro momento, mas acabaram saindo pacificamente. Durante a operação, os policiais cercaram toda a região, impedindo o tráfego de pedestre e automóveis nas ruas Caio Prado e Marquês de Paranaguá.

O iluminador Paulinho Fluxus é um dos ativistas que protestava no parque. Ele chegou a subir em uma árvore como forma de resistir à reintegração.

Paulinho conta que passou a noite no local e só decidiu sair com a promessa de que o grupo seria recebido pela vice-prefeita, Nádia Campeão. “A gente queria um posicionamento para que o parque continue aberto”, ressaltou.

Os manifestantes querem que o acesso ao bosque seja mantido enquanto é decidido o destino do terreno.

Mesmo com a possibilidade de uma ação coercitiva da PM logo pela manhã, Paulinho diz que a vigília durante a noite foi tranquila. “É muita gente que se gosta e com muito ânimo. Não era um clima de medo, apesar de todo o aparato que tenta imprimir isso”, disse, apontando para os policiais que acompanhavam a passeata em direção à prefeitura.

Um projeto para criação do parque foi aprovado em 2008, mas acabou não sendo levado a diante pela prefeitura.

No final de janeiro deste ano, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo aprovou um outro projeto em que o bosque seria preservado, mas também seriam construídas três torres do uso misto no local. Essa segunda proposta desagrada os movimentos que reivindicam a criação do Parque Augusta.

No mês passado, o prefeito Fernando Haddad acenou com a possibilidade de usar o dinheiro recebido como indenização de bancos estrangeiros para a construção do parque.

O prefeito ressaltou, entretanto, que isso dependeria da “viabilidade jurídica” do projeto. O UBS Zurique e o Citibank, de Nova York, vão pagar juntos US$ 25 milhões em um acordo por terem movimentado recursos desviados pelo ex-prefeito Paulo Maluf na gestão 1993-1996.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisPolítica no BrasilProtestossao-paulo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame