App que conecta corretores a imobiliárias se une à plataforma de crédito
Com crescimento de 60% durante a pandemia, Beemob firma parceria com a fintech CrediHome e passa a oferecer soluções financeiras para o mercado imobiliário
Gabriella Sandoval
Publicado em 30 de setembro de 2020 às 15h55.
Última atualização em 15 de março de 2021 às 20h10.
A startup Beemob, plataforma que reúne corretores autônomos, imobiliárias e incorporadoras anunciou uma parceria com a empresa de crédito imobiliário CrediHome, que conecta clientes interessados em financiar um imóvel aos bancos de forma gratuita e online. A intenção é tornar a experiência do usuário no processo de aquisição do imóvel mais rápida e menos burocrática.
Para apontar qual banco tem a melhor taxa de acordo com o perfil do cliente, a solução analisa mais de 70 pontos, como renda, perfil do imóvel e condições de pagamento.“A relação com a CrediHome vai proporcionar a possibilidade de captação de recursos financeiros para quem compra um imóvel”, diz Gustavo Zanotto, CEO da Beemob. A expectativa, segundo ele, é gerar 50 contratos no primeiro mês de parceria. “O corretor de imóveis terá um ganho em comissão por cada contrato indicado e aprovado”, explica.
O “match” perfeito
Criada em 2018 na cidade de Porto Alegre por Vitor Capun, ex-gerente de parcerias da construtora Rossi, aBeemobse baseia no sistema americano Multiple Listing Service (MLS), no qual todos os agentes do mercado imobiliário são conectados e seguem o princípio do “ajude-me a vender meu estoque e eu ajudarei você a vender o seu”. Entre as empresas que investiram na startup estão a SafeWeb, especialista em segurança da informação e certificação digital, e a Allcon, consultoria especializada em gestão de negócios.
Desde o início da pandemia, em abril, aBeemobcresceu 60% em número de usuários, com mais de 2.000 “matches” entre imóveis e compradores. Atualmente, a startup conta com 9.186 usuários ativos, entre eles 8.455 corretores de imóveis e 382 incorporadoras e acumula 96,6 bilhões de reais de Valor Geral de Vendas (VGV) considerando os mais de 110.000 imóveis cadastrados na plataforma.
“Com a crise, corretores que não eram adeptos à tecnologia passaram a testar e utilizar ferramentas remotas para ajudar no processo de compra e venda de imóveis”, diz Zanotto. “Portanto, neste ano, os desafios foram ressignificados por nós e passaram a ser vistos como oportunidade”.