6 cidades onde o preço das casas vai crescer muito em 2016
Sydney lidera ranking das cidades globais onde preço de moradia deve subir bastante; Londres e Xangai também estão na lista da consultoria Knight Frank
João Pedro Caleiro
Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h21.
São Paulo - Aonde no mundo você gostaria de ter uma casa? Independente da sua resposta, com certeza um fator que deve ser levado em conta é o preço e sua trajetória ao longo do anos. Em um relatório recente, a consultoria imobiliária Knight Frank lançou suas previsões sobre o comportamento do preço de moradias em várias cidades globais em 2016. Eles identificam dois fatores explicativos centrais - o ritmo do aumento dos juros nos Estados Unidos e da desaceleração da economia da China - e esperam ganhos menores do que aqueles verificados nos últimos anos. "No final de 2015, esperamos que os mercados mais fortes e mais fracos sejam separados por 20 pontos percentuais. Em 2016 projetamos que esse dado caia para 15 pontos na medida que o crescimento de preços converge", diz o texto. Veja a seguir quais são as 6 cidades analisadas que se destacam pela previsão de forte crescimento:
A previsão da Knight Frank é de um aumento de 2% no preço das residências em Londres , o dobro do registrado em 2015. Os riscos envolvem a eleição de um novo prefeito em maio, aumento dos custos de transação, como o imposto de 3% para compra da segunda casa. O mercado da cidade tem ficado totalmente fora do padrão nos últimos anos. De acordo com a consultoria Zoopla, as casas de 75.796 britânicos ultrapassaram o valor de 1 milhão de libras em 2015. Ou seja, 200 britânicos por dia se tornaram "milionários imobiliários" no período.
Queridinha dos brasileiros e latino-americanos em geral, Miami verá o preço de suas casas subir 2% em 2016, metade da taxa do ano passado, diz a consultoria. O risco para a cidade é que os investidores adotem uma postura de "esperar para ver" diante dos fatores como a eleição presidencial americana e a valorização do dólar em relação às moedas de países emergentes. De acordo com a Faccin Investments, a alta do dólar causou uma redução de quase 85% dos brasileiros que desejam comprar uma segunda residência em Miami.
O estreito principado de Mônaco tem a oferta de residências naturalmente restrita pelo seu tamanho e deve ver o preço delas crescer 5% em 2016, segundo a Knight Frank. É o mesmo número do ano passado: "No clima atual de crescente tensão política e flutuações de impostos, o status de Mônaco como um refúgio privado e seguro continua a ter apelo sobre os ricos do mundo", diz a consultoria. Praticamente um em cada três habitantes da cidade tem patrimônio acima de US$ 1 milhão, e isso sem contar o valor da sua moradia principal, segundo a Wealth Insight.
De acordo com a consultoria, Nova York deve manter em 2016 a mesma taxa de crescimento de 5% observada em 2015. A mediana do preço de venda de um apartamento em Manhattan atingiu US$ 999.000 (o equivalente a R$ 3,95 milhões) no 3º trimestre, de acordo com o Corcoran e outros grupos imobiliários, diz o New York Times. E isso porque estamos falando da mediana, que suaviza os extremos. O preço médio é bem maior: US$ 1,7 milhão (ou R$ 6,7 milhões).
Xangai garante o segundo lugar na lista apesar da taxa de crescimento esperada, de 4%, ser menos da metade dos 10% estimados em 2015. Investidores temem que a economia da China esteja desacelerando perigosamente, o que vem sendo sinalizado por uma série de dados fracos. A China precisa reformar seu modelo de crescimento para depender mais do consumo e menos do investimento, mas ninguém sabe se ela terá sucesso. É esta incerteza que deve dominar o ano.
A liderança na lista da Knight Frank fica com Sydney, na Austrália, com previsão de crescimento de 10% em 2016 após os 15% estimados em 2015. "A desaceleração da economia, a fraqueza da performance do mercado de ações em meses recentes e a introdução de taxas para o investimento externo explicam a performance mais baixa em 2016", diz a consultoria. Ainda assim, a Austrália tem poucos motivos para reclamar: é um caso único no mundo desenvolvido ao caminhar para seu 25º ano seguido sem recessão.
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