Uma viagem pelo Porto
Lançamento mostra, por meio de 250 rótulos, a história do mais famoso vinho de Portugal
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h10.
No dia 10 de setembro, Portugal comemorou os 250 anos da demarcação da região do Alto Douro pelo marquês de Pombal. Nascia ali a base para a produção controlada e de qualidade do vinho fortificado mais famoso do mundo, o Porto. Como o feito merece um brinde, Carlos Cabral, talvez o maior especialista brasileiro na cepa, não deixou a data passar a seco. Seu livro Porto, um Vinho e Sua Imagem -- Um Passeio pelos Rótulos da Coleção Soromenho (Editora de Cultura, 204 páginas, 120 reais) propicia ao leitor uma viagem pela história do mais conhecido vinho português, verdadeiro embaixador do país nas boas mesas de todo o planeta. Escrita de maneira simples e objetiva, a obra monta um painel muito bem documentado da evolução do Porto, apresentada ao leitor por meio de cerca de 250 belíssimos rótulos reproduzidos em suas páginas. Desde a descoberta e o aprimoramento do método de produção -- que surgiu da necessidade de exportar vinhos para a Inglaterra sem que a longa viagem de barco estragasse o produto --até os problemas de falsificação, o que em parte explica a necessidade de rótulos tão sofisticados para garantir a autenticidade, toda a "biografia" do vinho é descrita por Cabral.
Além de uma rica fonte de informações históricas sobre o Porto, o trabalho se destaca pelo belo espetáculo para os olhos, verdadeira aula sobre o design gráfico português do século 19. Por meio dos rótulos, o leitor vai à origem de produtores como a Warre & Co., a mais antiga das casas inglesas de vinho do Porto, fundada em 1670 e que até hoje faz vinhos de grande prestígio. Ou as famosas Taylor (1692), Ferreira (1751) e Niepoort (1842), entre outras. Também descobre que o Brasil foi, durante mais de 100 anos, o segundo maior importador mundial de vinho do Porto, atrás apenas da Inglaterra. E que, no início, os rótulos da casa Adriano informavam tratar-se de um tônico nutritivo. A eficácia do Porto como remédio pode até ser questionável, mas não a qualidade da bebida, que assegurou seu sucesso ao longo do tempo.
No dia 10 de setembro, Portugal comemorou os 250 anos da demarcação da região do Alto Douro pelo marquês de Pombal. Nascia ali a base para a produção controlada e de qualidade do vinho fortificado mais famoso do mundo, o Porto. Como o feito merece um brinde, Carlos Cabral, talvez o maior especialista brasileiro na cepa, não deixou a data passar a seco. Seu livro Porto, um Vinho e Sua Imagem -- Um Passeio pelos Rótulos da Coleção Soromenho (Editora de Cultura, 204 páginas, 120 reais) propicia ao leitor uma viagem pela história do mais conhecido vinho português, verdadeiro embaixador do país nas boas mesas de todo o planeta. Escrita de maneira simples e objetiva, a obra monta um painel muito bem documentado da evolução do Porto, apresentada ao leitor por meio de cerca de 250 belíssimos rótulos reproduzidos em suas páginas. Desde a descoberta e o aprimoramento do método de produção -- que surgiu da necessidade de exportar vinhos para a Inglaterra sem que a longa viagem de barco estragasse o produto --até os problemas de falsificação, o que em parte explica a necessidade de rótulos tão sofisticados para garantir a autenticidade, toda a "biografia" do vinho é descrita por Cabral.
Além de uma rica fonte de informações históricas sobre o Porto, o trabalho se destaca pelo belo espetáculo para os olhos, verdadeira aula sobre o design gráfico português do século 19. Por meio dos rótulos, o leitor vai à origem de produtores como a Warre & Co., a mais antiga das casas inglesas de vinho do Porto, fundada em 1670 e que até hoje faz vinhos de grande prestígio. Ou as famosas Taylor (1692), Ferreira (1751) e Niepoort (1842), entre outras. Também descobre que o Brasil foi, durante mais de 100 anos, o segundo maior importador mundial de vinho do Porto, atrás apenas da Inglaterra. E que, no início, os rótulos da casa Adriano informavam tratar-se de um tônico nutritivo. A eficácia do Porto como remédio pode até ser questionável, mas não a qualidade da bebida, que assegurou seu sucesso ao longo do tempo.