Marketing

Marcas devem produzir conteúdo, dizem especialistas

Para eles, tarefa de escrever informações para os consumidores, na publicidade, fica a cargo dos redatores publicitários

Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan: “A gente quer que uma pessoa tenha um relacionamento da marca. De um lado, conteúdo contestador, de entretenimento. E de outro lado, eu entrego conteúdo institucional básico, mas de uma forma light” (Divulgação/AdNews)

Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan: “A gente quer que uma pessoa tenha um relacionamento da marca. De um lado, conteúdo contestador, de entretenimento. E de outro lado, eu entrego conteúdo institucional básico, mas de uma forma light” (Divulgação/AdNews)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2011 às 09h02.

São Paulo - No mundo da propaganda, “gerar conteúdo já não é mais uma escolha”, afirma Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan, durante o MediaOn. E realmente, com o apogeu das redes sociais, subiu o número de marcas que aumentaram a produção e disponibilização de informações que vão além do tradicional.

A Nissan, empresa relativamente pequena no setor e com pouca verba para investir alto em publicidade, representa 2% do mercado automobilístico brasileiro.

Por isso, conta Moreno, optaram por utilizar o Facebook como plataforma de comunicação. O objetivo é focar no que agrada o usuário e fazer com que ele interaja, “para não ficar uma coisa chata”, e ir mais para o lado do entretenimento, revela.

“A gente quer que uma pessoa tenha um relacionamento da marca. De um lado, conteúdo contestador, de entretenimento. E de outro lado, eu entrego conteúdo institucional básico, mas de uma forma light”, disse.

O papel de "informar" é “dar sentido à marca”, opina Gian Martinez, gerente sênior de excelência criativa da Coca-Cola. E como há uma sobrecarga de informações na rede, o que se deve buscar é relevância, pois as pessoas conectadas têm liberdade de filtrar informações e escolher o que vão consumir ou não. “Neste mundo, o que fica para a sociedade é o que vale a pena compartilhar”, diz.

Ele lembra que o tangível vem perdendo sentido através dos tempos e que a grande aposta agora é investir e produzir o que chama de “conteúdo líquido”, aquele que espalha sozinho e se molda às formas do meio em que está inserido, ao que as pessoas querem e buscam.

Jornalismo x Publicidade

A tarefa de escrever informações para os consumidores, na publicidade, fica a cargo dos redatores publicitários. Atualmente, quem quer jornalismo busca os veículos; as redes sociais institucionais são meios de buscar coisas relacionadas aos produtos da Fan Page ou em um perfil do Twitter da empresa. 


Entretanto, é lógico que o que se encontra nos sites de relacionamento é totalmente voltado para reforçar um posicionamento em relação ao público e mostrar as curiosidades que envolvem determinado universo mercadológico.

Mas assim como veículos buscam credibilidade, empresas também primam pela confiança na rede. Moreno afirma que a Nissan não oculta nada na página do Facebook, inclusive comentários negativos. Isso, segundo ele, é um princípio de transparência, conta para que as pessoas acreditem no que é transmitido.

A equipe produtora de conteúdo para a montadora é formada por jornalistas e publicitários. Mas quem atua mais nesta área são os jornalistas, conta, por causa da percepção que os profissionais possuem acerca do que é mais relevante para o público e para sociedade. Já, quem está na área da publicidade, tem uma visão mais conceitual.

Desta forma, disseminar informação é mais barato do que fazer propaganda tradicional? “Não necessariamente. Depende”, expõe Martinez.

Os Pôneis Malditos e o sucesso da Nissan

O vídeo “Pôneis Malditos”, que atacou a concorrente, foi responsável pelo boom da companhia nas redes sociais. Ele se tornou o comercial mais visto do YouTube no Brasil.

A Fan Page já possui cerca de 119 mil fãs e o no Twitter, mais de 8 mil seguidores. A venda aumentou 21% e os resultados foram os mesmos se tivessem sido investidos 3 milhões na TV aberta, de acordo com o gerente de marketing. Agora, a companhia quer manter o público conquistado ofertando coisas que acreditam ser relevantes.

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