Marketing

Agência Gana quer reformular a publicidade com equipe negra e periférica

Equipe 100% negra e periférica da Gana trabalha para ter mais diversidade nos anúncios publicitários

Felipe Silva, presidente da agência Gana (Roger Monteiro/Reprodução)

Felipe Silva, presidente da agência Gana (Roger Monteiro/Reprodução)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 31 de março de 2021 às 07h00.

Última atualização em 31 de março de 2021 às 19h06.

Acaba de chegar ao mercado de comunicação a agência Gana. Liderada por Felipe Silva, redator e fundador da Escola Rua, a empresa surge com a proposta de trazer mais diversidade na publicidade e atender as expectativas dos consumidores.

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Criada inicialmente como coletivo, em 2019, a agência reúne hoje a expertise de profissionais pretos com mais de 10 anos de mercado e o olhar fresco de jovens talentos periféricos de todos os cantos do Brasil. A descentralização do eixo Sul e Sudeste é uma das premissas da Gana para acelerar a inovação do mercado. Atualmente são oito funcionários fixos e cerca de 30 colaboradores esporádicos.

"As agências que conhecemos são formadas majoritariamente por pessoas brancas, e a consequência disso é uma entrega que não representa a realidade brasileira, em um país no qual mais da metade da população é preta e periférica. Trazer novas visões, vivências e referências não contempladas em agências tradicionais é uma urgência dentro desse mercado", diz Felipe Silva, presidente da Gana.

A agência já conta com grandes projetos no portfólio, como o rebranding da Ponte Jornalismo e a campanha de lançamento do canal Trace Brazuca, da Trace Brasil, um dos destaques desta edição de EXAME e, que usou pela primeira vez a música Negro Drama, do Racionais MC’s, em uma campanha publicitária.

O modelo de trabalho realizado pela agência destaca a criação de projetos mais moduláveis, utilizando metodologias ágeis e de co-criação para entregar projetos com contexto sociocultural. Cada cliente conta com time especializados, de acordo com as necessidades e objetivos do negócio.

“A criatividade preta e periférica cria hits todos os dias e não fazia isso para marcas porque nunca teve espaço nas agências, e queremos trazer soluções criativas e inteligentes mais conectadas com a realidade dos consumidores, com contexto sociocultural", diz Silva.

A Gana se posiciona como uma das primeiras agências a trazer a potencialidade da produção intelectual preta e periférica para a linha de frente da indústria da comunicação e é lançada com investimento totalmente próprio. 

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