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Smart Fit sobe 35% na estreia: ação ficou cara ou ainda vale investir?

Rede de academias captou R$ 2,3 bilhões no IPO e teve forte demanda de investidores no primeiro pregão

Edgard Corona, fundador e CEO da Smart Fit (terceiro a partir da direita), e demais executivos da rede de academias na cerimônia de estreia na B3 | Foto: Cauê Diniz/B3/Divulgação (Cauê Diniz/B3/Divulgação)

Edgard Corona, fundador e CEO da Smart Fit (terceiro a partir da direita), e demais executivos da rede de academias na cerimônia de estreia na B3 | Foto: Cauê Diniz/B3/Divulgação (Cauê Diniz/B3/Divulgação)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 14 de julho de 2021 às 15h49.

Última atualização em 14 de julho de 2021 às 18h53.

Nesta quarta-feira, 14, a Smart Fit (SMFT3) se tornou a primeira rede de academias do país a estrear na bolsa de valores – e os investidores foram muito receptivos. As ações da companhia dispararam em seu primeiro pregão de negociação na B3 e encerraram com alta de 34,8%, negociadas a 31 reais. O preço definido no IPO foi de 23 reais por ação. 

Embora as ações tenham subido com força na estreia, analistas ainda veem espaço para crescimento dos papéis na bolsa. Para Cristiane Fensterseifer, analista da Empiricus, a disparada das ações da Smart Fit mostra o apetite do mercado por companhias que se beneficiam da retomada econômica. 

“A empresa tem uma tese ímpar na bolsa porque é a única de seu segmento, então traz um potencial interessante para quem quer se expor à retomada econômica”, afirma Fensterseifer à EXAME Invest

Em seu relatório sobre o IPO, a analista havia calculado o preço-alvo de 29 reais para a Smart Fit, já ultrapassado pela empresa em suas primeiras horas de negociação. Ainda assim, Fensterseifer acredita que a ação tem espaço para avançar, buscando um preço mais alto em torno de 33 a 35 reais, que foi levantado por outros analistas.

Alguns deles foram Eric Huang e Tales Granello, da Eleven Research, que colocaram o preço-alvo da Smart Fit em 33 reais. O valor indica um potencial de valorização (upside) de 6,5% em relação ao fechamento desta quarta-feira.

Em relatório, Huang e Granello destacaram que os concorrentes terão dificuldades em se igualar à Smart Fit. “A capilaridade e escala da sua rede dificilmente poderiam ser replicadas em um curto período de tempo. Vemos a empresa com uma elevada capacidade de manutenção de sua liderança de mercado”, afirmam. 

Outro ponto positivo levantado nas análises é que a companhia não atua apenas com academias mas também com aplicativos voltados à vida saudável, como o Queima Diária e o Smart Fit Nutri.

O principal desafio da companhia, segundo analistas, é a própria pandemia, que tem causado preocupação em mercados internacionais com o avanço da variante Delta do coronavírus. Em caso extremo, cidades e estados poderiam voltar a impor medidas de restrição à circulação de pessoas.

Investidores também devem ficar atentos ao alto grau de alavancagem da empresa, que financia seu rápido crescimento com empréstimos. Os dois fatores combinados geraram um prejuízo de 604 milhões de reais para a Smart Fit em 2020.

Por enquanto, as expectativas gerais são as de que a pandemia deve perder força no segundo semestre por causa do avanço da vacinação no país, impulsionando os resultados da Smart Fit.

A Eleven prevê que a empresa volte a dar lucros em 2022. Já a Empiricus destaca que a captação bem-sucedida de recursos no IPO deve deixar o plano de crescimento e o pagamento de dívidas mais confortáveis.

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