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Posso investir em ações se tenho perfil conservador?

Veja dicas para o investidor explorar o mercado sem comprometer a estabilidade de sua carteira

Ações: como investir com segurança mantendo um perfil conservador. (Tim Robberts/Getty Images)
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Publicado em 13 de novembro de 2024 às 10h30.

Para quem tem um perfil de investidor conservador, a ideia de investir em ações pode parecer um risco grande demais. Afinal, esse perfil prioriza evitar grandes oscilações e focar em estabilidade, mesmo que isso implique em abrir mão de retornos mais expressivos.

Como investir em ações com um perfil conservador?

“O investidor de perfil conservador não está disposto a correr grandes riscos com seu patrimônio”, explica Paula Zogbi, especialista da fintech Nomad. “Mesmo quando o foco é o longo prazo, as oscilações de curto prazo não são toleráveis para quem tem esse perfil e, portanto, nem todos os tipos de ativos financeiros são adequados para compor suas carteiras.”

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Esse tipo de investidor geralmente prefere compor sua carteira com ativos menos arriscados. Ainda assim, é possível investir em ações mantendo um perfil conservador. “Focando no longo prazo, é possível”, diz Zogbi. “A melhor maneira de fazer isso seria optar por ações de menor volatilidade, de companhias em setores mais previsíveis em relação à geração de receita, como utilidades públicas ou empresas consolidadas que geram retornos recorrentemente aos acionistas.”

Segundo Zogbi, a chave está em escolher ações de setores mais previsíveis e menos voláteis, como empresas de utilidades públicas, bancos e companhias de consumo essencial. "Companhias de setores como energia elétrica, saneamento, saúde e bancos são conhecidas por sua menor volatilidade, o que ajuda o investidor a lidar melhor com as oscilações do mercado", acrescenta a especialista.

ETFs e estratégias de diversificação

Para quem tem acesso a corretoras internacionais, via plataformas como a Nomad, há a possibilidade de investir em ETFs de baixa volatilidade, como o USMV, SPLV e ACWV. Esses fundos negociados em bolsa têm o objetivo de minimizar os riscos, diversificando os investimentos e diminuindo a exposição a ativos mais voláteis.

Como equilibrar o risco sem abrir mão da segurança?

Zogbi destaca que o maior risco para o investidor conservador que investe em ações é a chance de tomar decisões precipitadas durante períodos de volatilidade. Para evitar esse problema, é importante adotar uma estratégia de longo prazo e evitar movimentações frequentes na carteira. “O ideal é manter a calma e entender que investir em ações exige paciência e disciplina. Ao focar no longo prazo, o investidor consegue atenuar o impacto das oscilações diárias e preservar sua estratégia”, afirma Zogbi.

Uma recomendação para perfis conservadores é limitar a parcela do patrimônio alocada em ações a uma proporção pequena. "Difícil trazer um número mágico, pois tudo depende dos objetivos, mas o mais importante é que o valor investido em ações não seja necessário no curto prazo e que haja uma reserva para emergências ", orienta a especialista.

Para a parcela mais arriscada da carteira, faz sentido calcular quanto do patrimônio pode sofrer com a volatilidade, sem passar de algo entre 10% e 20% dessa parcela destinada ao longo prazo, explica Zogbi. “Ou seja, se a alocação arriscada da carteira é de 50% e a parcela em ações é de 10% desses 50%, ela corresponderia a 5% do total, por exemplo.”

Ações são para todos os perfis?

Embora muitos associem ações a perfis mais agressivos, o mercado de renda variável oferece opções que podem se alinhar a diferentes níveis de tolerância ao risco. Com uma estratégia bem pensada e diversificada, mesmo quem prefere manter uma postura mais cautelosa pode tirar proveito do potencial de valorização das ações sem abrir mão da segurança.

Para o investidor conservador que deseja diversificar, o caminho ideal passa por uma análise detalhada do setor, escolha criteriosa dos ativos e, principalmente, disciplina. Dessa forma, é possível investir em ações sem sair da zona de conforto e sem comprometer a tranquilidade que caracteriza esse perfil de investidor.

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