Professor da FGV dá dicas para comprar ações da Petrobras
O economista alerta que durante esse tipo de operação, como a capitalização da estatal, os preços dos títulos ficam mais altos
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Rio de Janeiro - Para o investidor comum, não é o melhor momento de comprar ações da Petrobras, segundo o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Luiz Carlos Ewald. O economista alerta que durante esse tipo de operação, como a capitalização da empresa, os preços dos títulos ficam mais altos.
Segundo Ewald, a medida só é vantajosa para os funcionários da Petrobras, que terão bônus de 15% na subscrição, e para grandes grupos de investidores que podem comprar um volume grande de ações sem alteração do valor de mercado por especulação.
"Para os demais, é uma decisão subjetiva e cada um tem que parar para pensar. Embora vá entrar muito dinheiro na Petrobras. Mas, com as condições em que estão sendo feitas, os analistas avaliam que vai levar algum tempo para dar um retorno satisfatório. Vai ser um período de muito investimento para um retorno ainda imprevisível", avaliou Ewald.
O professor da FGV garante que, entre os vários tipos de aplicações, o mercado de ação é considerado um mercado de risco, por ter um retorno variável, mas também o melhor negócio no longo prazo. Segundo ele, "quanto maior o risco maior a possibilidade de ter lucro também". Para o economista os investidores precisam lembrar dessa característica do mercado de ações na hora de fechar negócios.
"As pessoas têm que saber direito quando compram porque costumam comprar só na alta, no efeito 'manada', quando todos compram, e depois reclamam que não ganharam dinheiro. Se tiver cabeça fria e comprar quando mercado está em baixa e ninguém está gostando, aí é hora de comprar, mas sempre pensando que é um investimento de longo prazo", explicou Ewald.
O especialista em finanças pessoais ainda orienta os investidores comuns a procurarem ajuda para decidir sobre investimentos. Ewald lembra que a compra de ações é feita na corretora de valores ou no departamento de um banco que tenha atuação na Bolsa de Valores e que, tanto um quanto outro, "têm departamentos técnicos que estudam as empresas que estão com ações nas bolsas e podem identificar os bons negócios.
O investidor tem que lembrar que as orientações têm boa intenção já que os bancos gostam de manter clientes e os satisfeitos são os que ganham".
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