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Os melhores e os piores fundos de investimento em 2012

Dentre as classificações da Anbima, fundos de Renda Fixa - Índices foram os melhores do ano, na média; fundos de ações atrelados ao Ibovespa vêm na lanterna

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	Investimentos que se beneficiaram da queda dos juros foram os melhores do ano
 (Dreamstime.com)

Investimentos que se beneficiaram da queda dos juros foram os melhores do ano (Dreamstime.com)

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Julia Wiltgen

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às, 13h18.

São Paulo – Os fundos de renda fixa que tentam superar índices de renda fixa – em geral vinculados à inflação – foram os mais rentáveis em 2012, em média, de acordo com a Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Em seguida, vieram os fundos que investem em ações de baixo valor de mercado, as Small Caps, e em terceiro lugar os fundos que aplicam em ações de empresas com alto nível de sustentabilidade e governança. Com o Ibovespa fechando com alta de 7,40% no ano, nenhuma das principais categorias de fundos teve desempenho médio negativo. Mas os fundos de ações que seguem o Ibovespa foram os menos rentáveis, ficando abaixo dos fundos DI.

Veja na tabela a rentabilidade média de cada categoria de fundo no ano passado, do mais para o menos rentável, com data de fechamento em 31 de dezembro de 2012:

Tipo de fundo Rentabilidade anual
Renda Fixa Índices 21,71%
Ações Small Caps 20,56%
Ações Sustentabilidade/Governança 19,45%
Ações Livre 19,29%
Multimercados Macro 18,14%
Ações Dividendos 15,96%
Multimercados Multiestratégia 14,46%
Ações IBrX Ativo 13,46%
Renda Fixa 12,16%
Ações IBrX Indexado 12,04%
Ações IBOVESPA Ativo 11,65%
Multimercados Juros e Moedas 11,45%
Renda Fixa Crédito Livre 9,39%
Referenciado DI 8,62%
Ações IBOVESPA Indexado 8,16%

Fonte: Anbima


Entre os fundos de previdência, os multimercados foram os que apresentaram melhor rentabilidade no ano, uma vez que podem aplicar em diferentes tipos de ativos de acordo com o momento econômico, para buscar a melhor rentabilidade. Em seguida vieram os fundos exclusivamente de renda fixa e, em terceiro lugar, os fundos balanceados que podem investir mais de 30% de seu patrimônio em ações. Veja na tabela:

Tipo de fundo Rentabilidade anual
Previdência Multimercados 12,53%
Previdência Renda Fixa 10,61%
Previdência Balanceados - acima de 30 9,17%
Previdência Balanceados - de 15-30 7,35%
Previdência Balanceados - até 15 7,00%

Fonte: Anbima

Fundos de Renda Fixa – Índices: os melhores do ano

Os fundos de Renda Fixa - Índices são fundos que investem em títulos de renda fixa públicos ou privados, como os títulos negociados via Tesouro Direto e as debêntures, papéis de dívida de empresas. A diferença para outros fundos de renda fixa é que eles se balizam pelos índices de renda fixa da Anbima, os chamados IMAs, que reproduzem a valorização de uma cesta de títulos públicos prefixados ou atrelados à inflação de diferentes vencimentos.

Assim, o IRF-M representa o desempenho de uma cesta de títulos prefixados (LTN e NTN-F); o IMA-B representa o desempenho de títulos atrelados ao IPCA (NTN-B); e o IMA-S, de títulos atrelados à taxa Selic (LFT). As NTN-Bs, que pagam uma taxa de juros acordada no momento da compra mais inflação pelo IPCA, foram o investimento mais rentável de 2012, se considerado seu desempenho isoladamente. Seu valor de face aumentou com a queda da taxa básica de juros, a Selic. A mais rentável delas foi a NTN-B Principal com vencimento em 2035, que valorizou quase 50%.

Isso fez com que o IMA-B, índice que baliza muitos dos fundos de Renda Fixa – Índices, acumulasse alta de mais de 25% em 2012. Os fundos que compram e vendem papéis atrelados à inflação para lucrar com sua valorização, portanto, viram sua rentabilidade média tornar-se a maior entre todos os fundos de investimento.

Outros fundos de renda fixa: desempenho mais modesto

Os fundos DI, os mais conservadores e que investem em títulos atrelados à taxa básica de juros da economia, vieram no pé da tabela, em função da queda da Selic ao longo do ano. Os fundos de renda fixa com crédito privado – CDBs e títulos de dívida de empresas – conseguiram uma performance levemente melhor. Os fundos de renda fixa, que podem usar estratégias com outros tipos de títulos de renda fixa, como os prefixados e os atrelados à inflação, conseguiram desempenho ainda melhor, ficando no meio da tabela com 12,16%.


Fundos de ações diferenciados se deram melhor

Apesar de ter fechado em alta em 2012, o Ibovespa teve desempenho modesto, de apenas 7,40%. Em função disso, os chamados “fundos passivos”, que são aqueles que seguem o Ibovespa, foram os menos rentáveis do ano. Quem se saiu bem mesmo foram os fundos de ações que investem em empresas de baixo valor de mercado (Small Caps), os fundos sustentáveis, que investem em empresas com boa sustentabilidade e governança, e os fundos de Ações Livre, que podem escolher livremente suas ações, sem compromisso em manter-se nos limites dos papéis que compõem o Ibovespa.

Os fundos que investem em ações boas pagadoras de dividendos não foram mal, mas a crise que se abateu sobre as ações do setor elétrico – historicamente algumas das melhores pagadoras – pesou sobre o desempenho médio dos fundos. A renegociação de concessões exigida pelo governo por meio da MP 579, que levará à redução de tarifas, fez com que as ações das elétricas sofressem na Bolsa. O fôlego que o Ibovespa tomou no fim do ano também contribuiu para o desempenho mais modesto, uma vez que as boas pagadoras de dividendos costumam também ser ações defensivas, ganhando menos quando o mercado está otimista.

Fundos Multimercados: maior captação do ano

Com a queda dos juros nominais e reais ficou mais difícil ganhar dinheiro com investimentos financeiros no Brasil. Em função disso, muitos investidores de fundos optaram pelos multimercados, que podem aplicar em diversos tipos de ativos, com ou sem restrições, como renda fixa, ações e moedas. A categoria teve a maior captação do ano depois dos fundos de previdência, que se destinam a formar reservas para a aposentadoria. Em 2012, os multimercados tiveram captação liquida de mais de 20 bilhões de reais.

Dentre as subcategorias que têm os maiores patrimônios, os fundos classificados na subcategoria Macro tiveram rentabilidade média de 18,14%, uma das melhores do ano. Sua estratégia de investimentos consiste em seguir as tendências macroeconômicas. Os Multiestratégia, que utilizam várias estratégias diferentes, tiveram desempenho mediano. E os Juros e Moedas, que não investem em ações, mas em câmbio e em taxas de juros, tiveram rentabilidade modesta.

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