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Onde o pequeno investidor deve aplicar no atual cenário?

Internauta quer saber como escolher uma boa aplicação financeira tendo em vista o atual cenário econômico, e pergunta sobre investimentos atrelados à inflação

Diante de tantas opções, que caminho o investidor deve seguir? (B Cleary/SXC)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2013 às 07h00.

Dúvida do internauta: Tenho investido emfundos imobiliários, mas me ocorreu que aplicações em títulos do Tesouro, viaTesouro Direto, têm sido aconselhadas recorrentemente por especialistas, ainda que não de forma unânime. A questão é: como e por qual modalidade de investimento o pequeno investidor deve optar dentro de um universo tão grande de oportunidades? Títulos do governo atrelados àinflaçãosão mesmo a melhor opção hoje, nesse cenário de diversidade? Eles oferecem a melhor remuneração líquida, dentre todas as opções possíveis?

Resposta de Samy Dana*:

O cenário econômico atual deixou a vida do investidor bastante difícil. Com a taxa de juros Selic em 7,25% ao ano e a inflação em alta (6,15% no acumulado dos últimos 12 meses), aplicações que eram seguras e rentáveis como CDBs, Fundos DI e Letras Financeiras do Tesouro (LFTs, títulos públicos negociados via Tesouro Direto), por exemplo, estão proporcionando uma rentabilidade real próxima de zero ou até mesmo negativa, quando deduzidos os custos com taxas, impostos e inflação.

Diante dessa nova realidade, o investidor deve diversificar a alocação dos recursos em outras aplicações que vislumbram melhores perspectivas de retorno.

Investimentos que vêm ganhando destaque e se mostram atraentes são os papéis atrelados à inflação, uma vez que protegem os recursos do investidor das perdas reais causadas pelo aumento dos preços da economia.

No caso dos títulos públicos federais, a NTN-B remunera o investidor com base no IPCA acrescido de juros. Isso significa dizer que, por mais que a inflação aumente, você sempre terá seu ganho real garantido, caso permaneça até a data de vencimento do título.

Outros investimentos atrelados à inflação, como as debêntures, também podem ser uma alternativa, mas é importante atentar para a qualidade de crédito da empresa emissora e para os prazos de vencimento. Esses investimentos podem apresentar isenção de imposto de renda, se forem emitidos para financiar empreendimentos de infraestrutura.

(*) Samy Dana é Ph.D. em Business, professor da FGV e coordenador do Núcleo de Cultura e Criatividade GV Cult. É consultor de empresas nacionais e internacionais dos setores real e financeiro e de órgãos governamentais, além de autor de livros de finanças pessoais. Esta resposta foi escrita em parceria com Alex Del Giglio, economista pela Univerisidade de São Paulo (USP), com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestrado em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda., com sede em Manaus.

Perguntas, críticas e observações em relação a esta resposta? Deixe um comentário abaixo!

Envie suas dúvidas sobre planejamento financeiro e investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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Dúvida do internauta: Tenho investido emfundos imobiliários, mas me ocorreu que aplicações em títulos do Tesouro, viaTesouro Direto, têm sido aconselhadas recorrentemente por especialistas, ainda que não de forma unânime. A questão é: como e por qual modalidade de investimento o pequeno investidor deve optar dentro de um universo tão grande de oportunidades? Títulos do governo atrelados àinflaçãosão mesmo a melhor opção hoje, nesse cenário de diversidade? Eles oferecem a melhor remuneração líquida, dentre todas as opções possíveis?

Resposta de Samy Dana*:

O cenário econômico atual deixou a vida do investidor bastante difícil. Com a taxa de juros Selic em 7,25% ao ano e a inflação em alta (6,15% no acumulado dos últimos 12 meses), aplicações que eram seguras e rentáveis como CDBs, Fundos DI e Letras Financeiras do Tesouro (LFTs, títulos públicos negociados via Tesouro Direto), por exemplo, estão proporcionando uma rentabilidade real próxima de zero ou até mesmo negativa, quando deduzidos os custos com taxas, impostos e inflação.

Diante dessa nova realidade, o investidor deve diversificar a alocação dos recursos em outras aplicações que vislumbram melhores perspectivas de retorno.

Investimentos que vêm ganhando destaque e se mostram atraentes são os papéis atrelados à inflação, uma vez que protegem os recursos do investidor das perdas reais causadas pelo aumento dos preços da economia.

No caso dos títulos públicos federais, a NTN-B remunera o investidor com base no IPCA acrescido de juros. Isso significa dizer que, por mais que a inflação aumente, você sempre terá seu ganho real garantido, caso permaneça até a data de vencimento do título.

Outros investimentos atrelados à inflação, como as debêntures, também podem ser uma alternativa, mas é importante atentar para a qualidade de crédito da empresa emissora e para os prazos de vencimento. Esses investimentos podem apresentar isenção de imposto de renda, se forem emitidos para financiar empreendimentos de infraestrutura.

(*) Samy Dana é Ph.D. em Business, professor da FGV e coordenador do Núcleo de Cultura e Criatividade GV Cult. É consultor de empresas nacionais e internacionais dos setores real e financeiro e de órgãos governamentais, além de autor de livros de finanças pessoais. Esta resposta foi escrita em parceria com Alex Del Giglio, economista pela Univerisidade de São Paulo (USP), com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestrado em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda., com sede em Manaus.

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