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Oi estuda reestruturação societária e aquisição de concorrente

Comunicado da operadora confirma rumores de possível mudança na estrutura acionária e reforça boatos de que a empresa pode comprar a Brasil Telecom

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A operadora de telefonia Oi (ex-Telemar) confirmou nesta quarta-feira (09/01) que estuda uma possível reestruturação da base acionária da empresa, conforme indicavam os rumores de mercado, nos últimos dias. A companhia também confirmou interesse em adquirir concorrentes, o que reforça a suspeita dos analistas de que a Oi estuda uma consolidação com a Brasil Telecom (BrT).

Em Fato Relevante enviado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a empresa informou ter contratado "assessoramento externo com o objetivo de analisar outras oportunidades de aquisição de controle de empresas de telefonia celular ou fixa, internet ou televisão por assinatura".

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Os acionistas também explicaram ter considerado o anúncio necessário justamente por causa dos boatos em torno do assunto, que circulam desde a última semana de dezembro e ganharam força, nos últimos dias, a ponto de influenciar o desempenho das ações das empresas envolvidas. No início do pregão desta quarta-feira, na Bovespa, as ações ordinárias da Telemar (ON, com direito a voto) eram cotadas a 66 reais, cerca de 5% mais do que no começo do dia anterior. Já as preferenciais (PN, sem direito a voto) valiam 39,05 reais, cerca de 8,5% de valorização, em relação ao mesmo horário da terça-feira. Os papéis ordinários da Brasil Telecom, por sua vez, registravam alta de cerca de 6% em relação ao início da terça-feira, a 55,60 reais. Apenas os preferenciais registravam movimento de baixa, cotados a 27,92 reais, após fechar a terça-feira em alta de cerca de 3%.

Na avaliação dos analistas, a possibilidade de uma consolidação entre as duas operadoras ficou ainda mais forte depois que a CVM (Companhia de Valores Mobiliários) comunicou ao mercado, nesta terça-feira, que a Telemar Norte Leste pretende adquirir 10% das ações ordinárias e preferenciais das classes A e B em circulação, usando para isso a reserva de lucro. O programa de recompra da Oi terá duração de um ano.

Neste sentido, a operadora já estaria preparando o terreno há algum tempo, segundo a analista de investimentos da SLW Corretora, Kelly Trentin. Há ainda rumores de que a BrT estuda trocar ações ON e PN por uma só classe de ações, o que comportaria os mesmos direitos. "Com essa sinalização, os controladores aumentarão sua posição em ações PNs. E quanto mais PNs tiverem em mãos, mais fácil será essa reestruturação", afirma Trentin.

Na segunda-feira, o banco de investimentos Merrill Lynch já havia comunicado que uma reformulação na BrT poderia fortalecer as bases da governança corporativa e elevar em mais de 20% os preços das ações ordinárias da companhia. Por esse motivo, chegou a recomendar a compra dos papéis da Oi.

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