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O banco levou o meu carro. Vale a pena tentar resgatar o bem?

Economista responde dúvida de leitor sobre direito de endividados. Envie você também sua pergunta

Homem preocupado: após a apreensão do veículo, começa a contar o prazo de cinco dias para que você possa reaver o bem (foto/Thinkstock)

Marília Almeida

Publicado em 19 de outubro de 2019 às 07h00.

Última atualização em 19 de outubro de 2019 às 07h00.

Pergunta do leitor: Financiei meucarrono banco para pagar em 24 meses, mas só consegui pagar 12 parcelas. O banco mandou um oficial e um policial e levou meu carro. O que posso fazer agora? Vale a pena tentar reaver o carro?

Resposta de Marcela Kawauti*

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Para saber a viabilidade de reaver o veículo, é importante, antes de tudo, avaliar suas condições financeiras e verificar se possui meios para a quitação integral da quantia que você está devendo.

Após a apreensão do veículo, começa a contar, no dia útil seguinte, o prazo de cinco dias para que você possa reaver o bem apreendido. Para isso, no entanto, você deverá quitar todos os valores em aberto no contrato de financiamento.

Quando você financia um bem, como um veículo, ele é considerado como a garantia da dívida. Em caso de atraso no pagamento ou inadimplência, o credor está autorizado a recuperar o bem e vende-lo como forma de pagamento pelos serviços prestados.

É importante saber que caso o valor da dívida seja superior ao valor da venda do veículo você ainda poderá ser cobrado, inclusive judicialmente, a pagar o restante da dívida. Ou seja, você pode ter outros bens comprometidos ou penhorados para quitar o valor total do débito.

O ideal é que você não permita que a situação chegue a este ponto. Caso encontre dificuldades para pagar as parcelas do financiamento, é possível adotar medidas como a renegociação da dívida ou ainda a venda do veículo, mesmo que por valores menores que os praticados no mercado.

Ao analisar a possibilidade de reaver o veículo, considere se o pagamento integral da quantia te permitirá organizar as finanças ou se tornará a situação mais difícil.

Fazer uma reserva para emergências te ajuda a evitar passar por essas situações novamente. O ideal é que se tenha o equivalente a seis meses do seu gasto mensal.

Além disso, ao fazer a análise, lembre-se que mesmo que o carro seja pago você ainda terá despesas com ele, como seguro, estacionamento e gasolina, e será necessário dispor de uma quantia mensal para manter o seu bom funcionamento e também a regularização da dívida.

Marcela Kawauti é economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e colabora com o portalMeu Bolso Feliz

O SPC Brasil tem um aplicativo para smartphones, o “SPC Consumidor”. A ferramenta oferece consulta gratuita de CPF, dicas de bem-estar financeiro e outros serviços.

Envie suas dúvidas sobre dívidas, empréstimos e financiamentos paraseudinheiro_exame@abril.com.br.

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