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Juros bancários não caem, apesar de reduções na Selic

Segundo Anefac, em algumas linhas de crédito foi verificado aumento das taxas cobradas dos clientes

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

Os consecutivos cortes na taxa básica de juros (Selic) não estão chegando aos bolsos e cofres dos tomadores de empréstimos bancários. Segundo estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa de juros média para pessoa jurídica permaneceu estável em 4,28% ao mês - o equivalente a 65,35% ao ano - em setembro.

Das quatro linhas de crédito destinadas a empresas pesquisadas uma apresentou redução de sua taxa de juros média (desconto de duplicatas), uma ficou estável (capital de giro) e duas apresentaram elevação (desconto de cheques e conta garantida).

Nas operações para pessoa física, o quadro é semelhante: dos seis produtos analisados, três tiveram aumento de juros (crédito do comércio, cheque especial e empréstimo pessoal das financeiras) e a outra metade manteve-se estável (cartão de crédito, crédito direto ao consumidor para financiamento de automóveis e empréstimo pessoal dos bancos).

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A taxa média para empréstimos a pessoas físicas subiu 0,02 ponto percentual, passando de 7,48% ao mês (137,65% ao ano) em agosto para 7,50% ao mês (138,18% ao ano) em setembro.

Para o coordenador da pesquisa da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a última redução de meio ponto percentual na Selic, ocorrida em agosto, deveria ter proporcionado queda nas taxas cobradas nas operações bancárias. Ele afirma que entre setembro de 2005 e o mês passado, a taxa média para pessoas físicas caiu 2,94 pontos percentuais (de 141,12% ao ano em setembro de 2005 para 138,18%no mês passado) e a destinada a pessoas jurídicas recuou 2,88 pontos percentuais (de 68,23% ao ano em setembro de 2005 para 65,35% ao ano em setembro de 2006).

Caso seja confirmado o corte de 0,5 ponto percentual na Selic hoje, os juros terão caído, no mesmo período, seis pontos percentuais. "O não repasse da redução da Selic, bem como as elevações das taxas de juros, podem ser atribuídos a dois fatores: à maior demanda por crédito por parte de consumidores e empresas, e ao aumento da inadimplência", afirma Oliveira.

De acordo com o economista, o volume de crédito concedido vem crescendo mês a mês, registrando expansão de 21% nos últimos 12 meses.

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