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Investidor brasileiro ficou mais agressivo, diz Anbid

Neste ano houve resgates em fundos com gestão mais passiva e conservadora e forte captação em fundos com gestão ativa e de maior risco

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O ano que passou foi excelente para o mercado de fundos, que teve oferta recorde de produto financeiro e capital investido. De acordo com a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), a indústria brasileira de fundos de investimento deve encerrar 2007 com um patrimônio líquido (PL) de 1,1 trilhão de reais. No último trimestre, a captação líquida das carteiras somou 60,9 bilhões de reais (dados contabilizados até o dia 14 de dezembro). Só para se ter uma idéia, da tamanha expansão da indústria de fundos, em 2002, o patrimônio líquido ficou abaixo dos 400 bilhões de reais.

Segundo Alexandre Zakia, vice-presidente da Comissão de Fundos da Anbid, a base para esse bom desempenho vem sendo dada pela rentabilidade, maior transparência e reformulação do código de auto-regulamentação, que permitiu que o investidor diversificasse suas aplicações sem que fosse submetidos a riscos desconhecidos. "Os investidores conhecem cada vez melhor os produtos e a rentabilidade está sendo eficiente", diz. O crescimento do mercado doméstico de fundos proporcionado pela captação líquida, ou seja, sem considerar a rentabilidade foi de 6,66% no ano. Se analisarmos o conjunto, captação e rentabilidade, o crescimento foi de 21,45%.

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Até o final de novembro, a classe de fundos Multimercados liderou a captação da indústria, somando 33,7 bilhões de reais. Dentro desse universo, a categoria de maior destaque no período foi a de produtos com investimentos em Renda Variável, que atingiu 25,548 bilhões de reais e rentabilidade de 12,85% neste período. Em segundo lugar, aparecem os fundos de ações, com 18,3 bilhões de reais, seguindo os fundos de e Previdência, que angariaram 7,9 bilhões de reais.

Para Zakia, essa sinalização significa que o investidor tem se tornado mais tolerante ao risco das aplicações. " Os investidores saíram de fundos com gestão mais passiva e conservadora para fundos com gestão ativa e maior risco", observa. Os fundos Multimercados são caracterizados por poderem aplicar em diferentes segmentos, como ações, câmbio e títulos que pagam juros. Já os fundos referenciados DI, que acompanham a oscilação dos juros, representando menores riscos de perdas, tiveram recordes de saques líquidos em 2007, de 12,2 bilhões reais. Zakia afirmou ainda que parte dessa quantia foi destinada ao mercado de ações e outra parte para o CDB. "Isto significa uma mudança significativa no perfil do investidor", considera.

Para todos os gostos

O perfil do investidor é dividido, em pelo menos, três categorias: o que aceita riscos e tem o perfil mais agressivo, este costuma aplicar maior parte de suas economias em ações; o moderado, que tem uma tolerância menor às oscilações e riscos do mercado, prefere alocar um pequeno percentual na Renda Variável; e o conservador, que prefere investimentos que pouco oscilam e que são atrelados aos juros, como a caderneta de poupança ou os fundos DI. Entre essas opções de perfis, o que não falta é fundo para escolher. O investidor conta hoje com 7.764 fundos ativos, que estão espalhados em 44 tipos. Para não errar na escolha, vale a dica da maioria dos consultores financeiros: quando se decide fazer uma aplicação, é preciso levar em conta o grau de risco que se está disposto a correr.

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