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Investidor brasileiro é um dos mais otimistas do mundo

Pesquisa mostra que brasileiro espera retornos de 13,5% para 2014 e de 21,5% ao ano para a próxima década, segunda maior expectativa dentre 22 países estudados

Homem pulando feliz: Mesmo com altas expectativas sobre o retorno, apenas 36% dos brasileiros pretendem usar estratégias mais agressivas (Dreamstime)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 09h52.

São Paulo - O investidor brasileiro está entre os mais otimistas do mundo, segundo a "Pesquisa Global de Opinião dos Investidores – 2014", realizada pela Franklin Templeton, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo.

De acordo com o levantamento, que consultou 11.113 investidores em 22 países, o brasileiro tem a segunda maior expectativa sobre a rentabilidade dos seus investimentos (perdendo apenas para os indianos): eles esperam uma taxa de retorno de13,5% para 2014 e de 21,5% ao ano para a próxima década.

A maioria (90%) dos investidores está otimista ou muito otimista em atingir suas metas de investimento, mas apenas 36% pretendem adotar estratégias mais agressivas.

Em linha com a postura conservadora, a pesquisa mostrou que os imóveis foram citados como a opção de investimento preferida pelos brasileiros hoje (26%) e também para os próximos dez anos (23%), seguidos pelas commodities não-metálicas e pelas ações.

Assim como mostrou a edição anterior da pesquisa, referente a 2013, os brasileiros têm baixíssima tolerância a perdas: 31% consideram que perdas simplesmente não são aceitáveis e 44% aceitariam apenas pequenas perdas em um cenário de dez anos.

Na nota divulgada à imprensa, Marcus Vinicius Gonçalves, responsável pela Franklin Templeton no Brasil, afirmou que o histórico de bom desempenho da renda fixa no Brasil, puxado pelos juros elevados, explica a intolerância dos investidores a perdas e suas altas expectativas.

Ele afirma que essa postura otimista e avessa a riscos pode estar ligada também à memória inflacionária do país, já que a alta inflação é acompanhada pela elevação dos juros . Conforme apurou a pesquisa: 53% dos investidores brasileiros acham que a taxa básica de juros vai ser maior ou muito maior que a atual.

Mudanças

Uma das mudanças mais significativas apontadas pelo estudo diz respeito à poupança para a aposentadoria . Em 2014, 62% dos entrevistados pretendem destinar entre 5% e 12% de sua renda à aposentadoria, ante 57% de 2013.

Mesmo com o crescimento do percentual de investidores que desejam destinar recursos à aposentadoria, o resultado ainda é inferior ao de países como o México, por exemplo, onde os investidores poupam, em média, 20% da renda para esse fim de acordo com a pesquisa.

A percepção sobre asoportunidades de investimentos fora do país foi outro ponto de destaque do estudo. Dentre os entrevistados brasileiros, 31% pretendem investir no exterior em 2014.

O levantamento mostrou também que a gestão profissional de investimentos já é aceita por 70% dos investidores e que dentro desse grupo os entrevistados estão dispostos a pagar um percentual entre 1% e 5% do investimento a título de taxa de administração.


Investimentos no mundo

Segundo a Franklin Templeton, a principal conclusão da pesquisa sobre os resultados globais é que, mesmo passados seis anos desde o estouro da crise de 2008, os investidores continuam avessos a riscos.

Pouco mais da metade dos investidores a nível global (52%) pretende assumir menos riscos e ser mais conservadora ao investir em 2014.O percentual, contudo, é menor que o de 2013, quando 57% de entrevistados disseram que pretendiam adotar uma postura mais conservadora.

Mesmo com a postura mais cautelosa, a maioria dos investidores prevê melhores desempenhos das ações e maiores retornos de seus investimentos. Além disso, quatro em cada cinco investidores se sentem otimistas em relação à concretização de suas metas financeiras.

Questionados sobre as perspectivas de seus mercados locais de ações, 62% disseram acreditar que o mercado apresentará um desempenho positivo.

Os investidores mostraram-se equivocados em relação ao desempenho do mercado acionário de seus respectivos países em 2013. Pouco mais da metade (55%) dos entrevistados afirmou que seus mercados locais de ações sofreram uma queda no ano passado, sendo que 17 entre os 22 mercados pesquisados apresentaram um desempenho positivo.

Onde investir

Dentro dos resultados globais, as ações (55%), os imóveis (52%) e os metais preciosos (39%) foram citados como os investimentos preferidos para 2014, ainda que as ações sejam vistas como o investimento com maior potencial de risco.

Apesar das preferências, questionados sobre onde irão investir de fato, 36% dos entrevistados afirmaram ter planos de aumentar seus investimentos em imóveis (sendo os chilenos os mais dispostos - 64%); 30% pretendem acrescentar ou aumentar suas exposições a ações do mercado nacional; e 23% têm planos de aumentar suas aplicações em ações de mercados emergentes e metais preciosos.

Os italianos e sul-africanos mostraram o maior interesse em investir fora do país: 85% dos entrevistados desses países afirmaram que pretendem aplicar em ativos no exterior. O resultado foi muito diferente do verificado entre os investidores americanos, dentre os quais 60% não pretendem investir em ativos externos.

Questionados sobre quais seriam as principais preocupações ao investir na Europa , 62% dos entrevistados responderam que a “crise da dívida na zona do euro” era seu maior temor, seguida pela “previsão de uma economia lenta” (46%) e pela “volatilidade geral do mercado” (35%).

Já em relação aos Estados Unidos, para 60% dos entrevistados a “grande dívida fiscal” é a principal preocupação, seguida pela “previsão de uma economia lenta” (40%) e a “diminuição do programa de compra de títulos do Federal Reserve” (39%).

A dívida fiscal foi citada como principal preocupação para se investir nos EUA por 50% dos investidores latino-americanos.

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São Paulo - O investidor brasileiro está entre os mais otimistas do mundo, segundo a "Pesquisa Global de Opinião dos Investidores – 2014", realizada pela Franklin Templeton, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo.

De acordo com o levantamento, que consultou 11.113 investidores em 22 países, o brasileiro tem a segunda maior expectativa sobre a rentabilidade dos seus investimentos (perdendo apenas para os indianos): eles esperam uma taxa de retorno de13,5% para 2014 e de 21,5% ao ano para a próxima década.

A maioria (90%) dos investidores está otimista ou muito otimista em atingir suas metas de investimento, mas apenas 36% pretendem adotar estratégias mais agressivas.

Em linha com a postura conservadora, a pesquisa mostrou que os imóveis foram citados como a opção de investimento preferida pelos brasileiros hoje (26%) e também para os próximos dez anos (23%), seguidos pelas commodities não-metálicas e pelas ações.

Assim como mostrou a edição anterior da pesquisa, referente a 2013, os brasileiros têm baixíssima tolerância a perdas: 31% consideram que perdas simplesmente não são aceitáveis e 44% aceitariam apenas pequenas perdas em um cenário de dez anos.

Na nota divulgada à imprensa, Marcus Vinicius Gonçalves, responsável pela Franklin Templeton no Brasil, afirmou que o histórico de bom desempenho da renda fixa no Brasil, puxado pelos juros elevados, explica a intolerância dos investidores a perdas e suas altas expectativas.

Ele afirma que essa postura otimista e avessa a riscos pode estar ligada também à memória inflacionária do país, já que a alta inflação é acompanhada pela elevação dos juros . Conforme apurou a pesquisa: 53% dos investidores brasileiros acham que a taxa básica de juros vai ser maior ou muito maior que a atual.

Mudanças

Uma das mudanças mais significativas apontadas pelo estudo diz respeito à poupança para a aposentadoria . Em 2014, 62% dos entrevistados pretendem destinar entre 5% e 12% de sua renda à aposentadoria, ante 57% de 2013.

Mesmo com o crescimento do percentual de investidores que desejam destinar recursos à aposentadoria, o resultado ainda é inferior ao de países como o México, por exemplo, onde os investidores poupam, em média, 20% da renda para esse fim de acordo com a pesquisa.

A percepção sobre asoportunidades de investimentos fora do país foi outro ponto de destaque do estudo. Dentre os entrevistados brasileiros, 31% pretendem investir no exterior em 2014.

O levantamento mostrou também que a gestão profissional de investimentos já é aceita por 70% dos investidores e que dentro desse grupo os entrevistados estão dispostos a pagar um percentual entre 1% e 5% do investimento a título de taxa de administração.


Investimentos no mundo

Segundo a Franklin Templeton, a principal conclusão da pesquisa sobre os resultados globais é que, mesmo passados seis anos desde o estouro da crise de 2008, os investidores continuam avessos a riscos.

Pouco mais da metade dos investidores a nível global (52%) pretende assumir menos riscos e ser mais conservadora ao investir em 2014.O percentual, contudo, é menor que o de 2013, quando 57% de entrevistados disseram que pretendiam adotar uma postura mais conservadora.

Mesmo com a postura mais cautelosa, a maioria dos investidores prevê melhores desempenhos das ações e maiores retornos de seus investimentos. Além disso, quatro em cada cinco investidores se sentem otimistas em relação à concretização de suas metas financeiras.

Questionados sobre as perspectivas de seus mercados locais de ações, 62% disseram acreditar que o mercado apresentará um desempenho positivo.

Os investidores mostraram-se equivocados em relação ao desempenho do mercado acionário de seus respectivos países em 2013. Pouco mais da metade (55%) dos entrevistados afirmou que seus mercados locais de ações sofreram uma queda no ano passado, sendo que 17 entre os 22 mercados pesquisados apresentaram um desempenho positivo.

Onde investir

Dentro dos resultados globais, as ações (55%), os imóveis (52%) e os metais preciosos (39%) foram citados como os investimentos preferidos para 2014, ainda que as ações sejam vistas como o investimento com maior potencial de risco.

Apesar das preferências, questionados sobre onde irão investir de fato, 36% dos entrevistados afirmaram ter planos de aumentar seus investimentos em imóveis (sendo os chilenos os mais dispostos - 64%); 30% pretendem acrescentar ou aumentar suas exposições a ações do mercado nacional; e 23% têm planos de aumentar suas aplicações em ações de mercados emergentes e metais preciosos.

Os italianos e sul-africanos mostraram o maior interesse em investir fora do país: 85% dos entrevistados desses países afirmaram que pretendem aplicar em ativos no exterior. O resultado foi muito diferente do verificado entre os investidores americanos, dentre os quais 60% não pretendem investir em ativos externos.

Questionados sobre quais seriam as principais preocupações ao investir na Europa , 62% dos entrevistados responderam que a “crise da dívida na zona do euro” era seu maior temor, seguida pela “previsão de uma economia lenta” (46%) e pela “volatilidade geral do mercado” (35%).

Já em relação aos Estados Unidos, para 60% dos entrevistados a “grande dívida fiscal” é a principal preocupação, seguida pela “previsão de uma economia lenta” (40%) e a “diminuição do programa de compra de títulos do Federal Reserve” (39%).

A dívida fiscal foi citada como principal preocupação para se investir nos EUA por 50% dos investidores latino-americanos.

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