Fundos de inflação ainda valem a pena?
Internauta questiona se fundos de renda fixa que investem em ativos atrelados à inflação ainda são vantajosos
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2013 às 08h00.
Dúvida do internauta: Tenho observado vários comentários e indicações de conceituados analistas econômicos sobre fundos de inflação. Conversei com meu gerente, que informou a rentabilidade de um investimento feito em umfundodesses há uns meses e realmente é muito interessante. As condições para oinvestimentosão: 20 mil reais de aporte inicial e taxa de administração de 1,5% ao ano. Pude observar que os percentuais de rendimento são muito atrativos e rendem mais que a antiga poupança (índice que uso como parâmetro). Gostaria de saber, considerando o longo prazo, se neste momento ainda é interessante investir neste tipo de fundo, ou seja, se ainda há previsão de que ainflaçãocontinuará em alta.
Resposta de Bolivar Godinho*:
Fundos de investimento com estratégia de compra de títulos públicos corrigidos pela inflação (que são as Notas do Tesouro Nacional-série B) não apresentarão o mesmo desempenho do ano passado porque o cenário econômico mudou.
Em 2013, o cenário é de elevação das taxas de juros e os fundos apresentam perda de rentabilidade. Se o Banco Central aumentar a taxa Selic no nível esperado pelo mercado, entre 8,5% e 9% até 2014, não deverão ocorrer novas perdas, mas se for necessário aumentar a taxa Selic acima desse nível, novas desvalorizações das cotas desses fundos vão ocorrer.
Os cupons de juros dos títulos que estavam na faixa de 6% ao ano caíram para um nível de 3,5% ao ano. Portanto, o espaço para quedas é menor.
Os preços dos títulos e a taxa de juros seguem relação inversa: quando os juros sobem, os preços dos títulos caem (desvalorização) e quando as taxas de juros caem, os títulos se valorizam, o que reflete na valorização das cotas dos fundos de investimento.
*Bolivar Godinho é professor de Finanças EPPEN - UNIFESP. Atuou por 33 anos no mercado financeiro em cargos de direção na área de asset management dos bancos Noroeste e Fibra e concluiu em 2012 doutorado na FEA-USP, com a tese sobre fundos de investiment o.
Dúvidas, observações ou críticas sobre a resposta acima? Deixe seu comentário abaixo!
Envie outras perguntas sobre investimento em fundos para seudinheiro_exame@abril.com.br.
Dúvida do internauta: Tenho observado vários comentários e indicações de conceituados analistas econômicos sobre fundos de inflação. Conversei com meu gerente, que informou a rentabilidade de um investimento feito em umfundodesses há uns meses e realmente é muito interessante. As condições para oinvestimentosão: 20 mil reais de aporte inicial e taxa de administração de 1,5% ao ano. Pude observar que os percentuais de rendimento são muito atrativos e rendem mais que a antiga poupança (índice que uso como parâmetro). Gostaria de saber, considerando o longo prazo, se neste momento ainda é interessante investir neste tipo de fundo, ou seja, se ainda há previsão de que ainflaçãocontinuará em alta.
Resposta de Bolivar Godinho*:
Fundos de investimento com estratégia de compra de títulos públicos corrigidos pela inflação (que são as Notas do Tesouro Nacional-série B) não apresentarão o mesmo desempenho do ano passado porque o cenário econômico mudou.
Em 2013, o cenário é de elevação das taxas de juros e os fundos apresentam perda de rentabilidade. Se o Banco Central aumentar a taxa Selic no nível esperado pelo mercado, entre 8,5% e 9% até 2014, não deverão ocorrer novas perdas, mas se for necessário aumentar a taxa Selic acima desse nível, novas desvalorizações das cotas desses fundos vão ocorrer.
Os cupons de juros dos títulos que estavam na faixa de 6% ao ano caíram para um nível de 3,5% ao ano. Portanto, o espaço para quedas é menor.
Os preços dos títulos e a taxa de juros seguem relação inversa: quando os juros sobem, os preços dos títulos caem (desvalorização) e quando as taxas de juros caem, os títulos se valorizam, o que reflete na valorização das cotas dos fundos de investimento.
*Bolivar Godinho é professor de Finanças EPPEN - UNIFESP. Atuou por 33 anos no mercado financeiro em cargos de direção na área de asset management dos bancos Noroeste e Fibra e concluiu em 2012 doutorado na FEA-USP, com a tese sobre fundos de investiment o.
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