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Crise derruba venda de imóveis usados em SP

Negócios tiveram 21% de redução em outubro e o número de imóveis alugados caiu 11%

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Os números começam a mostrar que a crise financeira atingiu o mercado imobiliário brasileiro. Em outubro, as vendas de casas e apartamentos usados no estado de São Paulo caíram 21,31%, segundo levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).

Foram consultadas 1283 imobiliárias em 32 cidades, incluindo a capital. Somente as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco escaparam da contração nas vendas, registrando um crescimento de 9,62% em relação a setembro. Na capital, o recuo foi de 26,36%, enquanto no interior e no litoral chegou a 29,21% e 27,83%, respectivamente.

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“É muito provável que essa queda seja resultado da decisão de muitos potenciais compradores de não comprar ativos de valor enquanto a tempestade não amainar”, diz o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto. “Se não houve queda drástica no volume de crédito e também não aconteceu uma corrida de pessoas interessadas em comprar imóveis para investir como proteção às possíveis perdas nos investimentos financeiros, conforme declararam 80,65% dos corretores consultados, a explicação mais plausível é a de que houve um congelamento da decisão de compra”, explica.

Dentre as imobiliárias consultadas, apenas 25,81% afirmam ter sentido redução na oferta de financiamentos para imóveis. Para 61,29%, não houve mudança e 12,9% não responderam.

As casas concentraram as vendas em outubro, representando 55% do total. Em São Paulo, os imóveis mais vendidos custaram acima de 200 mil reais, enquanto no interior ficaram na faixa de 81 mil reais a 100 mil reais e, no litoral, entre 41 mil reais e 60 mil reais.

Locação também cai

Em outubro, foi verificada uma queda de 11% no número de imóveis para alugar. As casas também foram mais procuradas que os apartamentos, correspondendo a 65,64% das locações. Imóveis com aluguel entre 401 reais e 600 concentraram 31,33% dos novos contratos na capital e 33,98% no litoral. Já a faixa entre 201 reais e 400 reais foi a procurada no interior (39,89%) e na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (32,18%).

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