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Com fundos de inflação em baixa, como proteger os recursos?

Se fundos de inflação não são mais indicados, que investimentos protegem o capital da alta de preços, pergunta internauta

Não deixar a inflação alta corroer os dinheiro deve ser uma das principais preocupações do investidor (Davi Augusto/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 06h36.

Dúvida do internauta: Como os fundos de inflação não são mais um bom investimento em tempos de alta de juros, gostaria de saber onde investir para conseguir rendimentos acima dainflação.

Resposta de Fabiano Pessanha*:

Com o cenário macroeconômico brasileiro permanecendo desafiador no que se refere à inflação, principalmente na avaliação da capacidade do governo de mantê-la no centro da meta, o investidor que possui fundos de inflação em sua carteira esta cada vez mais desconfortável após a recente elevação da Selic.

Por ser um fundo “direcional”, obrigado a se manter em papéis atrelados à inflação, e com a expectativa de elevação da taxa de juros nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), esses fundos sofreram quedas em seus rendimentos, obrigando o investidor a pensar sobre o conceito de "asset allocation": a diversificação da carteira de investimentos, com o objetivo de se defender da volatilidade do mercado.

Para investimentos a curtíssimo prazo, onde se faz necessário permanecer atrelado em um produto de renda fixa com boa liquidez, a recomendação é buscar um fundo de renda fixa mais “ativo”, em que o gestor tenha a liberdade de alocação buscando boas oportunidades no mercado.

Sempre há boas possibilidades para gestores capazes e diligentes. Cabe a você, investidor, o trabalho de identificar quais são esses gestores em rankings divulgados regularmente pelas revistas especializadas. Não se esqueça de: 1) buscar um fundo com histórico consistente de resultado; 2) com baixa taxa de administração, inferior a 1% ao ano; 3) deixar o patrimônio alocado para um período acima de 2 anos, atingindo a menor alíquota na tabela de IR, com 15%.

Para aquela parcela do seu investimento em que é possível abrir mão de liquidez em busca de resultados mais interessantes, superando o CDI e buscando resultados acima da inflação, uma boa alternativa é conhecer os fundos imobiliários , que se tornam ainda mais interessantes, devido à isenção de IR para a pessoa física sobre os rendimentos.

Esse mercado tem evoluído gradativamente no Brasil, atingindo mais de 100 fundos e 100 mil investidores, o que tem aumentado a liquidez desses ativos no mercado secundário.

Uma boa sugestão é acompanhar os relatórios desse mercado, onde é possível identificar algumas oportunidades com boa classificação de risco, de imóveis maduros com receitas recorrentes garantidas por contratos e com dividend yields muitas vezes superandos os 10% ao ano!  Sendo essa uma das melhores taxas do mercado financeiro!

E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você!

*Fabiano Pessanha, CFP é gerente comercial da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

Dúvidas, observações ou críticas sobre a resposta acima? Deixe seu comentário abaixo!

Envie outras perguntas sobre opções de investimento para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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Dúvida do internauta: Como os fundos de inflação não são mais um bom investimento em tempos de alta de juros, gostaria de saber onde investir para conseguir rendimentos acima dainflação.

Resposta de Fabiano Pessanha*:

Com o cenário macroeconômico brasileiro permanecendo desafiador no que se refere à inflação, principalmente na avaliação da capacidade do governo de mantê-la no centro da meta, o investidor que possui fundos de inflação em sua carteira esta cada vez mais desconfortável após a recente elevação da Selic.

Por ser um fundo “direcional”, obrigado a se manter em papéis atrelados à inflação, e com a expectativa de elevação da taxa de juros nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), esses fundos sofreram quedas em seus rendimentos, obrigando o investidor a pensar sobre o conceito de "asset allocation": a diversificação da carteira de investimentos, com o objetivo de se defender da volatilidade do mercado.

Para investimentos a curtíssimo prazo, onde se faz necessário permanecer atrelado em um produto de renda fixa com boa liquidez, a recomendação é buscar um fundo de renda fixa mais “ativo”, em que o gestor tenha a liberdade de alocação buscando boas oportunidades no mercado.

Sempre há boas possibilidades para gestores capazes e diligentes. Cabe a você, investidor, o trabalho de identificar quais são esses gestores em rankings divulgados regularmente pelas revistas especializadas. Não se esqueça de: 1) buscar um fundo com histórico consistente de resultado; 2) com baixa taxa de administração, inferior a 1% ao ano; 3) deixar o patrimônio alocado para um período acima de 2 anos, atingindo a menor alíquota na tabela de IR, com 15%.

Para aquela parcela do seu investimento em que é possível abrir mão de liquidez em busca de resultados mais interessantes, superando o CDI e buscando resultados acima da inflação, uma boa alternativa é conhecer os fundos imobiliários , que se tornam ainda mais interessantes, devido à isenção de IR para a pessoa física sobre os rendimentos.

Esse mercado tem evoluído gradativamente no Brasil, atingindo mais de 100 fundos e 100 mil investidores, o que tem aumentado a liquidez desses ativos no mercado secundário.

Uma boa sugestão é acompanhar os relatórios desse mercado, onde é possível identificar algumas oportunidades com boa classificação de risco, de imóveis maduros com receitas recorrentes garantidas por contratos e com dividend yields muitas vezes superandos os 10% ao ano!  Sendo essa uma das melhores taxas do mercado financeiro!

E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você!

*Fabiano Pessanha, CFP é gerente comercial da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

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