Exame Logo

6 sinais de que o seu parceiro é um desastre nas finanças

É possível identificar se o seu futuro parceiro é um desastre com relação às finanças sem precisar colocar o incômodo tema sobre a mesa

Gângster: conhecer os hábitos financeiros da pessoa com quem você está saindo é fundamental para evitar surpresas (Thinkstock)

Maurício Grego

Publicado em 21 de fevereiro de 2016 às 07h00.

São Paulo - Conversar sobre dinheiro ainda no início de um relacionamento é, sem dúvidas, uma questão delicada. No começo, qualquer comentário sobre o assunto pode parecer precoce, grosseiro ou acabar sendo mal interpretado.

Porém, conhecer os hábitos financeiros da pessoa com quem você está saindo é fundamental para evitar surpresas ou arrependimentos mais adiante.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), cerca de 17% dos brasileiros brigam por dinheiro com seus cônjuges. E não é difícil imaginar que, em tempos de crise , esse porcentual possa aumentar.

É aí que surge a questão: como identificar se o seu futuro parceiro é um desastre com relação às finanças sem precisar colocar o incômodo tema sobre a mesa?

Para responder a essa pergunta, a Time listou algumas maneiras de identificar se a pessoa com quem você pensa em dividir sua vida é desorganizada quando o assunto é dinheiro.

Vale notar que os comportamentos são apenas indicativos e não devem ser levados a ferro e fogo. Mas, a partir deles, é possível descobrir se você tem ou não motivos para se preocupar. Confira a seguir.

1) Ele anda na rua com maços de dinheiro

Em tempos em que ter dinheiro vivo na carteira é cada vez mais raro, ver alguém andando com várias notas no bolso pode ser um sinal de problemas. Em primeiro lugar, o uso de dinheiro pode indicar que a pessoa não tem crédito no mercado, o que a levaria a usar apenas esta modalidade de pagamento.

Rejeitar o uso de cartões também pode ser uma maneira de esconder transações não apenas de você, mas também de autoridades governamentais. Comprando apenas com dinheiro, a pessoa não tem suas compras registradas no extrato bancário e dificilmente poderá ser rastreada.

Por outro lado, o uso de dinheiro vivo não é necessariamente uma coisa ruim. Algumas pessoas adotam essa prática como maneira de controlar os próprios gastos. Com notas contadas na carteira, é mais fácil visualizar para onde está indo seu dinheiro e, assim, evitar entrar no vermelho. Além disso, há pessoas mais conservadoras, que simplesmente não confiam em meios de pagamento eletrônicos e preferem ter seu dinheiro em mãos sempre que necessário.

Para descobrir qual das opções acima motiva esse hábito, tente tocar no assunto sem parecer ofensivo. Diga, por exemplo, que conhece alguém que deixou de usar cartões depois que um deles foi clonado. A reação da pessoa a seu comentário deve indicar se você tem ou não motivos para ficar desconfiado.

2) Ele gasta mais do que parece ter

Se o estilo de vida que o seu parceiro leva parece dispendioso demais para a posição que ele ocupa na carreira, fique atento. Para impressionar em um primeiro encontro, algumas pessoas gostam de parecer mais ricas ou mais bem-sucedidas do que realmente são.

Se uma pessoa ostenta carros luxuosos e pede os itens mais caros do cardápio, é natural imaginar se estes gastos não irão gerar dívidas. Mais do que isso, é o momento de avaliar se você está disposto a conviver com esse estilo extravagante.

Para identificar se você está saindo com um "gastador compulsivo", note se a pessoa fala sobre coisas que ela "precisa ter" ou se ela escolhe restaurantes caros para comer sem nenhum motivo especial.

Com o tempo, é possível identificar se a pessoa é impulsiva nos gastos ou se queria apenas passar uma boa impressão inicial.

3) Ele deixa de sair porque não tem dinheiro

Se um relacionamento mal começou e a falta de dinheiro já é motivo para uma pessoa não querer ver a outra, é normal ficar apreensivo. Ou seu parceiro vive com um orçamento realmente apertado ou, talvez, não esteja suficientemente interessado em levar adiante essa relação.

Por um lado, ser controlado com relação a gastos pode ser uma grande qualidade: a pessoa poder estar economizando para realizar algum projeto futuro, como um curso no exterior ou o financiamento de uma casa.

Porém, se o parceiro deixa de fazer coisas importantes, como ir ao dentista ou se alimentar de forma saudável, como forma de economizar, é sinal de que ele pode estar com sérias dificuldades financeiras.

Para medir a profundidade do problema, tente propor programações com custos diferentes e identificar em qual delas seu parceiro se sente mais à vontade. Com o tempo, ficará claro se as dificuldades dele são crônicas ou temporárias.

4) Ele tem uma carteira cheia de cartões de crédito

Se em poucos encontros você percebeu que a pessoa usa uma dezena de cartões de crédito diferentes para pagar suas contas, preste bem atenção. Pode ser um sinal de que ela está sem saldo no banco e precisa de muitos cartões para não estourar seus limites. A verdadeira conta, neste caso, virá mais tarde.

No entanto, a variedade de cartões pode também ser uma virtude de um consumidor experiente. Algumas pessoas fazem uso dessa prática para acumular pontos e obter benefícios.

Para saber com quais desses cenários você está lidando, preste atenção nos detalhes. O seu parceiro usa o crédito até mesmo para compras com valores baixos? Insiste na desculpa de não ter dinheiro em espécie para sempre usar o cartão de crédito? Se notar algum destes sinais, acenda a luz vermelha.

Você ainda pode observar se pelo menos algum desses cartões são voltados a clientes de alta renda, o que indicaria ao menos que ele tem bom crédito perante aos bancos. Tente também questionar a pessoa se ela tem algum interesse em acumular pontos. Se ela disser que não, ou então desconversar, possivelmente está passando por problemas financeiros.

5) Ele dá gorjetas diferentes das que você daria

Normalmente, o valor de uma gorjeta varia de acordo com a qualidade do serviço prestado e com a generosidade do cliente.

Por isso, se você notar que o seu parceiro não tem o hábito de dar incentivos a estes trabalhadores, tente compreender se é uma questão de cuidado excessivo com o dinheiro ou de problemas financeiros. Se ele der gorjetas extremamente generosas, procure entender se ele é desapegado em relação ao dinheiro ou se está tentando apenas impressionar.

Em qualquer um dos casos, esta é mais uma questão de compatibilidade de perfis do que de organização financeira. É importante saber se vocês pensam de forma parecida quando o assunto é poupar dinheiro. Assim, ficará mais fácil evitar conflitos no futuro.

Essa compatibilidade também pode ser testada na hora de decidir o valor que vocês estarão dispostos a pagar em um presente de aniversário para amigos, ou na hora de decidir sobre a importância de manter ou não a assinatura da Netflix.

6) Ele reclama sobre dinheiro o tempo inteiro

Talvez o sinal mais óbvio de que você está lidando com uma pessoa que não cuida bem das suas finanças é se ela reclamar com frequência sobre dinheiro. Quando qualquer conversa sobre o tema gera uma reação negativa por parte de seu parceiro, ele provavelmente está enfrentando ou já enfrentou algum problema econômico.

Resta saber de que natureza é esse problema. Se a pessoa tiver sido demitida recentemente, é natural que ela não se sinta confortável para falar sobre o assunto.

Porém, se as reclamações forem a respeito da pensão que ela tem de pagar aos filhos, ou sobre a dificuldade em pagar impostos, é pouco provável que o problema seja apenas uma questão temporária.

Para descobrir qual o cenário mais provável, mostre-se compreensivo e conte sobre os seus próprios problemas. Impulsionada por esta iniciativa, talvez seu parceiro decida fazer o mesmo.

São Paulo - Preocupado com o cenário econômico deste ano? Alguns livros podem te ensinar a lidar melhor com o dinheiro para se proteger contra eventuais turbulências e, mais que isso, podem ser capazes de te ajudar a enriquecer, mesmo quando tudo conspira contra. EXAME.com selecionou dez títulos lançados ou reeditados ao longo de 2015 que trazem diversos ensinamentos sobre finanças. São indicações que atendem desde quem quer se livrar de dívidas e organizar melhor o orçamento , até aqueles que pretendem iniciar aplicações financeiras ou avançar para investimentos mais sofisticados. Confira nas fotos a seguir dez sugestões de livros para este ano.
  • 2. "Economia na Palma da Mão"

    2 /12(Divulgação)

  • Veja também

    Autores: Carlos Eduardo S. Gonçalves e Bruno Cara Giovannetti Editora: Benvirá Escrito por dois professores da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (FEA-USP), o objetivo do livro é explicar  com bom humor conceitos econômicos que têm impacto direto na vida de consumidores. Entre os termos "traduzidos do economês" pelos autores estão: bolha financeira, inflação, fundos de investimento, câmbio, PIB e prêmio de risco.
  • 3. "Scarcity: The New Science of Having Less and How It Defines Our Lives"

    3 /12(Divulgação)

  • Autores: Sendhil Mullainathan e Eldar Shafir Editora: Picador Um economista de Harvard e um psicólogo de Princeton, duas faculdades renomadas dos Estados Unidos, analisam como a escassez de recursos, inclusive de dinheiro, leva o cérebro a buscar alívio imediato em vez de planejar e buscar soluções para resolver problemas no longo prazo, e dão dicas para quebrar esse ciclo vicioso.
  • 4. "Pescando Tolos - A Economia da Manipulação e Fraude"

    4 /12(Divulgação)

    Autores: George Akerlof e Robert Shiller Editora: Alta Books Os ganhadores do Nobel George Akerlof e Robert Shiller abordam no livro as armadilhas do mercado financeiro, que explora fraquezas psicológicas e ignorância dos consumidores. Entre os temas abordados estão a forma como utilizamos o cartão de crédito sem limites e as táticas sedutoras das campanhas de publicidade, que nos levam a pagar caro por crédito e pela aquisição de alguns bens. O livro também inclui histórias de personagens que souberam lidar com essas manipulações ao buscar mais conhecimento.
  • 5. "Other People’s Money: The Real Business of Finance"

    5 /12(Divulgação)

    Autor: John Kay Editora: PublicAffairs O economista britânico explica como o sistema financeiro moderno é incapaz de proteger os clientes de instituições financeiras contra fraudes e falências, tomando como gancho a crise de 2008. Para o autor, existe uma série de falhas na regulação dos mercados que contribui para esse cenário e somente o conhecimento da população e uma pressão por mudanças podem mudar esse panorama. O título foi considerado o livro do ano pelos veículos Financial Times, The Economist e pela Bloomberg.
  • 6. "Sobrou dinheiro"

    6 /12(Divulgação)

    Autor: Luís Carlos Ewald Editora: Bertrand Brasil O best seller escrito por Luís Carlos Ewald, consultor financeiro que ficou conhecido como Sr.Dinheiro depois de participar de um quadro no qual respondia dúvidas financeiras no programa Fantástico, da TV Globo, ganhou uma nova edição ampliada no ano passado, que mostra como uma família deve gerenciar as despesas para não ficar no vermelho. Para isso, o autor explica termos como inflação, impostos e reajustes de preços.
  • 7. "Coined: The Rich Life of Money and How Its History Has Shaped Us"

    7 /12(Divulgação)

    Autor: Kabir Sehgal Editora: Grand Central Publishing Escrito pelo vice-presidente de mercados emergentes do banco de investimentos J.P. Morgan, o livro investiga a origem do dinheiro para analisar a sua relação psicológica com a humanidade e reflete sobre a necessidade de dar um novo sentido a ele. O título foi elogiado pelo ex-presidente americano Bill Clinton e pelo empresário britânico Richard Branson.
  • 8. "Dinheiro: Os segredos de quem tem: Como conquistar e manter sua independência financeira"

    8 /12(Divulgação)

    Autor: Gustavo Cerbasi Editora: Sextante No livro, Gustavo Cerbsasi, consultor financeiro e autor de best sellers como "Casais inteligentes enriquecem juntos", mostra como a riqueza está na maior parte das vezes associada ao trabalho duro, à disciplina e a uma vida frugal, e não a gordas heranças ou muito estudo. O autor também mostra que o caminho para ficar rico depende mais de decisões cotidianas do que de bens que possam vir a ser acumulados ao longo do tempo.
  • 9. "The Opposite of Spoiled: Raising Kids Who Are Grounded, Generous, and Smart About Money"

    9 /12(Divulgação)

    Autor: Ron Lieber Editora: Harper Ao escrever uma matéria sobre jovens que buscavam financiamento estudantil nos Estados Unidos, Ron Lieber, colunista de finanças pessoais do jornal New York Times, ficou impressionado com a falta de conhecimento dos adolescentes americanos sobre conceitos relacionados às finanças pessoais e decidiu escrever um livro para se aprofundar no tema. Para o autor, os pais têm um papel fundamental na reversão desse problema e devem educar os filhos financeiramente enquanto eles ainda são jovens. No livro, Lieber fala não só sobre a importância da educação financeira, como ensina os jovens a gerenciar melhor suas finanças ao longo da vida.
  • 10. "De Quem É o Dinheiro? - Ganância, Medo, Azar e Sorte - Vitórias e Tropeços na Bolsa"

    10 /12(Divulgação)

    Autores: Adley Piovesan e Homero Chemale Editora: Textonovo Escrito por consultores de investimentos que trabalham em bancos e corretoras, o livro reúne 51 histórias curtas sobre personagens que atuam em bolsas de valores e suas tentativas de atrair e ludibriar investidores. Todas as histórias trazem uma mensagem, direta ou indireta, sobre os sentimentos e riscos presentes no "alucinante" mercado acionário, que servem de alerta ao leitor.
  • 11. "The Debt Escape Plan: How to Free Yourself From Credit Card Balances, Boost Your Credit Score, and Live Debt-Free"

    11 /12(Divulgação)

    Autor: Beverly Harzog Editora: Career Press A autora, advogada especializada em defesa do consumidor, conta como quitou uma dívida de 20 mil dólares , contraída em diversos cartões de crédito, em um prazo de dois anos. Com planejamento e disciplina, Beverly relata como foi possível voltar a ter um bom score de crédito (nota atribuída pelos bancos para avaliar seu risco de inadimplência) e evitar cair novamente em um ciclo interminável de dívidas. Para isso, ela diz que, em vez de quebrar seus cartões de crédito, buscou entender o próprio comportamento em relação ao dinheiro para eliminar hábitos nocivos.
  • 12. Agora conheça as principais lições do best seller "Pai Rico, Pai Pobre"

    12 /12(Gualtiero Boffi/Thinkstock)

  • Acompanhe tudo sobre:ComportamentoCrise econômicadicas-de-financas-pessoaisDinheiro

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Minhas Finanças

    Mais na Exame