5 sinais de que um assessor de investimentos é picareta
Como reconhecer um profissional mal intencionado ou despreparado
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 08h42.
São Paulo – Investir com ajuda personalizada e profissional pode ser uma boa saída para quem não tem muito tempo de cuidar do próprio dinheiro, especialmente em épocas de mercados mais incertos e voláteis. Mas antes de escolher aquele que vai aconselhar onde você vai pôr seu dinheiro, é bom ficar atento para os sinais que indicam que, ali, pode haver um picareta – um sujeito sem as qualificações necessárias e até mal intencionado, que pode prejudicar o investidor em prol dos próprios interesses. Saiba como reconhecer a partir de cinco sinais:
1.O profissional não é habilitado:
Todo profissional da área de investimentos que dá recomendações para seus clientes deve ser registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou como consultor de investimentos – aquele que recomenda aplicações – ou como administrador de carteiras – aquele que pode não só recomendar como mexer no dinheiro do cliente sem prévia consulta.
O registro na CVM pode ser verificado na seção “Participantes do mercado”, no pé da home page do órgão. Caso o profissional se apresente como consultor ou administrador de carteiras e não tenha registro, dispense-o.
Também existe a figura do planejador financeiro, que apenas planeja finanças, mas sem fazer recomendação direta de ativos. A certificação, nesse caso, não é obrigatória, mas também existe. Trata-se do CFP, concedido no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCP). A checagem do registro pode ser feita pelo site da instituição.
2.O profissional faz promessas de rentabilidade:
O picareta aparece com um método infalível de obter uma rentabilidade mínima determinada, ignorando que, de fato, ninguém tem o poder de prever o futuro. Normalmente o sujeito diz ter desenvolvido um sistema com rentabilidade garantida, tentando fazer o investidor crer que só poderá atingir o objetivo se utilizar de seus serviços.
3.O profissional não deixa claro como é remunerado:
Existem dois tipos de assessores de finanças e investimentos: os independentes e os não independentes. Os primeiros recebem diretamente do cliente, sem manter relacionamento com qualquer instituição financeira. Os segundos estão vinculados a uma instituição, que os remunera.
Esse vínculo por si só – verificado no caso dos gerentes de banco e agentes autônomos – não é um sinal de picaretagem. A cilada se dá quando esse conflito de interesses não está claro. Profissionais que se recusam a dar detalhes sobre como são remunerados devem acender o sinal de alerta do investidor.
Um agente autônomo, por exemplo, não só não pode recomendar investimentos como é um representante de uma corretora, devendo ser remunerado exclusivamente pela empresa. Se ele quiser cobrar “por fora” para dar uma consultoria, fuja. Até porque ele não está habilitado e certificado para essa função.
4.O profissional cria uma sensação de urgência ou de exclusividade:
Desconfie se o profissional quiser apressar sua decisão de investimentos ou se disser que só é possível aplicar em determinado produto se for por meio dele. “O sujeito faz isso para criar aquela sensação de que é uma oportunidade única, e para desarmar o pensamento crítico do investidor”, diz o especialista em finanças da consultoria Money Fit, André Massaro.
Ao fazer isso, o picareta pode ter a intenção de levar o cliente a investir uma quantia maior do que investiria normalmente, caso seja remunerado de forma proporcional ao volume. Ou então, caso receba um percentual da corretagem, fazer o cliente movimentar uma grande soma de um ativo para o outro. Ou de algumas aplicações para um único ativo.
5.O profissional parece focado em apenas um tipo de investimento:
Estar focado apenas em ações ou em fundos, por exemplo, não necessariamente é sinal de picaretagem, mas certamente é um mau sinal. Na melhor das hipóteses, indica despreparo do profissional.
“Mostra que ele não tem visão ampla. Como diz o ditado, quando tudo que você tem na mão é um martelo, todo problema para você é um prego”, diz Massaro. Ou seja, o profissional vai tentar adequar todo e qualquer objetivo do investidor àquilo que é sua “especialidade”, ignorando o perfil do cliente e do objetivo em si.
São Paulo – Investir com ajuda personalizada e profissional pode ser uma boa saída para quem não tem muito tempo de cuidar do próprio dinheiro, especialmente em épocas de mercados mais incertos e voláteis. Mas antes de escolher aquele que vai aconselhar onde você vai pôr seu dinheiro, é bom ficar atento para os sinais que indicam que, ali, pode haver um picareta – um sujeito sem as qualificações necessárias e até mal intencionado, que pode prejudicar o investidor em prol dos próprios interesses. Saiba como reconhecer a partir de cinco sinais:
1.O profissional não é habilitado:
Todo profissional da área de investimentos que dá recomendações para seus clientes deve ser registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou como consultor de investimentos – aquele que recomenda aplicações – ou como administrador de carteiras – aquele que pode não só recomendar como mexer no dinheiro do cliente sem prévia consulta.
O registro na CVM pode ser verificado na seção “Participantes do mercado”, no pé da home page do órgão. Caso o profissional se apresente como consultor ou administrador de carteiras e não tenha registro, dispense-o.
Também existe a figura do planejador financeiro, que apenas planeja finanças, mas sem fazer recomendação direta de ativos. A certificação, nesse caso, não é obrigatória, mas também existe. Trata-se do CFP, concedido no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCP). A checagem do registro pode ser feita pelo site da instituição.
2.O profissional faz promessas de rentabilidade:
O picareta aparece com um método infalível de obter uma rentabilidade mínima determinada, ignorando que, de fato, ninguém tem o poder de prever o futuro. Normalmente o sujeito diz ter desenvolvido um sistema com rentabilidade garantida, tentando fazer o investidor crer que só poderá atingir o objetivo se utilizar de seus serviços.
3.O profissional não deixa claro como é remunerado:
Existem dois tipos de assessores de finanças e investimentos: os independentes e os não independentes. Os primeiros recebem diretamente do cliente, sem manter relacionamento com qualquer instituição financeira. Os segundos estão vinculados a uma instituição, que os remunera.
Esse vínculo por si só – verificado no caso dos gerentes de banco e agentes autônomos – não é um sinal de picaretagem. A cilada se dá quando esse conflito de interesses não está claro. Profissionais que se recusam a dar detalhes sobre como são remunerados devem acender o sinal de alerta do investidor.
Um agente autônomo, por exemplo, não só não pode recomendar investimentos como é um representante de uma corretora, devendo ser remunerado exclusivamente pela empresa. Se ele quiser cobrar “por fora” para dar uma consultoria, fuja. Até porque ele não está habilitado e certificado para essa função.
4.O profissional cria uma sensação de urgência ou de exclusividade:
Desconfie se o profissional quiser apressar sua decisão de investimentos ou se disser que só é possível aplicar em determinado produto se for por meio dele. “O sujeito faz isso para criar aquela sensação de que é uma oportunidade única, e para desarmar o pensamento crítico do investidor”, diz o especialista em finanças da consultoria Money Fit, André Massaro.
Ao fazer isso, o picareta pode ter a intenção de levar o cliente a investir uma quantia maior do que investiria normalmente, caso seja remunerado de forma proporcional ao volume. Ou então, caso receba um percentual da corretagem, fazer o cliente movimentar uma grande soma de um ativo para o outro. Ou de algumas aplicações para um único ativo.
5.O profissional parece focado em apenas um tipo de investimento:
Estar focado apenas em ações ou em fundos, por exemplo, não necessariamente é sinal de picaretagem, mas certamente é um mau sinal. Na melhor das hipóteses, indica despreparo do profissional.
“Mostra que ele não tem visão ampla. Como diz o ditado, quando tudo que você tem na mão é um martelo, todo problema para você é um prego”, diz Massaro. Ou seja, o profissional vai tentar adequar todo e qualquer objetivo do investidor àquilo que é sua “especialidade”, ignorando o perfil do cliente e do objetivo em si.