27 corretoras recomendam ações para fevereiro

São Paulo – Para o mês de fevereiro, as ações mais sugeridas pelas corretoras em suas carteiras recomendadas são de empresas ligadas ao mercado interno, principalmente aquelas que se beneficiam com o aumento da inflação. As empresas do setor de shopping centers, por exemplo, foram sugeridas por várias instituições, já que os contratos de suas lojas são reajustados por índices de inflação.

O Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa, fechou janeiro com desvalorização de 1,95%. No mesmo período, as carteiras das corretoras tiveram altas tímidas ou leves desvalorizações.

A recomendação de ações pouco expostas à crise externa permanece, já que a Bolsa continua ainda muito vulnerável à Europa e aos Estados Unidos. E internamente seguem as preocupações com a pressão inflacionária e a limitação de crescimento da economia.

Muitos analistas destacaram que a Bolsa pode sofrer bastante ainda em fevereiro devido à divulgação do balanço de desempenho de companhias de diversos setores. A expectativa geral é que os resultados apresentados sejam desanimadores. As ações do Itaú e da Hering, por exemplo, já foram retiradas de algumas carteiras por analistas que anteciparam um movimento de queda dos papéis diante da expectativa de balanços desfavoráveis dessas empresas.

Também foi destacado o desempenho ruim da Petrobras no mês de janeiro, diante do reajuste nos preços de combustíveis, que veio abaixo do esperado. E ainda o avanço das bolsas nos Estados Unidos e China, que apesar de animar os mercados internacionais em janeiro, ainda não são fatores suficientemente relevantes para aumentar de forma significativa o otimismo dos investidores. As dúvidas sobre as economias dos EUA e da Alemanha, que tiveram fracos resultados de crescimento no último trimestre de 2012, e a situação da dívida na Espanha ainda indefinida são fatores que, segundo os analistas, ainda pesam muito e contribuem para manter o pessimismo nos mercados.

Veja a seguir as carteiras de ações recomendadas pelas corretoras para o mês de fevereiro:

Ágora e Bradesco

A carteira Top 10 da Ágora Corretora teve alta de 5,4% em janeiro.

Papéis incluídos: BM&FBovespa e Sabesp. Papéis retirados: ALL e BR Properties

Os analistas da Ágora Corretora afirmam que a BM&FBovespa entra na carteira de fevereiro em virtude dos possíveis benefícios para o mercado de ações, com a expectativa de que investidores busquem a Bolsa diante da redução dos juros básicos da economia (taxa Selic), que prejudicam rendimentos de outras aplicações. E a Sabesp passa a compor a carteira, segundo os analistas, porque embora tenha ocorrido um aumento tímido de 1,94% nas tarifas de contas de água em novembro, algumas resoluções já aprovadas mostram que haverá um aumento maior em breve, que deve beneficiar o fluxo de caixa da empresa.

Alpes/Wintrade

A carteira recomendada da WinTrade, home broker da Alpes Corretora, teve alta de 1,76% em janeiro.

Papéis incluídos: Multiplus. Papéis retirados: Itaú Unibanco.

As ações do Itaú Unibanco saem das recomendações porque os analistas acreditam que a divulgação de resultados do banco deve trazer instabilidade aos papéis. A Multiplus entra no lugar do Itaú. As ações da empresa tiveram queda de 10,31% em janeiro, com as notícias de que a TAM, sua controladora, poderia ser afetada por uma intervenção da ANAC, que reduziria a oferta de voos. Os analistas consideram essa desvalorização exagerada, já que a empresa tem perspectivas de forte crescimento sobretudo pelo otimismo em relação aos setores em que ela atua, como o de aviação civil, cartões de crédito, varejo, entre outros.

Ativa

Em janeiro, a carteira da Ativa teve queda de 0,75%.

Papéis incluídos: Cosan.

Para fevereiro, a Ativa diminuiu a sua exposição às empresas Kroton, Itaú, Vale, Equatorial e Renner, e incluiu as ações da Cosan. Segundo o relatório divulgado pela corretora, a carteira de fevereiro privilegia ações voltadas ao mercado interno. E a inclusão da Cosan ocorre, segundo os analistas, pelo fato de a empresa ser a maior produtora e processadora de cana-de-açúcar do mundo, o que possibilita benefícios diante do possível aumento da demanda por etanol, decorrente, por sua vez, da elevação do percentual de etanol na gasolina.

BB Investimentos

Em janeiro, a carteira do BB Investimentos teve queda de 0,32%.

Papéis incluídos: Ambev, Banrisul, Klabin, Marcopolo, Marfrig, Natura, Pão de Açúcar e São Martinho. Papéis retirados: CSN, Cyrela, Iochpe-Maxion, JBS, Magazine Luiza, Rossi, Suzano e Usiminas.

O relatório mensal do BB, assinado por Nataniel Cezimbra, aponta que estarão em destaque no mês de fevereiro as decisões dos Estados Unidos - sobre a compra de títulos do Tesouro, de bônus hipotecários e da manutenção da taxa de juros próxima a zero - e as medidas de relaxamento de bancos centrais, que podem gerar uma alta nos mercados globais. Por outro lado, o relatório também chama atenção para os fracos resultados do último trimestre de 2012 nos Estados Unidos e na Alemanha, que deixam dúvidas sobre uma recuperação no primeiro trimestre de 2013, assim como a questão da dívida espanhola.

BI&P Indusval & Partners Corretora

A carteira de janeiro da Indusval corretora teve alta de 3,95%.

Papéis incluídos: Bradesco, Hering, Klabin, Natura e Triunfo. Papéis retirados: ALL, Iguatemi, JHSF, Kroton e SLC.

Segundo o relatório da corretora, para a realização de ganhos foram retirados da carteira papéis que tiveram bom desempenho, como a ALL, Iguatemi, Kroton e SLC. A JHSF também saiu da carteira e a Iochpe-Maxion teve sua participação reduzida para darem espaço a empresas com maior potencial de ganho. As empresas que entraram para a carteira foram: Bradesco, por causa dos bons resultados apresentados recentemente; a Hering, que teve queda de 10% no mês anterior, e já tem embutido no preço um resultado mais fraco do quarto trimestre de 2012, o que representa uma boa oportunidade de compra do papel, que está em baixa; a Klabin, que apresentou bom resultado no quatro trimestre de 2012; a Natura, por ser uma empresa considerada forte no setor de consumo; e o Triunfo, que segundo os analistas é um grupo com futuro promissor.

BTG Pactual

A carteira 10SIM™ do BTG Pactual teve alta 6,1% em janeiro.

Papéis incluídos: BR Malls e Embraer. Papéis retirados: Autometal e Magazine Luiza.

No relatório mensal, os analistas explicam que a carteira continua majoritariamente exposta a ações do setor de consumo doméstico, ainda que tenha sido adicionado um peso maior em ações ligadas à exportação. Com a entrada da Embraer e com a manutenção da Vale, Suzano e JBS, 40% do portfólio está alocado em empresas exportadoras. Nos papéis do setor de consumo, a única mudança foi a substituição da Magazine Luiza pela BR Malls, mudança que, segundo o relatório, é decorrente da característica mais defensiva da ação, que atua no setor de shopping centers e do fato de ser uma ação que se protege da inflação (uma vez que os contratos dos shoppings são reajustados pelos índices de inflação). Para manter a exposição ao setor de infraestrutura, os analistas mantiveram a CCR e no setor de educação, mantiveram a Anhanguera.

Citi Corretora

A carteira Top Pick da Citi Corretora teve alta de 3,8% em janeiro.

Papéis incluídos: Bradesco e Cosan. Papéis retirados: Itaú Unibanco e Petrobras.

No relatório mensal do Citi, os analistas afirmam que incluíram a Cosan após a revisão recente nas projeções de resultado da empresa. Segundo eles, a empresa deve se beneficiar do aumento do preço dos combustíveis e do aumento da mistura de álcool na gasolina. A Petrobras foi retirada da carteira após o baixo reajuste no preço dos combustíveis e pela expectativa de resultados fracos quarto trimestre de 2012. O Bradesco entra no lugar do Itaú após a divulgação de resultados bons resultados no quatro trimestre do ano passado e pelas perspectivas de maior retorno da ação em 2013.

Coinvalores

A corretora não divulgou comentários sobre alterações na carteira, tampouco sobre a performance do portfólio do mês de janeiro.

Concórdia

A carteira recomendada de janeiro da Concórdia Corretora, que foi divulgada pela primeira vez no último mês, apresentou leve alta de 0,16%.

Papéis incluídos: Ecorodovias, Ultrapar, Iguatemi e BRF Foods. Papéis retirados: Autometal, Iochpe-Maxion, Cia. Hering e Braskem.

Os analistas da corretora acreditam que a Bolsa continue volátil em fevereiro, sobretudo diante das divulgações de fracos resultados do quarto trimestre de 2012 de diversas companhias no Brasil, entre elas a Vale e a Petrobras. A carteira de fevereiro, segundo eles, inclui companhias que têm forte correlação de suas receitas com a inflação e por isso devem apresentar resultados satisfatórios. Ações boas pagadoras de dividendos, que são mais conservadoras, e empresas que estão sendo negociadas com descontos, como companhias dos setores de telecomunicações e bancos ganharam peso e entraram no portfólio, já que as ações consideradas “vedetes” da Bolsa não devem ter performances satisfatórias em fevereiro.
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*Projeções baseadas na apuração da Bloomberg com analistas de mercado. Segundo a corretora, essas ações não são acompanhadas pelos analistas da Concórdia.

Credit Suisse

A carteira de janeiro do Credit Suisse teve alta de 0,97%.

Papéis incluídos: Cielo, Kroton e Suzano. Papéis retirados: Banco do Brasil, IMC, Cyrela.

No relatório do Credit Suisse, os analistas explicam que aumentaram a exposição a setores mais protegidos contra a inflação, como de bebidas, processadores de pagamento, construção e de ações ligadas a operações financeiras como a BM&FBovespa e Cetip. E para fazer isso, reduziram os pesos dos setores de bancos, petróleo e gás e de varejo.

Os analistas não acreditam em um cenário positivo para o setor de bancos, por isso a retirada do Banco do Brasil da carteira. A entrada da Cielo se justifica pela proteção contra a inflação. Eles acreditam em um melhor cenário para o setor de educação do que de varejo, por isso retiraram a companhia de restaurantes IMC e adicionaram a Kroton. Os analistas também optaram por manter a exposição ao setor de construção, mas dando preferência a empresas que acompanham mais a inflação, por isso retiraram a Cyrela. Por fim, foi reduzida a exposição ao setor de petróleo e gás, com a diminuição do peso da Petrobras, por causa dos maus resultados da empresa e pelo reajuste no preço da gasolina abaixo do que era esperado. E essa menor exposição foi compensada com a entrada da Suzano, que por causa dos altos preços de seus produtos pode ter bons resultados neste começo de ano, segundo os analistas.

Geração Futuro

A carteira recomendada da Geração Futuro teve uma queda de 1,46% em janeiro.

Papéis incluídos: Wilson Sons.

Rafael Weber, analista da Geração Futuro, comenta que o principal destaque da carteira de fevereiro é a inclusão da Wilson Sons, empresa operadora de serviços portuários. Segundo ele, a companhia mostra um elevado potencial de crescimento pela sua exposição ao segmento de óleo e gás, que é puxado pelas perspectivas de desenvolvimento da camada pré-sal. Ele também destaca as boas expectativas em relação à Randon, que pode se beneficiar com a melhora no mercado de implementos rodoviários em 2013, apoiada na recuperação das vendas de caminhões no mercado interno.

Geral Investimentos

A corretora não divulgou o desempenho da Carteira Multiestratégia em janeiro.

Papéis incluídos: Aliansce, M. Dias Branco, Mahle Metal Leve. Papéis retirados: Br Malls, Vale.

Segundo os analistas, a Aliansce, que atua no setor de shopping centers, foi incluída na carteira diante das boas perspectivas de crescimento do setor interno de consumo, com o aumento de gastos dos brasileiros. O relatório também comenta que a M.Dias Branco, fabricante de massas e biscoitos, deve se beneficiar por atuar nas regiões norte e nordeste, que têm um forte potencial de crescimento, além de oferecer produtos com preços baixos, que permitem passar um aumento maior de preços ao consumidor diante de uma alta nos preços do trigo e do dólar. E a Metal Leve, que atua no segmento de autopeças e componentes para motores tem boas perspectivas diante dos incentivos do governo às indústrias.

HSBC

A carteira HSBC Top Picks teve variação positiva de 0,70% em janeiro.

Papéis incluídos: AES Tietê e Multiplan. Papéis retirados: Itaú Unibanco.

Os economistas do HSBC afirmam que a inflação pressionada e a incertezas dos investidores deixam dúvidas quanto às chances de forte recuperação do mercado no início de 2013. A inclusão da Multiplan ocorre diante de expectativas de valorização da empresa com a pressão inflacionária, já que seus contratos de aluguéis de lojas são ajustados pela inflação. Com a exclusão do Itaú, os analistas diminuíram a exposição da carteira ao setor de bancos. Eles afirmam gostar do setor por considerá-lo mais capaz de se adaptar a situações críticas do que alguns outros, mas preferem não manter uma grande exposição por causa dos riscos de intervenções do governo.

Inva Capital

As ações sugeridas são as mesmas do portfólio de janeiro. Os analistas destacam que no mês de janeiro foram incluídas as ações da Tractebel e da ALL na carteira. Como ambas tiveram uma boa performance e possuem potencial para se valorizar ainda mais, elas permanecerão entre as recomendações. Eles acrescentam que a volatilidade da OGX continua preocupando, mas o início da produção do terceiro poço de tubarão Martelo e o início das operações da térmica da MPX (sua sócia) oferecem boas perspectivas de médio prazopara a empresa.

Itaú

Não foi divulgada a rentabilidade da carteira do mês de janeiro.

Papéis incluídos: Banrisul, ISA Cteep, TIM. Papéis retirados: não foi divulgado no relatório quais papéis saíram da carteira.

Os analistas afirmam que a TIM passa a compor a carteira após sofrer em 2012 devido a notícias negativas sobre prestações de serviços. Eles acreditam que a empresa deve se beneficiar com a aprovação de uma nova proposta comercial feita pela Anatel. O Banrisul, por sua vez, entra na carteira pois na visão dos analistas o banco deve se beneficiar com operações financeiras ligadas à atividade rural, já há previsões de uma boa safra devido ao clima favorável. Eles acrescentam por fim que a ISA Cteep entra na carteira porque ela não deve ser afetada pelo aumento no preço da energia, já que se trata de uma companhias puramente de transmissão.

Omar Camargo

A carteira da Omar Camargo apresentou variação negativa de 0,27% no mês de janeiro.

Papéis incluídos: Arteris (ex-OHL Brasil).

Os analistas explicam que a Abertis e a Brookfield Management compraram 100% da Partícipes en Brasil, antiga controladora da OHL Brasil, por isso a mudança do nome da empresa para Arteris. Segundo eles, os novos controladores têm se focado no retorno dos investimentos. Por isso, inicialmente a companhia deve se concentrar nas concessões atuais em vez de focar em novas concessões, o que deve possibilitar uma geração de caixa mais imediata. Dessa forma, a carteira aumenta a exposição à infraestrutura, com a ALL Logística, Arteris e em parte com a Gerdau. Também foram realizados ganhos com a venda de parte das ações da Brasil Foods (+23,0% desde março de 2012) e Itaú (+13,5% desde outubro de 2012), que tiveram seu peso reduzido na carteira. E também foi reduzido o peso da Oi em função da saída do presidente Francisco Valim, que era um pilar importante da reestruturação da companhia.

Pax Corretora

A carteira sugerida da PAX apresentou leve valorização de 0,26% em janeiro.

Não houve alterações na carteira de fevereiro.

A corretora começa o ano adotando uma maior exposição aos setores de transportes, bens de capital, financeiro e imobiliário. Os analistas explicam que apesar dos papéis do setor de transportes e bens de capital não terem apresentado bom desempenho em janeiro, eles continuam esperando um bom desempenho dessas ações neste ano, pela expectativa de uma retomada de investimentos na economia brasileira. Eles acreditam que os papéis do setor financeiro e imobiliário da carteira estejam com certo desconto, por isso pode haver uma valorização futuramente, como já ocorreu com as ações do de BTG Pactual e do Banrisul, que tiveram alta na faixa de 10%.

Planner

A carteira da Planner teve valorização de 1,23% em janeiro.

Papéis incluídos: Alpargatas, Duratex, Localiza e Odontoprev. Papéis retirados: Arteris (antiga OHL), Banrisul, Ecorodovias, Vale.

Os analistas da Planner comentam que a carteira do mês de fevereiro concentra papéis com características mais defensivas e com potencial de valorização no curto prazo. Eles continuam conservadores para este mês pela baixa expectativa sobre fatores econômicos relevantes externa e internamente que possam impactar positivamente o mercado. Também acrescentam que a divulgação de resultados das companhias brasileiras de 2012, iniciada nesta semana, poderá trazer surpresas negativas ao longo de fevereiro- como já foi demonstrado pelos fracos resultados no setor de siderurgia - mitigando a chance de uma recuperação do Ibovespa no curto prazo.

Quantitas

A carteira recomendada da Quantitas para o mês de janeiro teve alta de 0,8%.

Papéis incluídos: Odontoprev e Santos Brasil. Papéis retirados: Brasil Foods e Gerdau e Valid.

Os analistas afirmam que continuam confiantes no segmento de educação, que novamente teve boa performance em janeiro. Eles acrescentam que os benefícios do programa de financiamento estudantil do governo, o FIES, e a maior ocupação de sala de aulas, são fatores positivos que ainda não foram assimilados pelo mercado e podem gerar uma valorização dentro do setor. Os analistas comentam ainda que, apesar das baixas relevantes que devem vir no final do mês, com a apresentação dos resultados das companhias, eles decidiram aumentar a exposição à Vale pois entendem que ela tem perspectivas de crescimento de geração de caixa que o mercado não tem enxergado. Por fim, a inclusão da Odontoprev na carteira decorre do fato de que o resultado da empresa, abaixo das expectativas, resultou em um desconto da ação, o que cria uma oportunidade boa para compra.

Rico/Octo Investimentos

A Carteira 8+ de janeiro do Rico, home broker da Octo Investimentos, registrou baixa de 0,92%.

Papéis incluídos: BM&FBovespa e Helbor. Papéis retirados: ALL e JHSF.

O relatório mensal do Rico ressalta as altas nas bolsas internacionais em janeiro, refletindo os avanços político-econômicos nos EUA e na China. Sobre o Brasil é destacada a volatilidade do Ibovespa no mês, influenciada sobretudo pela queda dos papéis de siderúrgicas, mineradoras e petrolíferas, apesar do amplo volume de capital estrangeiro líquido em janeiro. Segundo o relatório, as alterações na carteira foram feitas com o objetivo de capturar uma maior aderência do portfólio ao Ibovespa.

Santander

No mês de janeiro a carteira do Santander teve desvalorização de 0,75%.

Papéis incluídos: Even, Gafisa e Klabin. Papéis retirados: IMC, MRV, Qualicorp e Usiminas.

Os analistas comentam que, enquanto os indicadores domésticos não mostrarem alguma melhora e o risco de racionamento não estiver descartado, o portfólio permanecerá mais exposto a ações voltadas ao mercado interno e mais defensivas, que possuam alta previsibilidade de geração de caixa, baixo endividamento e que façam parte de setores com tendências positivas, como alimentos e bebidas e educação. A exceção, segundo eles, é o setor de construção civil, que é mais volátil, mas permanece em peso na carteira porque o momento é favorável para o segmento, uma vez que há um grande déficit habitacional e juros reais no patamar mais baixo da história. A carteira também mantém uma pequena exposição a empresas voltadas para exportação de commodities, o que condiz com a melhora recente dos indicadores da China e dos EUA.

Souza Barros

No mês de janeiro, a carteira da Souza Barros teve alta de 3,40%.

Papéis incluídos: Localiza. Papéis retirados: Raia Drogasil.

Clodoir Vieira, economista da Souza Barros, afirma que a Localiza entra na carteira pois tem apresentado crescimento das diárias de aluguel de carros e tem administrado bem a venda de seminovos, o que permite a manutenção da idade média da frota e a diminuição de despesas administrativas. E ele acrescenta ainda que o aquecimento da economia interna deve beneficiar as atividades da empresa. Sobre a Ambev, Vieira comenta que a empresa tem resultados muito previsíveis, fator importante em épocas de crise, e pode se beneficiar também do aumento de renda e consequente elevação do consumo no mercado de bebidas. Ele também vê boas perspectivas para a CCR, já que a empresa de concessões de rodovias desempenha atividade fortemente ligada à econômica nacional. As Lojas Renner, também devem se beneficiar pelo aumento do consumo interno, segundo ele, e a Totvs tem boas perspectivas de crescimento com a penetração de softwares de gestão empresarial nas empresas de micro, pequeno e médio porte.

Socopa

No mês de janeiro, a carteira Top Pick da Socopa registrou alta de 0,40%.

Não houve alterações na carteira e não foram divulgados comentários.

TOV

Os analistas não divulgaram a performance da carteira em janeiro.

Papéis incluídos: Ultrapar, Pão de Açucar. Papéis retirados: Cielo, Natura.

Segundo o analista-chefe da TOV, Antônio Carlos Góes, considerando as dificuldades do atual cenário econômico, poucas opções restam para indicação de investimentos em ações. “Por isso resolvemos manter as ações da carteira recomendada em janeiro, com a retirada de Cielo e Natura, e a inclusão de Pão de Açúcar e Ultrapar. Esta última cabe justificar a recomendação pelo fato de o aumento dos combustíveis nas bombas ser superior ao 4,4% pelo governo”.

Um Investimentos

A carteira recomendada da Um Investimentos registrou queda de 0,29% em janeiro.

Papéis incluídos: Aliansce e Duratex. Marcopolo: Papéis retirados: Hering

No relatório mensal, os analistas da Um Investimentos relatam que optaram pela retirada da Hering da carteira porque a companhia apresentou números fracos em sua prévia operacional e eles não acreditam em uma melhoria de resultados no curto prazo. A Duratex, que atua na distribuição de insumos para a construção civil, entra em virtude da expectativa de apresentação de bons resultados no quarto trimestre de 2012 - na divulgação que acontecerá no dia 22/02/20130-, motivados pelo aumento de vendas e preços de produtos. A Aliansce, administradora de shoppings centers, entra no portfólio diante da expectativa de crescimento do consumo interno e expansão do setor de shoppings, que devem beneficiar a companhia.

Walpires Corretora

Em janeiro a carteira da Walpires teve valorização de 2,85%.

As ações recomendadas para fevereiro são as mesmas da carteira de janeiro e não foram divulgados comentários sobre a manutenção dos papéis.

XP Investimentos

Em janeiro, a carteira da XP teve alta de 1,2%.

Papéis incluídos: Anhanguera, Arteris e Hering. Papéis retirados: Cetip, Itaú Unibanco e OSX.

Os analistas comentam que a Cetip sai do portfólio para se evitar possíveis quedas da ação, já que eles enxergam um cenário mais competitivo no seu setor de atuação. A retirada do Itaú Unibanco ocorre por conta dos maus resultados do último trimestre de 2012, que podem expor muito o banco nos balanços gerais que serão divulgados em fevereiro. E a OSX deixa a carteira, segundo os analistas, pela falta de fatores positivos que beneficiem a empresa nos próximos meses e também pelos riscos de cancelamentos de pedidos por parte da OGX, que é um forte cliente.

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São Paulo – Para o mês de fevereiro, as ações mais sugeridas pelas corretoras em suas carteiras recomendadas são de empresas ligadas ao mercado interno, principalmente aquelas que se beneficiam com o aumento da inflação. As empresas do setor de shopping centers, por exemplo, foram sugeridas por várias instituições, já que os contratos de suas lojas são reajustados por índices de inflação.

O Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa, fechou janeiro com desvalorização de 1,95%. No mesmo período, as carteiras das corretoras tiveram altas tímidas ou leves desvalorizações.

A recomendação de ações pouco expostas à crise externa permanece, já que a Bolsa continua ainda muito vulnerável à Europa e aos Estados Unidos. E internamente seguem as preocupações com a pressão inflacionária e a limitação de crescimento da economia.

Muitos analistas destacaram que a Bolsa pode sofrer bastante ainda em fevereiro devido à divulgação do balanço de desempenho de companhias de diversos setores. A expectativa geral é que os resultados apresentados sejam desanimadores. As ações do Itaú e da Hering, por exemplo, já foram retiradas de algumas carteiras por analistas que anteciparam um movimento de queda dos papéis diante da expectativa de balanços desfavoráveis dessas empresas.

Também foi destacado o desempenho ruim da Petrobras no mês de janeiro, diante do reajuste nos preços de combustíveis, que veio abaixo do esperado. E ainda o avanço das bolsas nos Estados Unidos e China, que apesar de animar os mercados internacionais em janeiro, ainda não são fatores suficientemente relevantes para aumentar de forma significativa o otimismo dos investidores. As dúvidas sobre as economias dos EUA e da Alemanha, que tiveram fracos resultados de crescimento no último trimestre de 2012, e a situação da dívida na Espanha ainda indefinida são fatores que, segundo os analistas, ainda pesam muito e contribuem para manter o pessimismo nos mercados.

Veja a seguir as carteiras de ações recomendadas pelas corretoras para o mês de fevereiro:

Ágora e Bradesco

A carteira Top 10 da Ágora Corretora teve alta de 5,4% em janeiro.

Papéis incluídos: BM&FBovespa e Sabesp. Papéis retirados: ALL e BR Properties

Os analistas da Ágora Corretora afirmam que a BM&FBovespa entra na carteira de fevereiro em virtude dos possíveis benefícios para o mercado de ações, com a expectativa de que investidores busquem a Bolsa diante da redução dos juros básicos da economia (taxa Selic), que prejudicam rendimentos de outras aplicações. E a Sabesp passa a compor a carteira, segundo os analistas, porque embora tenha ocorrido um aumento tímido de 1,94% nas tarifas de contas de água em novembro, algumas resoluções já aprovadas mostram que haverá um aumento maior em breve, que deve beneficiar o fluxo de caixa da empresa.

Alpes/Wintrade

A carteira recomendada da WinTrade, home broker da Alpes Corretora, teve alta de 1,76% em janeiro.

Papéis incluídos: Multiplus. Papéis retirados: Itaú Unibanco.

As ações do Itaú Unibanco saem das recomendações porque os analistas acreditam que a divulgação de resultados do banco deve trazer instabilidade aos papéis. A Multiplus entra no lugar do Itaú. As ações da empresa tiveram queda de 10,31% em janeiro, com as notícias de que a TAM, sua controladora, poderia ser afetada por uma intervenção da ANAC, que reduziria a oferta de voos. Os analistas consideram essa desvalorização exagerada, já que a empresa tem perspectivas de forte crescimento sobretudo pelo otimismo em relação aos setores em que ela atua, como o de aviação civil, cartões de crédito, varejo, entre outros.

Ativa

Em janeiro, a carteira da Ativa teve queda de 0,75%.

Papéis incluídos: Cosan.

Para fevereiro, a Ativa diminuiu a sua exposição às empresas Kroton, Itaú, Vale, Equatorial e Renner, e incluiu as ações da Cosan. Segundo o relatório divulgado pela corretora, a carteira de fevereiro privilegia ações voltadas ao mercado interno. E a inclusão da Cosan ocorre, segundo os analistas, pelo fato de a empresa ser a maior produtora e processadora de cana-de-açúcar do mundo, o que possibilita benefícios diante do possível aumento da demanda por etanol, decorrente, por sua vez, da elevação do percentual de etanol na gasolina.

BB Investimentos

Em janeiro, a carteira do BB Investimentos teve queda de 0,32%.

Papéis incluídos: Ambev, Banrisul, Klabin, Marcopolo, Marfrig, Natura, Pão de Açúcar e São Martinho. Papéis retirados: CSN, Cyrela, Iochpe-Maxion, JBS, Magazine Luiza, Rossi, Suzano e Usiminas.

O relatório mensal do BB, assinado por Nataniel Cezimbra, aponta que estarão em destaque no mês de fevereiro as decisões dos Estados Unidos - sobre a compra de títulos do Tesouro, de bônus hipotecários e da manutenção da taxa de juros próxima a zero - e as medidas de relaxamento de bancos centrais, que podem gerar uma alta nos mercados globais. Por outro lado, o relatório também chama atenção para os fracos resultados do último trimestre de 2012 nos Estados Unidos e na Alemanha, que deixam dúvidas sobre uma recuperação no primeiro trimestre de 2013, assim como a questão da dívida espanhola.

BI&P Indusval & Partners Corretora

A carteira de janeiro da Indusval corretora teve alta de 3,95%.

Papéis incluídos: Bradesco, Hering, Klabin, Natura e Triunfo. Papéis retirados: ALL, Iguatemi, JHSF, Kroton e SLC.

Segundo o relatório da corretora, para a realização de ganhos foram retirados da carteira papéis que tiveram bom desempenho, como a ALL, Iguatemi, Kroton e SLC. A JHSF também saiu da carteira e a Iochpe-Maxion teve sua participação reduzida para darem espaço a empresas com maior potencial de ganho. As empresas que entraram para a carteira foram: Bradesco, por causa dos bons resultados apresentados recentemente; a Hering, que teve queda de 10% no mês anterior, e já tem embutido no preço um resultado mais fraco do quarto trimestre de 2012, o que representa uma boa oportunidade de compra do papel, que está em baixa; a Klabin, que apresentou bom resultado no quatro trimestre de 2012; a Natura, por ser uma empresa considerada forte no setor de consumo; e o Triunfo, que segundo os analistas é um grupo com futuro promissor.

BTG Pactual

A carteira 10SIM™ do BTG Pactual teve alta 6,1% em janeiro.

Papéis incluídos: BR Malls e Embraer. Papéis retirados: Autometal e Magazine Luiza.

No relatório mensal, os analistas explicam que a carteira continua majoritariamente exposta a ações do setor de consumo doméstico, ainda que tenha sido adicionado um peso maior em ações ligadas à exportação. Com a entrada da Embraer e com a manutenção da Vale, Suzano e JBS, 40% do portfólio está alocado em empresas exportadoras. Nos papéis do setor de consumo, a única mudança foi a substituição da Magazine Luiza pela BR Malls, mudança que, segundo o relatório, é decorrente da característica mais defensiva da ação, que atua no setor de shopping centers e do fato de ser uma ação que se protege da inflação (uma vez que os contratos dos shoppings são reajustados pelos índices de inflação). Para manter a exposição ao setor de infraestrutura, os analistas mantiveram a CCR e no setor de educação, mantiveram a Anhanguera.

Citi Corretora

A carteira Top Pick da Citi Corretora teve alta de 3,8% em janeiro.

Papéis incluídos: Bradesco e Cosan. Papéis retirados: Itaú Unibanco e Petrobras.

No relatório mensal do Citi, os analistas afirmam que incluíram a Cosan após a revisão recente nas projeções de resultado da empresa. Segundo eles, a empresa deve se beneficiar do aumento do preço dos combustíveis e do aumento da mistura de álcool na gasolina. A Petrobras foi retirada da carteira após o baixo reajuste no preço dos combustíveis e pela expectativa de resultados fracos quarto trimestre de 2012. O Bradesco entra no lugar do Itaú após a divulgação de resultados bons resultados no quatro trimestre do ano passado e pelas perspectivas de maior retorno da ação em 2013.

Coinvalores

A corretora não divulgou comentários sobre alterações na carteira, tampouco sobre a performance do portfólio do mês de janeiro.

Concórdia

A carteira recomendada de janeiro da Concórdia Corretora, que foi divulgada pela primeira vez no último mês, apresentou leve alta de 0,16%.

Papéis incluídos: Ecorodovias, Ultrapar, Iguatemi e BRF Foods. Papéis retirados: Autometal, Iochpe-Maxion, Cia. Hering e Braskem.

Os analistas da corretora acreditam que a Bolsa continue volátil em fevereiro, sobretudo diante das divulgações de fracos resultados do quarto trimestre de 2012 de diversas companhias no Brasil, entre elas a Vale e a Petrobras. A carteira de fevereiro, segundo eles, inclui companhias que têm forte correlação de suas receitas com a inflação e por isso devem apresentar resultados satisfatórios. Ações boas pagadoras de dividendos, que são mais conservadoras, e empresas que estão sendo negociadas com descontos, como companhias dos setores de telecomunicações e bancos ganharam peso e entraram no portfólio, já que as ações consideradas “vedetes” da Bolsa não devem ter performances satisfatórias em fevereiro.
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*Projeções baseadas na apuração da Bloomberg com analistas de mercado. Segundo a corretora, essas ações não são acompanhadas pelos analistas da Concórdia.

Credit Suisse

A carteira de janeiro do Credit Suisse teve alta de 0,97%.

Papéis incluídos: Cielo, Kroton e Suzano. Papéis retirados: Banco do Brasil, IMC, Cyrela.

No relatório do Credit Suisse, os analistas explicam que aumentaram a exposição a setores mais protegidos contra a inflação, como de bebidas, processadores de pagamento, construção e de ações ligadas a operações financeiras como a BM&FBovespa e Cetip. E para fazer isso, reduziram os pesos dos setores de bancos, petróleo e gás e de varejo.

Os analistas não acreditam em um cenário positivo para o setor de bancos, por isso a retirada do Banco do Brasil da carteira. A entrada da Cielo se justifica pela proteção contra a inflação. Eles acreditam em um melhor cenário para o setor de educação do que de varejo, por isso retiraram a companhia de restaurantes IMC e adicionaram a Kroton. Os analistas também optaram por manter a exposição ao setor de construção, mas dando preferência a empresas que acompanham mais a inflação, por isso retiraram a Cyrela. Por fim, foi reduzida a exposição ao setor de petróleo e gás, com a diminuição do peso da Petrobras, por causa dos maus resultados da empresa e pelo reajuste no preço da gasolina abaixo do que era esperado. E essa menor exposição foi compensada com a entrada da Suzano, que por causa dos altos preços de seus produtos pode ter bons resultados neste começo de ano, segundo os analistas.

Geração Futuro

A carteira recomendada da Geração Futuro teve uma queda de 1,46% em janeiro.

Papéis incluídos: Wilson Sons.

Rafael Weber, analista da Geração Futuro, comenta que o principal destaque da carteira de fevereiro é a inclusão da Wilson Sons, empresa operadora de serviços portuários. Segundo ele, a companhia mostra um elevado potencial de crescimento pela sua exposição ao segmento de óleo e gás, que é puxado pelas perspectivas de desenvolvimento da camada pré-sal. Ele também destaca as boas expectativas em relação à Randon, que pode se beneficiar com a melhora no mercado de implementos rodoviários em 2013, apoiada na recuperação das vendas de caminhões no mercado interno.

Geral Investimentos

A corretora não divulgou o desempenho da Carteira Multiestratégia em janeiro.

Papéis incluídos: Aliansce, M. Dias Branco, Mahle Metal Leve. Papéis retirados: Br Malls, Vale.

Segundo os analistas, a Aliansce, que atua no setor de shopping centers, foi incluída na carteira diante das boas perspectivas de crescimento do setor interno de consumo, com o aumento de gastos dos brasileiros. O relatório também comenta que a M.Dias Branco, fabricante de massas e biscoitos, deve se beneficiar por atuar nas regiões norte e nordeste, que têm um forte potencial de crescimento, além de oferecer produtos com preços baixos, que permitem passar um aumento maior de preços ao consumidor diante de uma alta nos preços do trigo e do dólar. E a Metal Leve, que atua no segmento de autopeças e componentes para motores tem boas perspectivas diante dos incentivos do governo às indústrias.

HSBC

A carteira HSBC Top Picks teve variação positiva de 0,70% em janeiro.

Papéis incluídos: AES Tietê e Multiplan. Papéis retirados: Itaú Unibanco.

Os economistas do HSBC afirmam que a inflação pressionada e a incertezas dos investidores deixam dúvidas quanto às chances de forte recuperação do mercado no início de 2013. A inclusão da Multiplan ocorre diante de expectativas de valorização da empresa com a pressão inflacionária, já que seus contratos de aluguéis de lojas são ajustados pela inflação. Com a exclusão do Itaú, os analistas diminuíram a exposição da carteira ao setor de bancos. Eles afirmam gostar do setor por considerá-lo mais capaz de se adaptar a situações críticas do que alguns outros, mas preferem não manter uma grande exposição por causa dos riscos de intervenções do governo.

Inva Capital

As ações sugeridas são as mesmas do portfólio de janeiro. Os analistas destacam que no mês de janeiro foram incluídas as ações da Tractebel e da ALL na carteira. Como ambas tiveram uma boa performance e possuem potencial para se valorizar ainda mais, elas permanecerão entre as recomendações. Eles acrescentam que a volatilidade da OGX continua preocupando, mas o início da produção do terceiro poço de tubarão Martelo e o início das operações da térmica da MPX (sua sócia) oferecem boas perspectivas de médio prazopara a empresa.

Itaú

Não foi divulgada a rentabilidade da carteira do mês de janeiro.

Papéis incluídos: Banrisul, ISA Cteep, TIM. Papéis retirados: não foi divulgado no relatório quais papéis saíram da carteira.

Os analistas afirmam que a TIM passa a compor a carteira após sofrer em 2012 devido a notícias negativas sobre prestações de serviços. Eles acreditam que a empresa deve se beneficiar com a aprovação de uma nova proposta comercial feita pela Anatel. O Banrisul, por sua vez, entra na carteira pois na visão dos analistas o banco deve se beneficiar com operações financeiras ligadas à atividade rural, já há previsões de uma boa safra devido ao clima favorável. Eles acrescentam por fim que a ISA Cteep entra na carteira porque ela não deve ser afetada pelo aumento no preço da energia, já que se trata de uma companhias puramente de transmissão.

Omar Camargo

A carteira da Omar Camargo apresentou variação negativa de 0,27% no mês de janeiro.

Papéis incluídos: Arteris (ex-OHL Brasil).

Os analistas explicam que a Abertis e a Brookfield Management compraram 100% da Partícipes en Brasil, antiga controladora da OHL Brasil, por isso a mudança do nome da empresa para Arteris. Segundo eles, os novos controladores têm se focado no retorno dos investimentos. Por isso, inicialmente a companhia deve se concentrar nas concessões atuais em vez de focar em novas concessões, o que deve possibilitar uma geração de caixa mais imediata. Dessa forma, a carteira aumenta a exposição à infraestrutura, com a ALL Logística, Arteris e em parte com a Gerdau. Também foram realizados ganhos com a venda de parte das ações da Brasil Foods (+23,0% desde março de 2012) e Itaú (+13,5% desde outubro de 2012), que tiveram seu peso reduzido na carteira. E também foi reduzido o peso da Oi em função da saída do presidente Francisco Valim, que era um pilar importante da reestruturação da companhia.

Pax Corretora

A carteira sugerida da PAX apresentou leve valorização de 0,26% em janeiro.

Não houve alterações na carteira de fevereiro.

A corretora começa o ano adotando uma maior exposição aos setores de transportes, bens de capital, financeiro e imobiliário. Os analistas explicam que apesar dos papéis do setor de transportes e bens de capital não terem apresentado bom desempenho em janeiro, eles continuam esperando um bom desempenho dessas ações neste ano, pela expectativa de uma retomada de investimentos na economia brasileira. Eles acreditam que os papéis do setor financeiro e imobiliário da carteira estejam com certo desconto, por isso pode haver uma valorização futuramente, como já ocorreu com as ações do de BTG Pactual e do Banrisul, que tiveram alta na faixa de 10%.

Planner

A carteira da Planner teve valorização de 1,23% em janeiro.

Papéis incluídos: Alpargatas, Duratex, Localiza e Odontoprev. Papéis retirados: Arteris (antiga OHL), Banrisul, Ecorodovias, Vale.

Os analistas da Planner comentam que a carteira do mês de fevereiro concentra papéis com características mais defensivas e com potencial de valorização no curto prazo. Eles continuam conservadores para este mês pela baixa expectativa sobre fatores econômicos relevantes externa e internamente que possam impactar positivamente o mercado. Também acrescentam que a divulgação de resultados das companhias brasileiras de 2012, iniciada nesta semana, poderá trazer surpresas negativas ao longo de fevereiro- como já foi demonstrado pelos fracos resultados no setor de siderurgia - mitigando a chance de uma recuperação do Ibovespa no curto prazo.

Quantitas

A carteira recomendada da Quantitas para o mês de janeiro teve alta de 0,8%.

Papéis incluídos: Odontoprev e Santos Brasil. Papéis retirados: Brasil Foods e Gerdau e Valid.

Os analistas afirmam que continuam confiantes no segmento de educação, que novamente teve boa performance em janeiro. Eles acrescentam que os benefícios do programa de financiamento estudantil do governo, o FIES, e a maior ocupação de sala de aulas, são fatores positivos que ainda não foram assimilados pelo mercado e podem gerar uma valorização dentro do setor. Os analistas comentam ainda que, apesar das baixas relevantes que devem vir no final do mês, com a apresentação dos resultados das companhias, eles decidiram aumentar a exposição à Vale pois entendem que ela tem perspectivas de crescimento de geração de caixa que o mercado não tem enxergado. Por fim, a inclusão da Odontoprev na carteira decorre do fato de que o resultado da empresa, abaixo das expectativas, resultou em um desconto da ação, o que cria uma oportunidade boa para compra.

Rico/Octo Investimentos

A Carteira 8+ de janeiro do Rico, home broker da Octo Investimentos, registrou baixa de 0,92%.

Papéis incluídos: BM&FBovespa e Helbor. Papéis retirados: ALL e JHSF.

O relatório mensal do Rico ressalta as altas nas bolsas internacionais em janeiro, refletindo os avanços político-econômicos nos EUA e na China. Sobre o Brasil é destacada a volatilidade do Ibovespa no mês, influenciada sobretudo pela queda dos papéis de siderúrgicas, mineradoras e petrolíferas, apesar do amplo volume de capital estrangeiro líquido em janeiro. Segundo o relatório, as alterações na carteira foram feitas com o objetivo de capturar uma maior aderência do portfólio ao Ibovespa.

Santander

No mês de janeiro a carteira do Santander teve desvalorização de 0,75%.

Papéis incluídos: Even, Gafisa e Klabin. Papéis retirados: IMC, MRV, Qualicorp e Usiminas.

Os analistas comentam que, enquanto os indicadores domésticos não mostrarem alguma melhora e o risco de racionamento não estiver descartado, o portfólio permanecerá mais exposto a ações voltadas ao mercado interno e mais defensivas, que possuam alta previsibilidade de geração de caixa, baixo endividamento e que façam parte de setores com tendências positivas, como alimentos e bebidas e educação. A exceção, segundo eles, é o setor de construção civil, que é mais volátil, mas permanece em peso na carteira porque o momento é favorável para o segmento, uma vez que há um grande déficit habitacional e juros reais no patamar mais baixo da história. A carteira também mantém uma pequena exposição a empresas voltadas para exportação de commodities, o que condiz com a melhora recente dos indicadores da China e dos EUA.

Souza Barros

No mês de janeiro, a carteira da Souza Barros teve alta de 3,40%.

Papéis incluídos: Localiza. Papéis retirados: Raia Drogasil.

Clodoir Vieira, economista da Souza Barros, afirma que a Localiza entra na carteira pois tem apresentado crescimento das diárias de aluguel de carros e tem administrado bem a venda de seminovos, o que permite a manutenção da idade média da frota e a diminuição de despesas administrativas. E ele acrescenta ainda que o aquecimento da economia interna deve beneficiar as atividades da empresa. Sobre a Ambev, Vieira comenta que a empresa tem resultados muito previsíveis, fator importante em épocas de crise, e pode se beneficiar também do aumento de renda e consequente elevação do consumo no mercado de bebidas. Ele também vê boas perspectivas para a CCR, já que a empresa de concessões de rodovias desempenha atividade fortemente ligada à econômica nacional. As Lojas Renner, também devem se beneficiar pelo aumento do consumo interno, segundo ele, e a Totvs tem boas perspectivas de crescimento com a penetração de softwares de gestão empresarial nas empresas de micro, pequeno e médio porte.

Socopa

No mês de janeiro, a carteira Top Pick da Socopa registrou alta de 0,40%.

Não houve alterações na carteira e não foram divulgados comentários.

TOV

Os analistas não divulgaram a performance da carteira em janeiro.

Papéis incluídos: Ultrapar, Pão de Açucar. Papéis retirados: Cielo, Natura.

Segundo o analista-chefe da TOV, Antônio Carlos Góes, considerando as dificuldades do atual cenário econômico, poucas opções restam para indicação de investimentos em ações. “Por isso resolvemos manter as ações da carteira recomendada em janeiro, com a retirada de Cielo e Natura, e a inclusão de Pão de Açúcar e Ultrapar. Esta última cabe justificar a recomendação pelo fato de o aumento dos combustíveis nas bombas ser superior ao 4,4% pelo governo”.

Um Investimentos

A carteira recomendada da Um Investimentos registrou queda de 0,29% em janeiro.

Papéis incluídos: Aliansce e Duratex. Marcopolo: Papéis retirados: Hering

No relatório mensal, os analistas da Um Investimentos relatam que optaram pela retirada da Hering da carteira porque a companhia apresentou números fracos em sua prévia operacional e eles não acreditam em uma melhoria de resultados no curto prazo. A Duratex, que atua na distribuição de insumos para a construção civil, entra em virtude da expectativa de apresentação de bons resultados no quarto trimestre de 2012 - na divulgação que acontecerá no dia 22/02/20130-, motivados pelo aumento de vendas e preços de produtos. A Aliansce, administradora de shoppings centers, entra no portfólio diante da expectativa de crescimento do consumo interno e expansão do setor de shoppings, que devem beneficiar a companhia.

Walpires Corretora

Em janeiro a carteira da Walpires teve valorização de 2,85%.

As ações recomendadas para fevereiro são as mesmas da carteira de janeiro e não foram divulgados comentários sobre a manutenção dos papéis.

XP Investimentos

Em janeiro, a carteira da XP teve alta de 1,2%.

Papéis incluídos: Anhanguera, Arteris e Hering. Papéis retirados: Cetip, Itaú Unibanco e OSX.

Os analistas comentam que a Cetip sai do portfólio para se evitar possíveis quedas da ação, já que eles enxergam um cenário mais competitivo no seu setor de atuação. A retirada do Itaú Unibanco ocorre por conta dos maus resultados do último trimestre de 2012, que podem expor muito o banco nos balanços gerais que serão divulgados em fevereiro. E a OSX deixa a carteira, segundo os analistas, pela falta de fatores positivos que beneficiem a empresa nos próximos meses e também pelos riscos de cancelamentos de pedidos por parte da OGX, que é um forte cliente.

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