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Wall Street teme recessão e conta com Obama para reativar mercado

No balanço semanal, Wall Street e Nasdaq permaneceram próximos da estabilidade: o Dow Jones perdeu 0,39%

Barack Obama, presidente dos EUA (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 22h49.

Nova York - Após a alta do final de agosto, a Bolsa de Nova York retomou a trajetória de queda em decorrência da publicação de cifras negativas sobre emprego nos Estados Unidos, que fizeram reaparecer os temores de recessão no país. O mercado conta agora com a ajuda do presidente Barack Obama - que discursa na quinta-feira - para evitar um novo naufrágio econômico.

No balanço semanal, Wall Street e Nasdaq permaneceram próximos da estabilidade: o Dow Jones perdeu 0,39%, fechando a 11.240,26 pontos, enquanto que o Nasdaq, de predomínio tecnológico, perdeu 0,02%, a 2.480,33 pontos ao final desta sexta-feira.

No mesmo período, o índice ampliado Standard and Poor's 500 perdeu 0,24%, fechando a semana cotado a 1.173,97 pontos.

Após ter registrado novas contratações durante dez meses consecutivos, a economia americana não criou nenhum emprego em agosto pela primeira vez em um ano, mantendo a taxa de desemprego no elevado patamar de 9,1%.

Para os analistas do Unicredit, a ausência de criação de empregos "reforça claramente a ideia de que os Estados Unidos já entraram ou estão por entrar em recessão".

"A situação é verdadeiramente ruim e é isso que reflete o mercado. A esperança é que isto obrigará aos políticos, ao Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e a Washington a atuar", disse Hugh Johnson, diretor e gestor de ativos da Hugh Johnson Advisors.

Wall Street espera com ansiedade o discurso de combate ao desemprego que Obama pronunciará na quinta-feira ante o Congresso.


Com este clima econômico ruim, "qualquer notícia de socorro à economia americana ajudará a reativar os mercados financeiros", disse Marc Pado, analista da Cantor Fitzgerald.

Contudo, faltando 14 meses para as eleições presidenciais e um mês depois do rebaixamento da nota da dívida soberana americana por parte da agência classificadora Standard and Poor's, Obama enfrenta uma oposição ferrenha, que deve manter bloqueios no Congresso.

"O Congresso deve aceitar a lei sobre o emprego que o presidente irá propor" para que a economia se reative, disse Johnson, que advertiu sobre os riscos de assistir à novas perdas nos mercados de ações "durante as próximas três semanas".

Além do discurso de Obama, os investidores estarão atentos na semana que vem a publicação na terça-feira do índice ISM de atividade nos serviços para o mês de agosto.

No dia seguinte, o Fed apresentará seu informe sobre o estado da economia americana, que permitirá prever as decisões que serão tomadas nos dias 20 e 21 de setembro durante a reunião do Comitê de Política Monetária do banco central (Fomc, na sigla em inglês).

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Nova York - Após a alta do final de agosto, a Bolsa de Nova York retomou a trajetória de queda em decorrência da publicação de cifras negativas sobre emprego nos Estados Unidos, que fizeram reaparecer os temores de recessão no país. O mercado conta agora com a ajuda do presidente Barack Obama - que discursa na quinta-feira - para evitar um novo naufrágio econômico.

No balanço semanal, Wall Street e Nasdaq permaneceram próximos da estabilidade: o Dow Jones perdeu 0,39%, fechando a 11.240,26 pontos, enquanto que o Nasdaq, de predomínio tecnológico, perdeu 0,02%, a 2.480,33 pontos ao final desta sexta-feira.

No mesmo período, o índice ampliado Standard and Poor's 500 perdeu 0,24%, fechando a semana cotado a 1.173,97 pontos.

Após ter registrado novas contratações durante dez meses consecutivos, a economia americana não criou nenhum emprego em agosto pela primeira vez em um ano, mantendo a taxa de desemprego no elevado patamar de 9,1%.

Para os analistas do Unicredit, a ausência de criação de empregos "reforça claramente a ideia de que os Estados Unidos já entraram ou estão por entrar em recessão".

"A situação é verdadeiramente ruim e é isso que reflete o mercado. A esperança é que isto obrigará aos políticos, ao Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e a Washington a atuar", disse Hugh Johnson, diretor e gestor de ativos da Hugh Johnson Advisors.

Wall Street espera com ansiedade o discurso de combate ao desemprego que Obama pronunciará na quinta-feira ante o Congresso.


Com este clima econômico ruim, "qualquer notícia de socorro à economia americana ajudará a reativar os mercados financeiros", disse Marc Pado, analista da Cantor Fitzgerald.

Contudo, faltando 14 meses para as eleições presidenciais e um mês depois do rebaixamento da nota da dívida soberana americana por parte da agência classificadora Standard and Poor's, Obama enfrenta uma oposição ferrenha, que deve manter bloqueios no Congresso.

"O Congresso deve aceitar a lei sobre o emprego que o presidente irá propor" para que a economia se reative, disse Johnson, que advertiu sobre os riscos de assistir à novas perdas nos mercados de ações "durante as próximas três semanas".

Além do discurso de Obama, os investidores estarão atentos na semana que vem a publicação na terça-feira do índice ISM de atividade nos serviços para o mês de agosto.

No dia seguinte, o Fed apresentará seu informe sobre o estado da economia americana, que permitirá prever as decisões que serão tomadas nos dias 20 e 21 de setembro durante a reunião do Comitê de Política Monetária do banco central (Fomc, na sigla em inglês).

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