Nova York - As ações de tecnologia sofreram baixas nesta segunda-feira, com o índice de tecnologia Nasdaq oscilando em torno de um patamar técnico, enquanto incertezas a respeito dos preços mais elevados do petróleo prometiam trazer instabilidade nos dias à frente.

O índice de tecnologia Nasdaq caiu 1,40 por cento e fechou um pouco acima de sua média móvel de 50 dias, um nível técnico acompanhado de perto que, caso rompido, poderia sinalizar mais declínios no setor que tem ajudado a liderar as altas do mercado.

O índice Dow Jones <.DJI>, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,66 por cento, a 12.090 pontos. O índice Standard & Poor's <.SPX> teve baixa de 0,83 por cento, a 1.310 pontos.

A Wells Fargo rebaixou o setor de semicondutores de exposição acima da média (overweight) para exposição do mercado (market weight) e disse que a mudança era "uma indicação de uma visão moderada, mais ainda otimista".

O índice PHLX de semicondutores <.SOX>, que subiu 45 por cento desde o início de setembro, caiu 2,7 por cento. O S&P 500 subiu cerca de 25 por cento no período.

Também pesando no Nasdaq, a companhia de equipamentos de comunicações Ciena Corp previu vendas mais fracas do que o esperado, levando suas ações a caírem 9,2 por cento, a 25,98 dólares.

Investidores estão "aproveitando uma oportuna desaceleração sazonal que tipicamente ocorre entre março e julho para o setor de tecnologia", afirmou Mark Pado, estrategista para o mercado dos EUA da Cantor Fitzgerald & Co. em São Francisco. "Ele tem sido um dos setores de liderança desde agosto".

O índice de volatiliade CBOE <.VIX> teve alta de 8,2 por cento, para 20,63. Joe Kinahan, estrategista-chefe de derivativos da TD Ameritrade em Chicago disse que investidores estavam se defendendo contra uma possível queda abaixo de 1.300 pontos para o S&P 500.

"Se nós rompermos esse nível, o S&P pode continuar a cair até 1.275. Então muitos investidores estão tentando se adiantar e pagar por proteção de portfólio na forma de opções de índices e ações", afirmou.

Preocupações com efeitos da recente alta de preços de petróleo têm sido ruins para as ações, mas analistas recomendam a compra de papéis do setor de energia.

(Reportagem de Edwark Krudy) REUTERS IV