Valor de mercado da XP Inc supera R$100 bilhões
Ação da companhia já acumula alta de 60 desde IPO realizado na Nasdaq
Reuters
Publicado em 22 de janeiro de 2020 às 17h43.
Última atualização em 22 de janeiro de 2020 às 19h10.
São Paulo — O valor de mercado da XP Inc chegou a superar 100 bilhões de reais (24 bilhões de dólares) nesta quarta-feira, acumulando uma valorização de mais de 60% desde a sua estreia no mercado acionário norte-americano no final do ano passado.
Na máxima da sessão, os papéis foram negociados a 43,52 dólares, uma valorização de mais de 7% em relação ao fechamento da véspera. Por volta de 16h50, as ações desaceleraram os ganhos, fechando em 42,48 dólares, alta de 4,66%.
Tal valor - considerando a cotação de fechamento do dólar à vista comercial na véspera, de 4,2060 reais - supera o valor de mercado da B3, preterida pela XP na hora da escolha sobre o local para o seu IPO, feito na Nasdaq, em Nova York. Considerando a cotação máxima desta sessão, o valor da B3 alcançava 98 bilhões de reais, segundo cálculos da Reuters e dados da Refinitiv.
Entre os grandes bancos, considerando as cotações máximas nesta sessão, a distância ainda é razoável.
O valor de mercado de Itaú Unibanco supera 300 bilhões de reais, enquanto o do Bradesco encosta em 270 bilhões de reais. Santander Brasil ultrapassa 165 bilhões de reais e o Banco do Brasil fica em torno de 140 bilhões de reais.
O BTG Pactual, que muitos veem como principal concorrente para a XP, tinha um valor de mercado de cerca de 80 bilhões de reais.
No começo do mês, analistas de vários bancos começaram a cobrir as ações da XP, com recomendações entre "neutra" e "compra" e preços-alvo variando ao redor de 43 dólares.
Naquela ocasião, os analistas do Credit Suisse liderados por Marcelo Telles destacaram que XP é a plataforma de investimento independente dominante no Brasil e que tem sido uma empresa de rápido crescimento e lucrativa.
Analistas do Goldman Sachs ressaltam no começo do mês que a XP Inc está em uma posição única para ganhar participação dos grandes bancos no Brasil, enquanto seus concorrentes não bancários são significativamente menores em escala.