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Vale, siderúrgicas e elétricas derrubam Bovespa em quase 2%

Ibovespa recuou 1,8%, a 46.244 pontos, com giro financeiro de R$ 7,3 bilhões

Telão da Bovespa: na semana, o benchmark também perdeu 1,8 por cento (Alexandre Battibugli/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 17h51.

São Paulo - A Bovespa perdeu quase 2 por cento nesta sexta-feira, pressionada pelos setores de mineração e siderurgia, com a queda do preço do minério de ferro no exterior por preocupações relativas à China, e com crescentes tensões sobre a Ucrânia mantendo investidores globais cautelosos.

Ações do setor elétrico também apareceram entre as maiores quedas, devido a temores sobre os custos de energia e receio de um racionamento.

O Ibovespa recuou 1,8 por cento, a 46.244 pontos. Na semana, o benchmark também perdeu 1,8 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 7,3 bilhões de reais.

As ações das siderúrgicas Usiminas, CSN e da Bradespar, que tem participação na Vale, despencaram mais de 4 por cento. A preferencial da mineradora recuou 3,63 por cento, para a mínima de fechamento desde julho.

Os contratos futuros do aço e do minério de ferro na China caíram a mínimas históricas e o mercado físico de minério fechou a segunda semana consecutiva em queda, refletindo temores sobre a demanda das matérias-primas no seu maior consumidor mundial.

Além disso, a fabricante chinesa de equipamentos de energia solar, Shanghai Chaori Solar Energy Science & Technology falhou em pagar os juros aos seus credores nesta sexta-feira, primeiro calote no mercado doméstico de bônus corporativos da China.

"O 'default' não foi muito grande, mas... estamos vendo o banco central chinês muito preocupado com o mercado de crédito no país e tentando reduzir a liquidez. Isso azedou um pouco o humor com China e ativos ligados ao mercado chinês", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora.

Ações do setor elétrico como Light e Cesp também apareceram entre as principais quedas do Ibovespa. O governo teria até terça-feira para formalizar uma ajuda às distribuidoras de energia para que essas não tenham o fluxo de caixa afetado por desembolsos relacionados aos custos com geração térmica. Na terça-feira, termina o prazo para que essas empresas aportem garantias financeiras na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) referentes às operações de janeiro.

Mais cedo, o Ibovespa chegou a operar no azul, seguindo a recepção positiva no exterior de dados mostrando aceleração maior que a esperada da criação de empregos nos Estados Unidos em fevereiro. Contudo, o índice norte-americano S&P 500 passou ao negativo, após atingir máximas recordes, e investidores mostravam-se cautelosos sobre a Ucrânia.

Esforços diplomáticos para mitigar a crise no país do leste europeu acalmaram os mercados no meio da semana, mas, com o aumento das tensões sobre a intervenção russa, investidores buscaram se proteger de potenciais confrontos durante o fim de semana.

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São Paulo - A Bovespa perdeu quase 2 por cento nesta sexta-feira, pressionada pelos setores de mineração e siderurgia, com a queda do preço do minério de ferro no exterior por preocupações relativas à China, e com crescentes tensões sobre a Ucrânia mantendo investidores globais cautelosos.

Ações do setor elétrico também apareceram entre as maiores quedas, devido a temores sobre os custos de energia e receio de um racionamento.

O Ibovespa recuou 1,8 por cento, a 46.244 pontos. Na semana, o benchmark também perdeu 1,8 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 7,3 bilhões de reais.

As ações das siderúrgicas Usiminas, CSN e da Bradespar, que tem participação na Vale, despencaram mais de 4 por cento. A preferencial da mineradora recuou 3,63 por cento, para a mínima de fechamento desde julho.

Os contratos futuros do aço e do minério de ferro na China caíram a mínimas históricas e o mercado físico de minério fechou a segunda semana consecutiva em queda, refletindo temores sobre a demanda das matérias-primas no seu maior consumidor mundial.

Além disso, a fabricante chinesa de equipamentos de energia solar, Shanghai Chaori Solar Energy Science & Technology falhou em pagar os juros aos seus credores nesta sexta-feira, primeiro calote no mercado doméstico de bônus corporativos da China.

"O 'default' não foi muito grande, mas... estamos vendo o banco central chinês muito preocupado com o mercado de crédito no país e tentando reduzir a liquidez. Isso azedou um pouco o humor com China e ativos ligados ao mercado chinês", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora.

Ações do setor elétrico como Light e Cesp também apareceram entre as principais quedas do Ibovespa. O governo teria até terça-feira para formalizar uma ajuda às distribuidoras de energia para que essas não tenham o fluxo de caixa afetado por desembolsos relacionados aos custos com geração térmica. Na terça-feira, termina o prazo para que essas empresas aportem garantias financeiras na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) referentes às operações de janeiro.

Mais cedo, o Ibovespa chegou a operar no azul, seguindo a recepção positiva no exterior de dados mostrando aceleração maior que a esperada da criação de empregos nos Estados Unidos em fevereiro. Contudo, o índice norte-americano S&P 500 passou ao negativo, após atingir máximas recordes, e investidores mostravam-se cautelosos sobre a Ucrânia.

Esforços diplomáticos para mitigar a crise no país do leste europeu acalmaram os mercados no meio da semana, mas, com o aumento das tensões sobre a intervenção russa, investidores buscaram se proteger de potenciais confrontos durante o fim de semana.

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