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Vale perde R$ 51,7 bilhões em valor de mercado após desastre em Brumadinho

Analistas recomendaram cautela com os papéis dado o ambiente de incertezas para as ações da mineradora, mas vislumbravam efeito financeiro limitado

Vale: tragédia em Brumadinho (MG) deixou até o momento 60 mortos e mais de 300 desaparecidos (Ricardo Moraes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 11h41.

Última atualização em 28 de janeiro de 2019 às 12h03.

São Paulo - O principal índice de ações da bolsa paulista caía cerca de 2 por cento nesta segunda-feira, pressionado pelo tombo das ações da Vale , após tragédia envolvendo o rompimento de uma barragem de mineração da companhia na sexta-feira, que até o momento deixou 60 pessoas mortas.

Às 11:23, o Ibovespa caía 1,96 por cento, a 95.762,09 pontos. O volume financeiro somava 4,6 bilhões de reais.

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O pregão brasileiro também é marcado por ajustes ao movimento dos American Depositary Receipts (ADRs) brasileiros, recibos de ações negociados nos Estados Unidos, na última sexta-feira, quando não houve negociação na bolsa paulista em razão de feriado na cidade de São Paulo, onde está a B3.

A equipe do BTG Pactual destacou em nota a clientes que a sessão deve ser marcada por "extrema volatilidade" na volta do fim de semana prolongado pelo feriado, recomendando cautela e destacando que o desastre em Minas Gerais afetou a confiança de todos no mercado.

O viés negativo no exterior endossava a queda do Ibovespa, que nos primeiros negócios, enquanto as ações da Vale ainda estavam em leilão, chegou a renovar recorde intradia, a 97.936,82 pontos.

Nos EUA, os futuros acionários norte-americanos sinalizavam uma abertura negativa, com previsões fracas da Caterpillar ampliando preocupações com a economia chinesa. As bolsas na Europa também tinham uma sessão negativa, mesmo tom do fechamento dos mercados na Ásia.

Destaques

- VALE desabava 17,42 por cento, a 46,37 reais, na esteira da tragédia em Brumadinho (MG) na sexta-feira, que até o momento deixou 60 pessoas mortas e mais de 300 desaparecidas. Até o momento, a empresa perdeu cerca de 51,7 bilhões de reais em valor de mercado. Analistas recomendaram em relatórios a clientes cautela com os papéis da dado o ambiente de incertezas para as ações da mineradora em razão dos potenciais desdobramentos do rompimento, mas vislumbravam efeito financeiro limitado. BRADESPAR PN holding que tem papéis da Vale em sua carteira, caía 18,5 por cento.

- CSN perdia 3,7 por cento, também na ponta negativa do Ibovespa, em sessão sem viés único para papéis de siderurgia e mineração. GERDAU PN cedia 0,5 por cento, e USIMINAS PNA tinha queda de 0,7 por cento.

- PETROBRAS PN caía 0,6 por cento, e PETROBRAS ON tinha baixa de 0,1 por cento, em sessão marcada pela queda dos preços do petróleo no exterior e repercussão de encontro do novo presidente da petrolífera de controle estatal, Roberto Castello Branco, com analistas na última sexta-feira, que, na visão da equipe do Santander, sinalizou pragmatismo contínuo nos principais pilares estratégicos da empresa.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançava 0,8 por cento, ajudando a atenuar o efeito negativo das ações da Vale dado o relevante peso que também detém na composição do Ibovespa, seguindo acréscimo de 1,6 por cento de seus ADRs na sexta-feira. No setor, BRADESCO PN tinha alta de 0,14 por cento, mas BANCO DO BRASIL caía 0,8 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT tinha variação negativa de 0,08 por cento.

- AMBEV subia 2,9 por cento, tendo de pano de fundo o avanço de 1,1 por cento de seus ADRs na sexta-feira em Nova York. A ação negociada na bolsa paulista vinha de três pregões de baixa, período em que acumulou queda de 4,67 por cento.

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