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UBS vê maior volatilidade com possíveis reveses em vacinas para covid

Banco de investimentos acredita que as surpresas negativas relacionadas à crise de covid-19 podem elevar ainda mais a volatilidade

Problemas com vacinas contra o coronavírus, como atrasos na aprovação, podem impactar os mercados, (Marcos Solivan/Sucom-UFPR/Divulgação)

Karla Mamona

Publicado em 8 de novembro de 2020 às 08h12.

Surpresas negativas relacionadas à crise de covid-19 podem elevar ainda mais a volatilidade do mercado na Europa, com possíveis inadimplências de empresas no próximo ano, de acordo com Piero Novelli, copresidente do banco de investimento do UBS .

Os confinamentos na Europa e restrições à mobilidade causarão um duplo mergulho do crescimento no quarto trimestre, disse Novelli em entrevista à Bloomberg TV. Problemas com vacinas contra o coronavírus , como atrasos na aprovação, podem impactar os mercados, que avançaram nos últimos dias diante da maior clareza sobre as eleições americanas.

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“Pode haver surpresas no que se refere aos mercados acionários no médio prazo, tanto nos EUA quanto globalmente”, disse. “A volatilidade veio para ficar.”

Investidores agora preveem que Joe Biden vencerá as eleições presidenciais dos Estados Unidos e presidirá um Congresso dividido, uma grande mudança em relação às expectativas anteriores de uma ampla vitória dos democratas. Isso afeta perspectivas sobre estímulos, tributação e regulamentação de empresas dos EUA, disse Novelli.

Novelli e o copresidente Robert Karofsky estreitaram o foco do banco de investimento do UBS nos setores de consumo, industrial, TMT (tecnologia, mídia e telecomunicações) e instituições financeiras, ao mesmo tempo que aproximam a unidade do negócio de gestão de patrimônio e buscam aumentar a cooperação entre as regiões. Também cortaram empregos em cargos mais baixos e fizeram mudanças na gerência.

A pandemia gerou um aumento das negociações globais e permitiu que grandes bancos de investimento elevassem a receita, ao mesmo tempo em que bilhões de dólares foram destinados para provisões diante da expectativa de defaults relacionados à Covid-19. Apesar da diminuição da volatilidade do mercado e de uma desaceleração prevista das negociações, a atividade permaneceu forte no terceiro trimestre.

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