Total de IPOs no mundo cai 45% em relação a 2010
O total de transações chegou a 1.117, número 20 por cento menor em relação a todo o ano de 2010
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2012 às 10h28.
Washington - A atividade global de ofertas iniciais de ações ( IPOs , na sigla em inglês) apresentou forte queda, tanto em volume de operações quanto em capital levantado, de janeiro até novembro deste ano se comparado com o fechado de 2010, de acordo com levantamento feito pela empresa de auditoria Ernst & Young.
Até o momento, o capital total levantado por meio de ofertas iniciais de ações no mundo caiu 45 por cento de janeiro a novembro em relação a todo o ano de 2010, para 155,8 bilhões de dólares. O total de transações chegou a 1.117, número 20 por cento menor na mesma base de comparação
"Depois de um começo promissor nos dois primeiros trimestres, a atividade dos IPOs caiu no mundo a partir de meados do ano", informou a Ernst & Young em comunicado.
Os motivos principais apontados pela empresa de auditoria foram as preocupações dos investidores sobre os desdobramentos da crise da dívida da Europa e o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência de classificaçào de risco Standard & Poor's.
No Brasil, houve queda de 31,4 por cento no capital levantado no acumulado de 2011 frente ao ano todo de 2010, com 11 operações resultando em 4,4 bilhões de dólares, informou a pesquisa.
"Muita gente no mercado estava trabalhando entre 20 e 30 IPOs para 2011 (no Brasil). Com a crise, houve uma grande frustração", afirmou o sócio-líder de IPOs da Ernst & Young Terco, Paulo Sérgio Dortas.
Segundo ele, há otimismo em relação a 2012, a despeito da crise na Europa. Segundo o executivo, profissionais do mercado de capitais estimam que o número possa ficar entre 15 e 20 ofertas, principalmente dos setores de consumo, saúde e educação -segmentos que já vêm sendo evidenciados por analistas nos últimos anos.
"Há uma certa queda de braço entre parte do mercado se a gente vai ter primeira janela em janeiro, enquanto outros mais conversadores apontam abril. É inegável que tem um número de empresas querem ser as primeiras a irem aos mercados", disse.
Nesta semana, duas empresas já enviaram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedidos de registro de companhia aberta, a Intercosmetic Holding e a Brasil Travel Turismo -que já fez a solicitação de registro de IPO-, ambas em fase pré-operacional.
"É claro que os desdobramentos da crise europeia serão fundamentais para definir os rumos de 2012. A gente não pode deixar de tirar da pauta que 65 a 70 por cento dos compradores de IPOS brasileiros estão lá fora, principalmente nos Estados Unidos", afirmou Dortas.
Os investidores precisam de liquidez no momento, o que, segundo ele, pode significar que não podem se posicionar em uma empresa que promete entrega de crescimento nos próximos dois a três anos.
IPOs no mundo
Segundo a Ernst&Young, 72 por cento do capital global foi levantado nos primeiros seis meses de 2011. Entretanto, o capital levantado em 2011 "ainda excedeu o de 2009 em mais de 40 bilhões de dólares", segundo o comunicado.
Na Ásia, foram registradas 543 ofertas, que levantaram 77,7 bilhões de dólares, declínio de 56 por cento em relação ao fechado de 2010.
A queda do volume financeiro dos IPOs nos Estados Unidos, de 16 por cento na comparação com o ano anterior, foi considerada "modesta" pela Ernst & Young. O país levantou 36,4 bilhões de dólares por meio de 114 IPOs até o momento, segundo a pesquisa.
O IPOs nos mercados europeus somaram 29,6 bilhões de dólares, em 251 ofertas iniciais de ações. O valor das emissões também caiu nas Américas Central e do Sul, que levantaram 8,6 bilhões de dólares em 27 IPOS.
Washington - A atividade global de ofertas iniciais de ações ( IPOs , na sigla em inglês) apresentou forte queda, tanto em volume de operações quanto em capital levantado, de janeiro até novembro deste ano se comparado com o fechado de 2010, de acordo com levantamento feito pela empresa de auditoria Ernst & Young.
Até o momento, o capital total levantado por meio de ofertas iniciais de ações no mundo caiu 45 por cento de janeiro a novembro em relação a todo o ano de 2010, para 155,8 bilhões de dólares. O total de transações chegou a 1.117, número 20 por cento menor na mesma base de comparação
"Depois de um começo promissor nos dois primeiros trimestres, a atividade dos IPOs caiu no mundo a partir de meados do ano", informou a Ernst & Young em comunicado.
Os motivos principais apontados pela empresa de auditoria foram as preocupações dos investidores sobre os desdobramentos da crise da dívida da Europa e o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência de classificaçào de risco Standard & Poor's.
No Brasil, houve queda de 31,4 por cento no capital levantado no acumulado de 2011 frente ao ano todo de 2010, com 11 operações resultando em 4,4 bilhões de dólares, informou a pesquisa.
"Muita gente no mercado estava trabalhando entre 20 e 30 IPOs para 2011 (no Brasil). Com a crise, houve uma grande frustração", afirmou o sócio-líder de IPOs da Ernst & Young Terco, Paulo Sérgio Dortas.
Segundo ele, há otimismo em relação a 2012, a despeito da crise na Europa. Segundo o executivo, profissionais do mercado de capitais estimam que o número possa ficar entre 15 e 20 ofertas, principalmente dos setores de consumo, saúde e educação -segmentos que já vêm sendo evidenciados por analistas nos últimos anos.
"Há uma certa queda de braço entre parte do mercado se a gente vai ter primeira janela em janeiro, enquanto outros mais conversadores apontam abril. É inegável que tem um número de empresas querem ser as primeiras a irem aos mercados", disse.
Nesta semana, duas empresas já enviaram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedidos de registro de companhia aberta, a Intercosmetic Holding e a Brasil Travel Turismo -que já fez a solicitação de registro de IPO-, ambas em fase pré-operacional.
"É claro que os desdobramentos da crise europeia serão fundamentais para definir os rumos de 2012. A gente não pode deixar de tirar da pauta que 65 a 70 por cento dos compradores de IPOS brasileiros estão lá fora, principalmente nos Estados Unidos", afirmou Dortas.
Os investidores precisam de liquidez no momento, o que, segundo ele, pode significar que não podem se posicionar em uma empresa que promete entrega de crescimento nos próximos dois a três anos.
IPOs no mundo
Segundo a Ernst&Young, 72 por cento do capital global foi levantado nos primeiros seis meses de 2011. Entretanto, o capital levantado em 2011 "ainda excedeu o de 2009 em mais de 40 bilhões de dólares", segundo o comunicado.
Na Ásia, foram registradas 543 ofertas, que levantaram 77,7 bilhões de dólares, declínio de 56 por cento em relação ao fechado de 2010.
A queda do volume financeiro dos IPOs nos Estados Unidos, de 16 por cento na comparação com o ano anterior, foi considerada "modesta" pela Ernst & Young. O país levantou 36,4 bilhões de dólares por meio de 114 IPOs até o momento, segundo a pesquisa.
O IPOs nos mercados europeus somaram 29,6 bilhões de dólares, em 251 ofertas iniciais de ações. O valor das emissões também caiu nas Américas Central e do Sul, que levantaram 8,6 bilhões de dólares em 27 IPOS.