Títulos da Marfrig mudam de rumo com ração mais cara
O aumento dos custos da ração de aves e suínos está ameaçando o avanço dos títulos da empresa, que lideram a valorização entre papéis do setor de alimentos da América Latina
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2013 às 09h12.
São Paulo - O aumento dos custos da ração de aves e suínos está ameaçando o avanço dos títulos da Marfrig Alimentos SA, que lideram a valorização entre papéis do setor de alimentos da América Latina.
O rendimento dos títulos da empresa paulista, da emissão de US$ 750 milhões com vencimento em 2018, teve uma alta de 0,12 ponto percentual desde 20 de fevereiro, quando atingiu 8,42 por cento, o menor nível em um ano e meio.
Os papéis deram uma rentabilidade de 17 por cento este ano antes de mudar de direção, em comparação a uma média de 0,7 por cento para o índice do Bank of America que acompanha dívida da América Latina.
A Marfrig, que fornece hambúrguer para o McDonald’s Corp. e fabrica refeições prontas com a marca do chef inglês Jamie Oliver, é o frigorífico mais endividado nas Américas depois de ter feito R$ 3 bilhões em aquisições nos últimos cinco anos e também após a captação de US$ 600 milhões com títulos no mês passado, que foram usados para pagar empréstimos bancários.
O aumento de custo do milho e da soja, que são usados na alimentação de animais, sinaliza que a disparada dos títulos da Marfrig foi exagerada, disse Jansen Moura, analista de renda fixa da BCP Securities LLC.
“Apesar das safras recorde, a soja e o milho ainda estão caros,” disse Moura em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “A companhia ganhou tempo com a venda de ações e a emissão de bonds, mas o cenário ainda é desafiador.”
A Marfrig não quis fazer comentários sobre o desempenho de seus títulos de dívida.
São Paulo - O aumento dos custos da ração de aves e suínos está ameaçando o avanço dos títulos da Marfrig Alimentos SA, que lideram a valorização entre papéis do setor de alimentos da América Latina.
O rendimento dos títulos da empresa paulista, da emissão de US$ 750 milhões com vencimento em 2018, teve uma alta de 0,12 ponto percentual desde 20 de fevereiro, quando atingiu 8,42 por cento, o menor nível em um ano e meio.
Os papéis deram uma rentabilidade de 17 por cento este ano antes de mudar de direção, em comparação a uma média de 0,7 por cento para o índice do Bank of America que acompanha dívida da América Latina.
A Marfrig, que fornece hambúrguer para o McDonald’s Corp. e fabrica refeições prontas com a marca do chef inglês Jamie Oliver, é o frigorífico mais endividado nas Américas depois de ter feito R$ 3 bilhões em aquisições nos últimos cinco anos e também após a captação de US$ 600 milhões com títulos no mês passado, que foram usados para pagar empréstimos bancários.
O aumento de custo do milho e da soja, que são usados na alimentação de animais, sinaliza que a disparada dos títulos da Marfrig foi exagerada, disse Jansen Moura, analista de renda fixa da BCP Securities LLC.
“Apesar das safras recorde, a soja e o milho ainda estão caros,” disse Moura em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “A companhia ganhou tempo com a venda de ações e a emissão de bonds, mas o cenário ainda é desafiador.”
A Marfrig não quis fazer comentários sobre o desempenho de seus títulos de dívida.