Temor sobre Federal Reserve derruba bolsas europeias
O índice Stoxx 600 terminou o dia com baixa de 0,41%, aos 303,50 pontos
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2013 às 14h27.
Londres - As bolsas da Europa fecharam em queda nesta terça-feira, 06. Os dados bons da região não foram suficientes para animar os investidores em meio ao temor de uma redução de estímulos do Federal Reserve, reforçado pela fala do presidente da distrital de Atlanta, Dennis Lockhart. O índice Stoxx 600 terminou o dia com baixa de 0,41%, aos 303,50 pontos.
O dia começou com os índices no azul. Assim como nos últimos dias, novos dados conhecidos nesta manhã - o Produto Interno Bruto (PIB) da Itália e a produção industrial britânica, em especial - surpreenderam positivamente os investidores.
A Itália anunciou que sua economia teve contração de 0,2% no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses deste ano. Ainda preliminar, o número sinaliza o oitavo trimestre consecutivo de queda na atividade italiana, o que determina ao país o mais longo período de recessão da série histórica.
Para o trimestre, economistas ouvidos pela Dow Jones previam contração de 0,4%. Na comparação com o segundo trimestre de 2012, cuja contração do PIB foi de 2,0%, o mercado previa queda de 2,2%.
No Reino Unido, outra notícia positiva veio da indústria. Em junho, a produção industrial inglesa cresceu 1,1% na comparação com o mês anterior. O ritmo é praticamente o dobro do previsto pelos analistas consultados pela Dow Jones, que projetavam alta de 0,6%.
Além da surpresa, o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) informou que esta foi a primeira vez desde junho de 1992 que todos os 13 setores de manufatura tiveram expansão na atividade.
Mas o bom humor não durou. Os índices migraram para o terreno negativo com a fala de Lockhart, que não tem poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
O dirigente disse à Market News International que o banco central pode começar a reduzir seu programa de compras de bônus em qualquer uma das três reuniões que ainda ocorrerão este ano e citou inclusive o mês de setembro como possível início da diminuição de estímulos.
A fala de Lockhart criou expectativa e nervosismo para o aguardado discurso do presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, que fala às 14h (de Brasília) e tem poder de voto no Fomc. "Evans é conhecidamente super 'dovish' então sua opinião sobre redução de estímulos neste momento é um grande foco", disse Peter Boockvar, analista do Lindsey Group.
Nesse cenário, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt liderou as perdas, caindo 1,17% e fechando a 8.299,73 pontos após uma sessão volátil. K+S liderou as perdas, recuando 8,1% após dizer que pode não alcançar suas metas para este ano e 2014. As ações da Munich Re perderam 5,4%.
Em Londres, o índice FTSE perdeu 0,23% e encerrou a sessão a 6.604,21 pontos. As mineradoras foram o destaque de queda, com a Frenillo recuando 11% após divulgar seus resultados do primeiro semestre.
Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 0,43% e fechou a 4.032,57 pontos. A EADS ganhou 1,4%, enquanto a ArcelorMittal fechou em queda de 3,4%.
Já o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, teve queda de 1,05%, fechando a 5.696,64 pontos. O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, caiu 0,44%, aos 16.683,17 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 perdeu 0,37%, a 8.529,50 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.
Londres - As bolsas da Europa fecharam em queda nesta terça-feira, 06. Os dados bons da região não foram suficientes para animar os investidores em meio ao temor de uma redução de estímulos do Federal Reserve, reforçado pela fala do presidente da distrital de Atlanta, Dennis Lockhart. O índice Stoxx 600 terminou o dia com baixa de 0,41%, aos 303,50 pontos.
O dia começou com os índices no azul. Assim como nos últimos dias, novos dados conhecidos nesta manhã - o Produto Interno Bruto (PIB) da Itália e a produção industrial britânica, em especial - surpreenderam positivamente os investidores.
A Itália anunciou que sua economia teve contração de 0,2% no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses deste ano. Ainda preliminar, o número sinaliza o oitavo trimestre consecutivo de queda na atividade italiana, o que determina ao país o mais longo período de recessão da série histórica.
Para o trimestre, economistas ouvidos pela Dow Jones previam contração de 0,4%. Na comparação com o segundo trimestre de 2012, cuja contração do PIB foi de 2,0%, o mercado previa queda de 2,2%.
No Reino Unido, outra notícia positiva veio da indústria. Em junho, a produção industrial inglesa cresceu 1,1% na comparação com o mês anterior. O ritmo é praticamente o dobro do previsto pelos analistas consultados pela Dow Jones, que projetavam alta de 0,6%.
Além da surpresa, o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) informou que esta foi a primeira vez desde junho de 1992 que todos os 13 setores de manufatura tiveram expansão na atividade.
Mas o bom humor não durou. Os índices migraram para o terreno negativo com a fala de Lockhart, que não tem poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
O dirigente disse à Market News International que o banco central pode começar a reduzir seu programa de compras de bônus em qualquer uma das três reuniões que ainda ocorrerão este ano e citou inclusive o mês de setembro como possível início da diminuição de estímulos.
A fala de Lockhart criou expectativa e nervosismo para o aguardado discurso do presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, que fala às 14h (de Brasília) e tem poder de voto no Fomc. "Evans é conhecidamente super 'dovish' então sua opinião sobre redução de estímulos neste momento é um grande foco", disse Peter Boockvar, analista do Lindsey Group.
Nesse cenário, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt liderou as perdas, caindo 1,17% e fechando a 8.299,73 pontos após uma sessão volátil. K+S liderou as perdas, recuando 8,1% após dizer que pode não alcançar suas metas para este ano e 2014. As ações da Munich Re perderam 5,4%.
Em Londres, o índice FTSE perdeu 0,23% e encerrou a sessão a 6.604,21 pontos. As mineradoras foram o destaque de queda, com a Frenillo recuando 11% após divulgar seus resultados do primeiro semestre.
Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 0,43% e fechou a 4.032,57 pontos. A EADS ganhou 1,4%, enquanto a ArcelorMittal fechou em queda de 3,4%.
Já o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, teve queda de 1,05%, fechando a 5.696,64 pontos. O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, caiu 0,44%, aos 16.683,17 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 perdeu 0,37%, a 8.529,50 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.