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Taxas de juros terminam perto dos ajustes

Dólar valroizado e expectativa pelo Fed mantiveram juros futuros sob pressão de alta boa parte do dia, mas no fim do pregão taxas voltaram para perto de ajustes

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (46.480 contratos) estava em 10,07% (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 16h10.

São Paulo - Após passar boa parte da sessão desta quarta-feira, 18, em alta, os juros futuros terminaram o dia perto dos ajustes da véspera. Em meio a um baixo volume de negociação, os investidores preferiram evitar assumir posições antes de uma das decisões mais aguardadas do Federal Reserve nos últimos tempos, logo mais, às 17 horas.

Em entrevista transmitida no site do Wall Street Journal, o influente colunista Jon Hilsenrath, considerado especialista em Federal Reserve e conhecido por ter fontes dentro do banco central, disse que o FED deve anunciar uma "pequena" redução nas compras de bônus nesta quarta provavelmente de US$ 10 bilhões.

"Essa é uma quantia pequena, mas significativa. Mais do que isso pode provocar a preocupação de que a ação do FED seja agressiva", afirmou.

Enquanto isso, o Banco Central brasileiro divulgou que o déficit em conta corrente ficou em US$ 5,145 bilhões em novembro, acima das estimativas de US$ 4,700 bilhões.

A conta de rendas ficou negativa em US$ 3,478 bilhões. A de serviços, negativa em US$ 3,519 bilhões. Essas saídas de recursos foram apenas parcialmente compensadas pelo superávit comercial de US$ 1,740 bilhão e pelas transferências unilaterais positivas em US$ 111 milhões.

A valorização da moeda dos EUA e a expectativa pelo Fed mantiveram os juros futuros sob pressão de alta durante boa parte do dia, mas no fim do pregão, durante o call de fechamento, as taxas voltaram para perto dos ajustes. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (46.480 contratos) estava em 10,07%, de 10,05% ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 (220.510 contratos) indicava 10,49%, de 10,47% na terça-feira. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (155.595 contratos) apontava 11,98%, ante 11,99% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (5.495 contratos) marcava 12,64%, de 12,65% no ajuste anterior.

Os juros também foram impulsionados, ao longo de boa parte da tarde, por falas da presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O governo não assume os erros. Nada vai mudar, então os juros vão continuar subindo", afirmou um operador. Mantega admitiu durante café da manhã com jornalistas, que a normalização da política monetária norte-americana vai causar turbulência no Brasil.

Mantega afirmou ainda que a meta de superávit do governo central este ano, de R$ 73 bilhões, é factível. "A política fiscal continuará rigorosa em 2014, mas ainda não tenho um número", explicou. "A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não será modificada e temos zelado para que permaneça plenamente em vigor", acrescentou.

Já Dilma disse que o Brasil tem tido "um excelente desempenho" na questão do superávit primário e garantiu que a meta para este ano será cumprida. Segundo um operador do mercado, essa declaração dá a entender que não haverá grandes mudanças na política fiscal em 2014.

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São Paulo - Após passar boa parte da sessão desta quarta-feira, 18, em alta, os juros futuros terminaram o dia perto dos ajustes da véspera. Em meio a um baixo volume de negociação, os investidores preferiram evitar assumir posições antes de uma das decisões mais aguardadas do Federal Reserve nos últimos tempos, logo mais, às 17 horas.

Em entrevista transmitida no site do Wall Street Journal, o influente colunista Jon Hilsenrath, considerado especialista em Federal Reserve e conhecido por ter fontes dentro do banco central, disse que o FED deve anunciar uma "pequena" redução nas compras de bônus nesta quarta provavelmente de US$ 10 bilhões.

"Essa é uma quantia pequena, mas significativa. Mais do que isso pode provocar a preocupação de que a ação do FED seja agressiva", afirmou.

Enquanto isso, o Banco Central brasileiro divulgou que o déficit em conta corrente ficou em US$ 5,145 bilhões em novembro, acima das estimativas de US$ 4,700 bilhões.

A conta de rendas ficou negativa em US$ 3,478 bilhões. A de serviços, negativa em US$ 3,519 bilhões. Essas saídas de recursos foram apenas parcialmente compensadas pelo superávit comercial de US$ 1,740 bilhão e pelas transferências unilaterais positivas em US$ 111 milhões.

A valorização da moeda dos EUA e a expectativa pelo Fed mantiveram os juros futuros sob pressão de alta durante boa parte do dia, mas no fim do pregão, durante o call de fechamento, as taxas voltaram para perto dos ajustes. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (46.480 contratos) estava em 10,07%, de 10,05% ajuste anterior.

O juro para janeiro de 2015 (220.510 contratos) indicava 10,49%, de 10,47% na terça-feira. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (155.595 contratos) apontava 11,98%, ante 11,99% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (5.495 contratos) marcava 12,64%, de 12,65% no ajuste anterior.

Os juros também foram impulsionados, ao longo de boa parte da tarde, por falas da presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O governo não assume os erros. Nada vai mudar, então os juros vão continuar subindo", afirmou um operador. Mantega admitiu durante café da manhã com jornalistas, que a normalização da política monetária norte-americana vai causar turbulência no Brasil.

Mantega afirmou ainda que a meta de superávit do governo central este ano, de R$ 73 bilhões, é factível. "A política fiscal continuará rigorosa em 2014, mas ainda não tenho um número", explicou. "A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não será modificada e temos zelado para que permaneça plenamente em vigor", acrescentou.

Já Dilma disse que o Brasil tem tido "um excelente desempenho" na questão do superávit primário e garantiu que a meta para este ano será cumprida. Segundo um operador do mercado, essa declaração dá a entender que não haverá grandes mudanças na política fiscal em 2014.

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