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Suspensão do IPO da BB Seguridade é “mal que vem para bem”

Para o o analista Rodolfo Amstalden, o adiamento da oferta pública inicial de ações da empresa do Banco do Brasil “ironicamente, pode ser até para o bem”

Se confirmado, o IPO da BB Seguridade pode atingir R$ 12,125 bilhões no teto da faixa de preço para as ações, tornando-se a segunda maior oferta pública inicial do mercado de capitais brasileiro (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 15h09.

No mercado financeiro também vale o famoso ditado que diz que “há males que vêm para bem”. Pelo menos foi assim que a maioria dos analistas viu o adiamento da oferta pública da BB Seguridade pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciado hoje.

Para eles, a punição pode até ser benéfica para a operação, já que os mercados acionários brasileiro e internacional pioraram muito desde a semana passada, o que normalmente reduziria o apetite e os preços pagos pelas ações. “Que foi bom ter essa parada, ninguém discute”, diz um analista do mercado.

Para o o analista Rodolfo Amstalden, da consultoria independente Empiricus, o adiamento da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil , embora tenha acontecido por causa de uma irregularidade na publicidade da oferta, “ironicamente, pode ser até para o bem”. Em relatório enviado a clientes, ele afirma que o cenário atual não é dos mais animadores para a bolsa brasileira, “com a China crescendo só 7,7% e o Índice Bovespa beirando os 53 mil pontos”.

Segundo ele, até meados de maio, quando terminam os 30 dias de suspensão determinados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a oferta, o ambiente pode estar mais regular, melhorando ainda mais a demanda pelos papéis e favorecendo o IPO.

“IPO único”

Para Amstalden, o IPO da BB Seguridade é “único, desses que aparecem a cada três ou cinco anos”. De acordo com o analista, a bolsa tem muito a ganhar com essa oferta pública, que tem dois méritos em particular.

O primeiro é que ela tem “pouco ou nada a ver com os vícios do Ibovespa”, segundo o analista. Ou seja, não faz parte dos setores que predominam no principal índice de ações da bolsa brasileira, e que, coincidentemente, enfrentam os maiores problemas atualmente.
Outro mérito é o fato de a empresa combinar margens elevadas com métricas promissoras de crescimento após a conclusão da oferta.

Essas duas características, de acordo com Amstalden, tornam a oferta da BB Seguridade parecida com outro bom IPO de 2013, o da fabricante de softwares Linx, um dos mais bem sucedidos dos últimos tempos, segundo a Empiricus.

Oferta recorde

Se confirmado, o IPO da BB Seguridade pode atingir R$ 12,125 bilhões no teto da faixa de preço para as ações, tornando-se a segunda maior oferta pública inicial do mercado de capitais brasileiro. A primeira, até agora, é a do IPO do Santander Brasil, de 2009, que levantou mais de R$ 14 bilhões.

A CVM suspendeu hoje a oferta, pelo período de 30 dias, devido ao uso irregular de material publicitário.

Em geral, a divulgação de informações para o varejo em ofertas públicas é bastante controlada pela CVM, como forma de impedir que os vendedores exagerem nos aspectos positivos da empresa e deixem de mencionar os riscos.

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No mercado financeiro também vale o famoso ditado que diz que “há males que vêm para bem”. Pelo menos foi assim que a maioria dos analistas viu o adiamento da oferta pública da BB Seguridade pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciado hoje.

Para eles, a punição pode até ser benéfica para a operação, já que os mercados acionários brasileiro e internacional pioraram muito desde a semana passada, o que normalmente reduziria o apetite e os preços pagos pelas ações. “Que foi bom ter essa parada, ninguém discute”, diz um analista do mercado.

Para o o analista Rodolfo Amstalden, da consultoria independente Empiricus, o adiamento da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil , embora tenha acontecido por causa de uma irregularidade na publicidade da oferta, “ironicamente, pode ser até para o bem”. Em relatório enviado a clientes, ele afirma que o cenário atual não é dos mais animadores para a bolsa brasileira, “com a China crescendo só 7,7% e o Índice Bovespa beirando os 53 mil pontos”.

Segundo ele, até meados de maio, quando terminam os 30 dias de suspensão determinados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a oferta, o ambiente pode estar mais regular, melhorando ainda mais a demanda pelos papéis e favorecendo o IPO.

“IPO único”

Para Amstalden, o IPO da BB Seguridade é “único, desses que aparecem a cada três ou cinco anos”. De acordo com o analista, a bolsa tem muito a ganhar com essa oferta pública, que tem dois méritos em particular.

O primeiro é que ela tem “pouco ou nada a ver com os vícios do Ibovespa”, segundo o analista. Ou seja, não faz parte dos setores que predominam no principal índice de ações da bolsa brasileira, e que, coincidentemente, enfrentam os maiores problemas atualmente.
Outro mérito é o fato de a empresa combinar margens elevadas com métricas promissoras de crescimento após a conclusão da oferta.

Essas duas características, de acordo com Amstalden, tornam a oferta da BB Seguridade parecida com outro bom IPO de 2013, o da fabricante de softwares Linx, um dos mais bem sucedidos dos últimos tempos, segundo a Empiricus.

Oferta recorde

Se confirmado, o IPO da BB Seguridade pode atingir R$ 12,125 bilhões no teto da faixa de preço para as ações, tornando-se a segunda maior oferta pública inicial do mercado de capitais brasileiro. A primeira, até agora, é a do IPO do Santander Brasil, de 2009, que levantou mais de R$ 14 bilhões.

A CVM suspendeu hoje a oferta, pelo período de 30 dias, devido ao uso irregular de material publicitário.

Em geral, a divulgação de informações para o varejo em ofertas públicas é bastante controlada pela CVM, como forma de impedir que os vendedores exagerem nos aspectos positivos da empresa e deixem de mencionar os riscos.

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