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Suíça investiga manipulação no câmbio

A suspeita é de que os valores das dessas moedas não flutuem livremente e que seriam fixados pelos bancos em pelo menos dois momentos do dia

Oficialmente, as taxas de câmbio são estipuladas a cada dia por meio de uma análise em momentos predeterminados do dia dos volumes de negócios envolvendo os maiores bancos do mundo (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2013 às 11h06.

Genebra - Bancos internacionais estariam manipulando de forma coordenada a taxa de câmbio de moedas pelo mundo, num novo escândalo que atinge o setor financeiro. As autoridades suíças anunciaram que abriram investigação em relação às suspeitas de que grandes instituições financeiras mundiais estariam se colocando em acordo sobre a taxa cobrada para cada moeda estrangeira, influenciando também os valores das moedas de países emergentes, como o real.

Por dia, os grandes bancos vendem e compram trilhões no mercado de câmbio. A suspeita agora, porém, é de que os valores desses contratos e dessas moedas não flutuam livremente, mas seriam fixados pelos bancos em pelo menos dois momentos do dia.

Segundo as autoridades financeiras da Suíça, país que concentra um dos maiores polos de bancos do mundo, "múltiplas instituições pelo mundo" estariam implicadas no novo escândalo. Há um ano, os bancos já foram pegos manipulando a Libor - taxa do mercado financeiro de Londres e uma das principais referências de juros no mundo -, o que resultou em condenações afetando Barclays, UBS e vários outros bancos.

Por causa dessa fraude, o banco suíço UBS recebeu uma multa de US$ 1,5 bilhão e o britânico Barclays foi multado em US$ 450 milhões.

Os suíços indicaram que a investigação não está ocorrendo apenas no país e que governos de várias partes do mundo estão colaborando. Por enquanto, os investigadores não revelam nem os nomes do bancos afetados nem os países. Bancos como o UBS e o Credit Suisse se recusaram a comentar o caso e se fazem parte da investigação.

Em junho, autoridades britânicas já haviam indicado que estavam preocupadas diante de suspeitas de que funcionários de bancos estariam trocando informações entre eles e usando até mesmo ordens de clientes de compra e venda de moedas estrangeiras para manipular a taxa base do mercado de câmbio.

Oficialmente, as taxas de câmbio são estipuladas a cada dia por meio de uma análise em momentos predeterminados do dia dos volumes de negócios envolvendo os maiores bancos do mundo.

A suspeita recebida pelas autoridades é de que operadores (traders) de bancos estariam se coordenando não apenas para trocar informação, mas para atuar justamente nesses momentos de avaliação, comprando ou vendendo moedas e, assim, influenciando em seu valor. Em Londres, por exemplo, os horários mais importantes para fixar a taxa são às 11 horas e às 16 horas. (Jamil Chade, correspondente)

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Genebra - Bancos internacionais estariam manipulando de forma coordenada a taxa de câmbio de moedas pelo mundo, num novo escândalo que atinge o setor financeiro. As autoridades suíças anunciaram que abriram investigação em relação às suspeitas de que grandes instituições financeiras mundiais estariam se colocando em acordo sobre a taxa cobrada para cada moeda estrangeira, influenciando também os valores das moedas de países emergentes, como o real.

Por dia, os grandes bancos vendem e compram trilhões no mercado de câmbio. A suspeita agora, porém, é de que os valores desses contratos e dessas moedas não flutuam livremente, mas seriam fixados pelos bancos em pelo menos dois momentos do dia.

Segundo as autoridades financeiras da Suíça, país que concentra um dos maiores polos de bancos do mundo, "múltiplas instituições pelo mundo" estariam implicadas no novo escândalo. Há um ano, os bancos já foram pegos manipulando a Libor - taxa do mercado financeiro de Londres e uma das principais referências de juros no mundo -, o que resultou em condenações afetando Barclays, UBS e vários outros bancos.

Por causa dessa fraude, o banco suíço UBS recebeu uma multa de US$ 1,5 bilhão e o britânico Barclays foi multado em US$ 450 milhões.

Os suíços indicaram que a investigação não está ocorrendo apenas no país e que governos de várias partes do mundo estão colaborando. Por enquanto, os investigadores não revelam nem os nomes do bancos afetados nem os países. Bancos como o UBS e o Credit Suisse se recusaram a comentar o caso e se fazem parte da investigação.

Em junho, autoridades britânicas já haviam indicado que estavam preocupadas diante de suspeitas de que funcionários de bancos estariam trocando informações entre eles e usando até mesmo ordens de clientes de compra e venda de moedas estrangeiras para manipular a taxa base do mercado de câmbio.

Oficialmente, as taxas de câmbio são estipuladas a cada dia por meio de uma análise em momentos predeterminados do dia dos volumes de negócios envolvendo os maiores bancos do mundo.

A suspeita recebida pelas autoridades é de que operadores (traders) de bancos estariam se coordenando não apenas para trocar informação, mas para atuar justamente nesses momentos de avaliação, comprando ou vendendo moedas e, assim, influenciando em seu valor. Em Londres, por exemplo, os horários mais importantes para fixar a taxa são às 11 horas e às 16 horas. (Jamil Chade, correspondente)

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