Stranger Things: prova que o modelo de negócios deu certo (Divulgação/Netflix)
Rita Azevedo
Publicado em 3 de agosto de 2016 às 08h55.
São Paulo – Crianças de bicicleta, mistérios sobrenaturais e um punhado de referências aos anos 1980. Foi com essa fórmula (e mais uma pitadinha de nostalgia) que a Netflix consegiu emplacar a série Stranger Things, que estreou mundialmente há pouco mais de duas semanas.
Para analistas da Pacific Crest, no entanto, a nova produção deve significar para a companhia norte-americana muito mais do que um sucesso amado pelos fãs.
Em nota enviada a investidores na última terça-feira (02), Andy Hargreaves e Evan Wingren dizem que Stranger Things é a prova de que o modelo de negócios da companhia funciona e um bom motivo para os investidores não desanimarem com os papéis da empresa.
No último trimestre, os resultados da Netflix ficaram bem aquém do desejado. O mercado esperava que a empresa ganhasse, ao menos, 2,1 milhões de assinantes. No período, cerca de 1,5 milhão de novos clientes foram conquistados.
Mas o que a história de um grupo de crianças que sai à procura de um coleguinha desaparecido tem a ver com o rendimento de seus acionistas? De acordo com os analistas da Pacific Crest, a febre com a nova série demonstra a capacidade da Netflix ser eficiente.
O êxito da empresa, segundo eles, é conseguir gerar um grande burburinho (e audiência) com um programa que foge do radar da maioria de seus concorrentes, que não conta com um elenco repleto de nomes conhecidos do grande público e que custa bem menos que as grandes produções da TV tradicional.
A expectativa da Pacific Crest é que Stranger Things seja a estreia de maior sucesso do ano. Resta saber se os investidores irão acompanhar toda essa animação.
https://youtube.com/watch?v=LgFOjRR9uac