STF adia julgamento e bancos impulsionam Bovespa em quase 1%
Bolsa foi favorecida pela decisão do STF de adiar o julgamento sobre as perdas da poupança geradas por planos econômicos
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2014 às 18h16.
São Paulo - A Bovespa encerrou esta quarta-feira em alta de quase 1 por cento, sustentada pelas ações da Petrobras e de bancos, após o Supremo Tribunal Federal (STF) adiar julgamento sobre as perdas da poupança geradas por planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.
O Ibovespa subiu 0,89 por cento, a 52.639 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou 5,5 bilhões de reais.
O índice chegou a registrar alta de 1,3 por cento logo depois do início da sessão no STF e a ação do Banco do Brasil atingiu valorização superior a 4 por cento, antes de arrefecer e fechar com avanço de 3,37 por cento.
O mercado já antecipava o adiamento do julgamento, decidido de maneira unânime pelos ministros do STF. O caso ameaça bancos públicos e privados do país a pagarem indenizações a poupadores que podem chegar a bilhões de reais.
"Por ora, as ações dos bancos vão dar uma acalmada", disse o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira.
"Mas esse caso ainda vai durar muito tempo e trazer estresse, pois as discussões são inúmeras e as estimativas vão desde valores pagáveis já provisionados pelos bancos até cerca de 340 bilhões de reais", disse.
Para Bandeira, a alta do Ibovespa neste pregão também teve um componente de correção.
Na terça-feira, o índice caiu 1,44 por cento, descolado das bolsas de Wall Street, onde o índice Standard & Poor's 500 fechou na máxima histórica pela segunda sessão seguida.
Na bolsa brasileira, a ação da construtora MRV teve a maior alta do dia, de 4,3 por cento, em meio à expectativa de que a companhia seja beneficiada com o anúncio da meta da terceira etapa do programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida.
Na ponta negativa, as siderúrgicas CSN e Usiminas foram destaques de baixa e a preferencial da mineradora Vale caiu.
Segundo o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, os papéis reagiram à previsão da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China de que uma alta dos preços de minério é improvável nos próximos três meses.
A comissão citou os estoques nos portos chineses, principal consumidor global da commodity, e o aumento da oferta da matéria-prima siderúrgica.
A fabricante de cigarros Souza Cruz teve a maior baixa do Ibovespa, de 3,02 por cento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incitou países a elevar impostos sobre o tabaco para encorajar usuários a parar de fumar e aumentar o orçamento público.
Analistas da XP Investimentos disseram que deve-se ficar atento a essa sugestão da OMS.
"Considerando as renúncias fiscais propostas recentemente --tornar permanente a desoneração de folha e voltar com o Reintegra-- torna-se necessário para o governo a criação de uma nova fonte de receita ou um aumento das atuais", escreveram.
São Paulo - A Bovespa encerrou esta quarta-feira em alta de quase 1 por cento, sustentada pelas ações da Petrobras e de bancos, após o Supremo Tribunal Federal (STF) adiar julgamento sobre as perdas da poupança geradas por planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.
O Ibovespa subiu 0,89 por cento, a 52.639 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou 5,5 bilhões de reais.
O índice chegou a registrar alta de 1,3 por cento logo depois do início da sessão no STF e a ação do Banco do Brasil atingiu valorização superior a 4 por cento, antes de arrefecer e fechar com avanço de 3,37 por cento.
O mercado já antecipava o adiamento do julgamento, decidido de maneira unânime pelos ministros do STF. O caso ameaça bancos públicos e privados do país a pagarem indenizações a poupadores que podem chegar a bilhões de reais.
"Por ora, as ações dos bancos vão dar uma acalmada", disse o sócio da Órama Investimentos Álvaro Bandeira.
"Mas esse caso ainda vai durar muito tempo e trazer estresse, pois as discussões são inúmeras e as estimativas vão desde valores pagáveis já provisionados pelos bancos até cerca de 340 bilhões de reais", disse.
Para Bandeira, a alta do Ibovespa neste pregão também teve um componente de correção.
Na terça-feira, o índice caiu 1,44 por cento, descolado das bolsas de Wall Street, onde o índice Standard & Poor's 500 fechou na máxima histórica pela segunda sessão seguida.
Na bolsa brasileira, a ação da construtora MRV teve a maior alta do dia, de 4,3 por cento, em meio à expectativa de que a companhia seja beneficiada com o anúncio da meta da terceira etapa do programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida.
Na ponta negativa, as siderúrgicas CSN e Usiminas foram destaques de baixa e a preferencial da mineradora Vale caiu.
Segundo o analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, os papéis reagiram à previsão da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China de que uma alta dos preços de minério é improvável nos próximos três meses.
A comissão citou os estoques nos portos chineses, principal consumidor global da commodity, e o aumento da oferta da matéria-prima siderúrgica.
A fabricante de cigarros Souza Cruz teve a maior baixa do Ibovespa, de 3,02 por cento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incitou países a elevar impostos sobre o tabaco para encorajar usuários a parar de fumar e aumentar o orçamento público.
Analistas da XP Investimentos disseram que deve-se ficar atento a essa sugestão da OMS.
"Considerando as renúncias fiscais propostas recentemente --tornar permanente a desoneração de folha e voltar com o Reintegra-- torna-se necessário para o governo a criação de uma nova fonte de receita ou um aumento das atuais", escreveram.